Educação especial – inclusão

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A VISÃO DOS PROFESSORES SOBRE A INCLUSÃO NAS ESCOLAS REGULARES DO MUNICÍPIO DE MANDIRITUBA-PARANÁ. Silva RESUMO to view nut*ge Este texto se pr * Lucia Palú da s professores do ensino fundamental das Escolas Regulares do Município de Mandirituba-Paraná, onde existem alunos surdos incluídos. Foram realizadas várias entrevistas com professores que atuam diretamente com estes alunos. Neste estudo procurou se verificar como de fato está acontecendo a inclusão nas escolas pesquisadas, a visão dos professores e a necessidade da formação continuada dos mesmos.

A principal constatação desta esquisa é a dificuldade dos professores na comunicação com esses alunos. Segundo Mantoan (1 997), “Enquanto o pessimismo, a dúvida, as incertezas, o medo, a perpetuação de conceitos falsos e preconceitos profundos estiverem presentes nas salas de aula, pouco ou nada conseguiremos fazer”. a analisar a visão dos professores frente a esta nova situação nas escolas regulares. Para o presente estudo, foi realizada uma pesquisa com professores do ensino regular do município de Mandirituba- paraná, onde existem alunos surdos incluídos.

A escola inclusiva é uma tendência internacional, e será ma meta a ser seguida pelas pessoas comprometidas com a educação especial, mas a sua realização depende muito de um amplo consenso em torno da aceitação, pela sociedade, das pessoas com deficiência. A conscientização sobre os direitos dos deficientes já se apresenta como um passo significativo em relação às mudanças (Secretaria Estadual de Educação do Paraná). O princípio democrático de “educação para todos só se evidencia nos sistemas educacionais que se especializam em todos os alunos e não apenas em alguns deles, os deficientes”, segundo Mantoan (1998, pl).

Para a autora, a Educação Especial isa à melhoria qualitativa dos aspectos gerais do ensino e da aprendizagem e conseqüentemente, a educação inclusiva será muito importante para que realmente se construa uma escola que se especialize em todos os educandos. O movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. BRASIL,Politica Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2008) O Estado do Paraná adota como objetivos da Inclusão escolar: ) Integração dos alunos com necessidades especiais ? sociedade; b) expansão do atendimento aos portadores de necessidades especiais na rede pública de e 15 especiais na rede pública de ensino; c) Ingresso do aluno com necessidades educativas especiais em turmas do ensino regular sempre que possível. d) Apoio ao sistema de ensino regular para criar condições de integração dos com necessidades educativas especiais. ) conscientização da comunidade escolar para a importância da presença do aluno da Educação Especial em escolas da rede regular de ensino; f) Integração técnico-pedagógica entre os educadores que atuam as salas de aulas do ensino regular e os que atendem em salas de Educação Especlal: g) ntegração das equipes de planejamento da educação comum com os de Educação Especial, em todas as instâncias administrativas e pedagógicas do sistema educativo: h) Desenvolvimento de ações integradas nas áreas de ação social, educação, saúde e trabalho”.

Incluir o com deficiência no sistema regular de ensino é uma atitude de respeito às diferenças para garantia da “Educação para Todos”, sem preconceitos. (Secretaria Estadual de Educação do Paraná). ‘ PROFESSORES FRENTE À INCLUSÃO As pesquisas sobre professores e Inclusão de deficientes auditivos no Brasil, vem crescendo nos últimos tempos. central das reflexões, ou seja, a língua de sinais e o trabalho. Os familiares colocaram a surdez como um atributo acessório e destinaram à escola as funções de ensino e da educação geral.

Em relação às professoras, notou-se concepções de surdez que se assemelham ao movimento pendular obseNado em momentos-chaves de transição de idéias. A visão de deficiência foi substituída pela de normalidade e, com ela, assimilou-se as noções pragmáticas de escola e de conhecimento. Para efeito da escrita deste artigo, a autora realizou uma pesquisa recente com 10 professores de escolas regulares de ensino fundamental, no Município de Mandirituba – Paraná, onde existem alunos surdos incluídos, pois este fol o critério de seleção dos sujeitos.

Os professores entrevistados não possuiem formação especfica em educação especial, embora sejam todos graduados. Fundamentalmente foram ouvidos quanto às seguintes questóes: concepção de surdez; expectativas em relação ? aprendizagem e sucesso escolar do aluno surdo; auto-percepção sobre suas condições teóricas e emocionais para o trabalho om alunos surdos; domínio de LIBRAS e experiência anterior com alunos sudos. De acordo com a pesquisa os professores se declaram despreparados para o trabalho do esnsino com qualidade para atender às necessidades de comunicação do aluno surdo. is dificuldades podem ser observadas nas falas de todos os professores: “Não tenho preparo para trabalhar (me comunicar) com o sujeito. Numa sala lotada é humanamente impossível esse trabalho sem ajuda” “Não sei me comunicar adequadamente com eles, nesse caso a dificuldade éo meu desprepa “Não sei me comunicar adequadamente com eles, nesse caso a dificuldade é o meu despreparo”. O despreparo de toda comunidade escolar, a falta de estrutura física, material de apoio e até mesmo a parceria com instituições voltadas ao trabalho com deficientes auditivos”.

Esse discurso aparece em todas as entrevistas, os sujeitos entrevistados sugerem: falha em sua formação profissional, dificuldades físicas e materiais, reforçando a necessidade da formação, orientação, apoio aos professores e à comunidade escolar em geral. Relatos como estes, nos mostram que a falta de capacitação ou informação e uma das dificuldades para que a inclusão aconteça e faz com que pensemos em nosso papel de educadores e eflitamos sobre a importância de nosso trabalho na sociedade e principalmente na escola.

Percebemos a necessidade da escola se preparar no sentido de receber os alunos oriundos da Educação Especial, neste caso os surdos. O acompanhamento dos alunos, a importância da presença de intérpretes na sala de aula, rever a quantidade de alunos por turma e principalmente, a formação dos professores e a burocracia, que muitas vezes, está acima do pedagógico, são fatores que dificultam o processo da inclusão escolar em nossas escolas.

Diante disso, faz-se necessário um trabalho de apoio aos alunos, rofessores e comunidade escolar em geral, para que estes alunos surdos realmente sejam inclu[dos na escola. As pesquisas demonstram a necessidade da formação de professores: FORMAÇÃO DE PROFESSORES A formação de professores vem sendo tema de muitas reflexões e debates atualmente devido às mudanças ocorridas vem sendo tema de muitas reflexões e debates atualmente, devido às mudanças ocorridas na educação como um todo. Na L. D. B. 1996) são colocadas algumas de fundamental importância que deverão ser viabilizadas com urgência, como por exemplo, ser desejável que os professores das primeiras séries do nsino fundamental sejam formados no ensino superior, pois atualmente nem todos o são; e que para as quatro últimas séries a formação do professor seja feita exclusivamente no ensino superior, apesar de que em muitas regiões de nosso país isto seja impedido ou protelado, devido as condições sociais e econômicas serem impróprias. Existem algumas diferenças entre a formação do professor 10 a 40 e o de 50 a 80, que estão escritas no art. 2 da L. D. B. , onde nos diz que a formação para o ensino básico deve ser através de licenciatura de graduação plena, mas permite que para formação infantil e para as quatro primeiras séries do ensino fundamental seja em nível médio, na modalidade magistério. Para a Educação Especial, segundo o Art’go 33 da Deliberação 02/03 — CEE: “A formação de professores para Educação Especial em nível superior dar-se-á: l. em Cursos de Licenciatura em Educação Especial associados ou não à licenciatura para Educação Infantil ou para os anos iniciais do Ensino Fundamental; II. m Cursos de pós-graduação específico para Educação Especial; III. Em Programas Especiais de complementação pedagógica nos termos da legislação vigente. Segundo Bueno (1999), é em função desta genérica ‘falta de condição social”, atribuída pelos formadores de políticas educacionais, como impedimento à elevação de nível do professor, e esta eterna provisoriedade d PAGF 15 professor, e esta eterna provisoriedade da formação de docentes em nível médio para atuar nas quatro primeiras séries, é que tem contribuido para a continua descaracterização da classe. ? por causa desta realidade também que concordamos com Fonseca e Denari (1996) que defendem a interação contínua entre a formação inicial e a formação em exercício, havendo ssim um levantamento de necessidades reais do processo ensino-aprendizagem e consequentemente concretizando a tão proclamada formação permanente do professor.

Neste contexto Mazzotta (1987) deixa implicito que a formação e a prática docente devem ir além da mera reprodução tecnicista e burocrática quando coloca que: . ao educador não cabe o papel de mero executor de currículos e programas predeterminados, mas sim de alguém que tem condições de escolher atividades, conteúdos ou experiências que sejam mais adequadas para o desenvolvimento das capacidades fundamentais do grupo de alunos, tendo em conta seu nível e uas necessidades (p. 1 7) Tendo em vista as condições de trabalho, a posição no contexto onde atua e a competência profissional, a formação do professor para atuar na Educação Especial tem sido amplamente questionada, fazendo-se necessário uma reformulação redefinindo suas funções, pois o modelo existente faz com que os alunos passem por experiências sem significado, diante das necessidades dos alunos e condições da escola (Denari,1996).

Alguns dos problemas na formação dos professores para o ensino especial, relatados por Mendes (1 999), tem relação com as diversas perspectivas sob as quais podem ser descrltas or Mendes (1999), tem relação com as diversas perspectivas sob as quais podem ser descritas as deficiências, como por exemplo a psicologia, a medicina, a pedagogia, etc. O equfrv’oco nos cursos de formação é que é dado à deficiência um enfoque de apenas uma destas abordagens (somente a psicológica ou a médica ou a pedagógica etc. ) formando concepções simplistas e inadequadas.

Georges Canglilhem, em seu livro “O normal e o Patológico” analisa os conceitos de normalidade que regem o trabalho pedagógico com portadores de deficiência e como esses conceitos podem influenciar nas relações interpessoais dos nvolvidos nesse processo, sejam eles professores, pais ou alunos. Para o referido autor, a palavra “Norma” pode ser conceituada como um termo escolástico, ou seja, é a regularização de algo que existente e que acontece com freqüência, Ou seja, Norma é o conjunto de regras e conceitos frequentes que regem a cultura e as relações das pessoas em nossa sociedade, que fixa o que é normal. Com efeito, uma norma só é a possibilidade de uma referencia quando foi instituída ou escolhida como expressão de uma preferência e como instrumento de uma vontade de substituir um estado de coisas insatisfatório, por um estado de atores satisfatórios” (CANGLILHEN, 1 995, p. 212). Enquanto que o conceito de “Normal” é a aplicação dessas regras. “O normal é o efeito obtido pela execução de um projeto normativo” (CANGLILHEN, 1995, p. 16), que padroniza idéias e atitudes, podendo gerar uma politica de exclusão, mas que também pode ser flexlVel já que surge de um conjunto de normas que mudam conforme as novas concepções que a soci flexível já que surge de um conjunto de normas que mudam conforme as novas concepções que a sociedade vive. Os valores, as idéias, os costumes, as culturas regionais se transformam a edlda que as novas gerações surgem, portanto, as regras que regem cada sociedade, permanecem com seus princípios morais, porém adaptados a novas realidades.

As normas sociais têm que ser inventadas e nao somente observadas. “Deve-se constatar em primeiro lugar, que, numa organização social, as regras de ajustamento das partes, a fim de formar uma coletividade mais ou menos lúcida quanto a sua finalidade própria, são sempre exteriores ao complexo ajustado, quer estas partes sejam constituídas de indivíduos, de grupos ou de empresas com objetivo Ilmltado. As regras devem ser representadas, aprendidas, rememoradas, plicadas” (CANGLILHEN, 1995, p. 22) Desse ponto de vista, é possível perceber que existe uma tendência em padronizar os comportamentos dos indivíduos e suas relações com o conhecimento e com o mundo, diferenciando-as como normais, os que conseguem cumprir com as regras estabelecidas socialmente, e como anormais, os que não o conseguem, e que por sua vez impedem com que aconteça uma regulação social e o bom funcionamento de um “corpo social”.

Sabendo que não há a possibilidade de todos cumprirem um padrão, e que o normal é apenas temporariamente viável, surge aí a necessidade de adaptação desses indivíduos, onde em um determinado momento, permite estabelecer uma distinção dos seres vivos ultrapassados e dos seres vivos progressistas” (CANGLILHEN, 1995, p. 238).

Porém quanto às tais diferenciações entre os conceitos cit Porém quanto às tais diferenciações entre os conceitos citados acima, foi possível perceber que o sistema educacional tomou para si à idéia de que o anormal mereça atendimentos específicos, mas, não levou em conta, que mesmo não respondendo as regras estabelecidas, há a necessidade de acontecer o convívio e a igual oportunidade de desenvolvimento cognitivo. O processo de inclusão educacional é de grande importância quando pensamos na formação de uma sociedade que consiga compreender sua realidade desigual e excludente e, assim, transformá-la. Há na educação inclusiva a Introdução de um olhar. Uma maneira nova de se ver, ver os outros e ver a educação. para incluir todas as pessoas, a sociedade dever ser modificada com base no entendimento de que é ela que precisa ser capaz de atender as necessidades de seus membros. Assim sendo, inclusão significa a modificação da sociedade como pré- requisito para a pessoa com necessidades especiais buscar seu esenvolvimento e exercer sua cidadania” (FREITAS, 2006, p. 167).

Nesse contexto, a prática pedagógica do professor precisa ser mais bem reformulada, já que o mesmo, muitas vezes não compreende seu fundamental papel na vida de seus alunos e estão despreparados para sua atuação. “O professor idealiza um aluno sem ser dar conta de que trabalhar com a diversidade é algo intrinseco a natureza da atuação docente e de que não faz sentido pensa-la como uma condiçao excepcional” (FREITAS, 2006, p. 170) Segundo FREITAS (2006), o despreparo dos professores para educação inclusiva é de uma orcen

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