Estudo de caso, utilizando a técnica de análise ergonômica do trabalho, das condições da profissão: motorista de transporte coletivo urbano do df

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Estudo de caso, utilizando a técnica de análise ergonômica do trabalho, das condições da profissão: motorista de transporte coletivo urbano do df Premium gy isadoratabianc I 08, 2012 14 pagos ESTUDO DE CASO, UTILIZANDO A TÉCNICA DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO, DAS CONDIÇÕES DA PROFISSÃO MOTORISTA DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO DO DF to view nut*ge Trabalho apresentado ao curso Técnico de Segurança do Trabalho, como requisito para obtenção do tltulo Técnico em Segurança do Trabalho.

Orientador: Prof Alexandre Santos de Leles Santos O autor da pesquisa autoriza o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial-SENAl, por intermédio da Coordenação do Curso de Segurança do Trabalho, a produção de cópias, emprestar ou mesmo submeter à pesquisa e congressos, revista ou qualquer outro meio de comunicação científica. Também fica autorizado que a pesquisa, a critério do Curso de Segurança do Trabalho, seja submetida à análise e contribuição de outra (s) pessoa (s) e que essa (s) figure (m) como autores da mesma.

Não sendo, portanto, necessário qualquer autonzaç¿o prévia por parte do autor para a execução dos atos de gestão a serem tomados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Taguatinga-DF, 17 de Novembro de 2011 ergonomia o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente , objetivando intervenções e projetos que visem melhorar , de forma integrada e não dissociada, a segurança, o conforto , o bem estar e a eficácia das atividades humanas” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA).

A ergonomia estuda os diversos fatores que influem no desempenho do sistema produtivo, e procura reduzir as suas conseqüências nocivas sobre o trabalhador. Assim ela procura eduzir a fadiga, estresse, erros e acidentes proporcionando segurança, satisfação e saúde aos trabalhadores, durante o seu relacionamento com esse sistema produtivo. A eficiência virá como conseqüência, porque a ergonomia visa, em primelro lugar a saúde, segurança e satisfação do trabalhador.

Saúde- a saúde do trabalhador e mantida, quando as exigências do trabalho e do ambiente não ultrapassam as suas limitações energéticas e cognitivas, de modo a evitar as situações de estresse, riscos de acidentes e doenças ocupacionais . Segurança – a segurança é conseguida com os projetos do posto e trabalho, ambiente e organização do trabalho , que estejam dentro das capacidades e limitações do trabalhador, de modo a reduzlr os erros, acidentes, estresse e fadiga. Satisfação- satisfação é o resultado do atendimento das necessidades e expectativas do trabalhador.

Contudo há muitas diferenças individuais e culturais. Uma mesma situação pode ser considerada satisfatória para uns e insatisfatória para outros, dependendo das necessidades e expectativas de cada um. Os trabalhadores satisfeitos tendem a adotar comportamentos mais seguros e são mais produtivos que aqueles insatisfeitos. Eficiência- eficiência é a conseqüência de um com planejamento e organização do trabalho, que proporcione saúde, segurança e satisfação ao trabalhador .

Ela deve se col trabalho, que proporcione saúde, segurança e satisfação ao trabalhador . Ela deve se colocada dentro de certos limites, pois o aumento indiscriminado da eficiência pode implicar em prejuízos a saúde e segurança. Transporte coletivo urbano e os riscos ao trabalhador As populações das grandes cidades, morando cada vez mais distantes dos locais onde trabalham, dependem quase xclusivamente dos ônibus para se locomoverem o que tornou o ônibus, no Brasil de hoje, o principal meio de transporte coletivo (MADEIRA et al,. 997). O transporte publico regular (sendo o ônibus o meio principal dispon(vel) está presente nos municípios com mais de 30 mil habitantes, o que significa que ele está disponível para cerca de 122 milhões de brasileiros. Apesar da relação direta entre o uso/ocupação do solo e as condições consideradas ruins no transporte e no trânsito , há poucas coordenações políticas referentes a estas áreas.

O ransporte publico é operado dentro de um modelo institucional baseado na regulamentação dos serviços pelo poder publico . Após quatro décadas de operação, atendendo a maior parte da população urbana brasileira,o modelo institucional vigente apresenta dificuldades para conciliar adequadamente as necessidades de eficiência, de qualidade e de continuidade requeridas para garantir a prestação deste serviço essencial frente as alterações na dinâmica social , demográfica e econômica no país (ANTP, 2002).

Levando em consideração os riscos oferecidos aos trabalhadores o transporte público, deve-se ressaltar a preocupação com a qualidade de vida dos motoristas de ônibus e aos riscos a que eles estão expostos em seu posto de trabalho podendo resultar em danos a sua saúde é segurança. ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO A aplicação deste estudo está baseada numa sistemática que busca conduzir e orientar modificações para melhorar as condlçbes de trabalho sobre os pontos críticos evidenciados.

Esta intervenção é conhecida como Análise Ergonômica do Trabalho (AET). Ela permite identificar e avaliar a ação das principais condicionantes que odem afetar o trabalho e contexto organizacional. A análise ergonômica do trabalho compreende três fases: análise da demanda, análise da tarefa e anállse das atividades, que devem ser cronologicamente abordadas de maneira a garantir uma coerência metodológica e evitar percalços, que são comuns nas pesquisas empíricas de campo (SANTOS e FIALHO, 1997) 2. 1. ETAPAS 2. . 1 Análise Ergonômica da Demanda e global da emresa Essa é a primeira etapa e compreende a definição do problema a ser analisado, a partir do envolvimento dos diversos atores sociais. De acordo com Guérin et al. (2001, apud VILLAS-BÔAS, 2003), a demanda corresponde ao ponto de partida para a ação ergonômica, através da intervenção sobre diversos profissionais e organizações. Desta forma, é possível compreender a origem e a dimensão dos problemas apresentados, delimitando-se a abrangência desta ação.

Duas empresas responsáveis pelo transporte coletivo urbano da cidade de grazlândia, no Distrito Federal , foi objeto de estudo da análise ergonômica do tra bietivo de se analisar os caderno de encargos do espaço físico da empresa. Em relação à demanda central da pesquisa, estão os problemas relacionados à temperatura do ambiente, nível sonoro, presença de vibrações, dimensão do local de trabalho e condições posturais dos empregados. A possibilidade desses problemas estarem presentes no local é de grande importância , ao nível das atividades executadas.

O levantamento das informações necessárias foi feito com base na NR-1 7 do Ministério do Trabalho. O prazo de levantamento de dados não foi pré- determinado. por conseguinte, as medições realizadas durante o período de trabalho foram suficientes para adquirir a uantidade de pontos e resultados necessários para a aplicação da análise e diagnóstico ergonômico. A análise da demanda permitiu a verificação das condições do ambiente de trabalho, possibilitando uma reformulação no local analisado, ampliando de forma significativ 2. 1. A analise organizacional A empresa se caracteriza por apresentar jornada de trabalho de segunda-feira à quinta-feira, nos horários de 07:30 h às 17:30 h; e na sexta-feira, de 07:30 h às 1 6:30 h, ambos com pausas entre 12:00 h e 13:00 h. A política de hora extra é adotada pela empresa onde durante erto periodo do ano os trabalhadores precisam passar do expediente normal para cumprir metas produtivas, sendo que essas horas acumula acumuladas no processo PAGF entanto, grande parte dos funcionários aprova essa politica e acredita ser de grande beneficio pela adoção do sistema de banco de horas.

De acordo com os dados coletados no questionário existe um equillbrio entre o número de funcionários do sexo masculino e feminino, com cerca de 50% de cada. A faixa etária varia entre 20 e 50 anos, e a altura entre 1,48 m e 1,74 m. Sobre o fator de pausas de trabalho, os funcionários ntrevistados afirmam fazerem pausas regulares, além daquela destinada para a refeição.

Segundo Grandjean (1 998), as pausas regulares são importantes para a manutenção da produtividade, POIS prove ao organlsmo um descanso necessário para se reabilitar do excessivo exercício continuo exigido pela atividade realizada no ambiente de trabalho. 2. 1. 3 A análise ergonômica da tarefa do motorista A análise da tarefa pode ser definida como sendo um conjunto de ações humanas, que torna possível um sistema atingir seu objetivo, em outras palavras é o que faz funcionar o sistema para e atingir o objetivo pretendido ( lida, 2005).

O motorista de transporte coletivo tem por atividade , conduzir e vistoriar anibus e trólebus de transporte coletivo de passageiros urbanos, metropolitanos e onibus rodoviários de longa distâncias; verificar intinerário de viagens, controlar o embarque e desembarque de passageiros e os orientarem quanto a tarlfas, itinerários, pontos de embarque e desembarque e procedimentos no interior do veiculo -Executar procedimentos para garantir segurança e conforto dos passageiros ( Ministério do Trabalho Emprego, MTB). egundo Gorni (1997), a ta ista de onibus é conduzir passageiros com os meios que lhes são disponíveis e dentro das condições estabelecidas não só pela conformação do espaço físico do posto de comando mas, também pelas regras impostas pela empresa. Ainda segundo o autor a tarefa é bastante complexa ativando funções fisiológicas e mentais, pois o motorista se desloca para acionar comando, escuta ruídos e sinais decodificando-os como possíveis anomalias mecânicas, comunica-se com passageiros planeja sua ações de acordo com situações momentâneas, etc. Érica Cristina Gonçalves, 2003). No mês de novembro de 2011, foram realizadas etapas para coletas de dados nas duas empresas de transporte coletivo urbano, através de visitas no local. Todas as observações foram feitas através de análises qualitativas, por meio de técnicas de observação direta , entrevistas e depoimentos dos empregados, além de questionários para poder identificar os riscos existentes no local e as atividades executadas pelos trabalhadores. O que o motorista faz? 2. 1. Análise das condições físicas Para efetuar a análise das condições físicas, foram aplicados questionários para 84% dos mpregados pertencentes ao setor produtivo. Todos concordaram que não existiam dificuldades para execução de suas tarefas, pois havia espaço suficiente no local para a circulação de produtos e dos empregados. O leiaute é disposto em “U”, onde existe apenas uma entrada para os materiais e uma saída para os mesmos. Esse impasse foi solucionado aplicando horários específicos para entrada e saida dos materiais.

O ambiente interno da área produtiva apresenta boa higienização, além da ausência de umidade, o que reduz os riscos de enfermidades respiratórias, entre outras. Para os materiais foram dispostos locais es mazenagem, onde o de armazenagem, onde o ambiente também se encontra sob condições boas de acondicionamento, sem sofrer variações provocadas por intempéries externas como iluminação extrema, temperaturas elevadas, entre outros. Embora haja a manipulação de agentes químicos de caráter inflamável, não existem registros de acidentes de trabalho relacionados com manipulação dos componentes. . 1. 5 Análise das condições posturais dos trabalhadores Ao ser reallzada a entrevista com os funcionános, foi constatado que cerca de 70% possuem ueixas com relação às posturas aplicadas durante a execução de suas tarefas. No setor de saches, as atividades são realizadas em sua maioria na posição em pé, sendo que nos outros setores há uma alternância entre posições em pe e sentadas, o que, segundo Grandjean (1998), é altamente recomendável do ponto de vista ortopédico e fislológico, pois a postura prolongada pode provocar riscos sérios de saúde. ara a postura sentada, as condições das cadeiras para aplicação das atividades são inadequadas para os trabalhadores, pois elas não possuem ajuste para altura e nem todas presentam encosto para o apoio lombar, o que provoca dores e desconfortos aos trabalhadores, sendo esse fato constatado em 60% dos entrevistados, que afirmam sentir dores na coluna lombar, dorsal e cervical.

Certas dores lombares e dorsais foram também causadas pelo excessivo carregamento de peso dos recipientes de água usadas na mistura com componentes; pois não possuem um car aproximadamente metade da força dos homens para o levantamento de peso. Todos os entrevistados relataram que seus desconfortos causados pelas más posturas adotadas no local de trabalho são amenizadas com o repouso. Nenhum dos trabalhadores afirmou praticar a ginástica laboral ou qualquer outro tipo de alongamento e aquecimento, que é importante para a preparação dos músculos envolvidos nas atividades exercidas.

Análise do aspecto psicológico do trabalhador Os empregados não encontram dificuldades em executarem suas atividades, e possuem um bom relacionamento no local de trabalho, apesar da pressão da chefia para o alcance da meta de produção pela empresa. Devido ao grau de pequena complexidade e repetitividade das tarefas, o risco de sensação de monotonia é visível entre os trabalhadores. Aproximadamente os trabalhadores afirmam que suas atividades são completamente monótonas; pois apresentam pouca exigência de capacidade intelectual.

Nos setores de sache, envase, rotulagem, laboratório, e pesagem existem todos os riscos de monotonia, e inclusive de fadiga. A má postura na realização das atividades traz ao trabalhador uma sensação forte de fadiga muscular, pnncpalmente nas regiões das pernas, ombros e antebraços. Os entrevistados afirmam que o ambiente com alta temperatura contribui para o aumento da irritabilidade, uma sensação de cansaço geral, onde também há, em alguns casos, a fadiga psicológica, com a

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