Fadas, bruxas, princesas e heróis: representações sociais docentes sobre o imaginário infantil

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA FADAS, BRUXAS, PRINCESAS E HEROIS: representações sociais docentes sobre o imaginário infantil Mary Celina Barbosa do Nascimento Orientada por: Telma Jannuzzi da Silva Lopes Barbacena, MG – Bra Novembro de 2011 CURSO DE GRADUA 8 p TRABA HO DE CONCLUSAO DE CURSO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DONA ITÁLIA FRANCO – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS/BARBACENA – COMO p ART DAS e do questionamento.

Nesse sentido, a leitura pode ser vista, vivida, sentida, falada, ouvida e contada COELHO, 2000 À minha querida amiga e mãe, Celina, em a qual teria sido muito difícil o meu caminhar. A meus filhos, Iago e Yan, presentes singulares que a ternura de Deus me deu, por sempre me Inspirarem a superar dificuldades e me motivarem a ir além. A minha família pelo carinho e atenção; pelas palavras certas nos momentos certos, sempre olhando o nosso futuro com fé e entusiasmo. AGRADECIMENTO Agradeço a Deus e à sua conspiração divina que me mandou para esse mundo. ?s minhas tias Célia e Mara, que durante todos esses anos estiveram comigo dando-me apoio e coragem. À minha mãe, Celina, e aos meus filhos, lago e Yan, que se tornaram a razão o meu viver e dedicaram-se única e somente para que eu pudesse chegar aonde cheguei. O meu amor Giovanni, pela dedicação, paciência e apoio nos momentos mais diffceis dos últimos anos. A orientadora Telma, por compartilhar conosco seus conhecimentos e experiências na realização deste trabalho.

Os meus colegas de sala, pessoais e intelectuais 2 OF sg questionário semiestruturado sobre a influência dos contos de fadas na formação da personalidade infantil e sua utilização no fazer pedagógico , buscando a importância desse recurso como auxiliar docente. O resultado registrou que os ocentes reconhecem os contos de fada como “fórmula mágica” capaz de envolver a atenção das crianças, despertando-lhes sentimentos e valores intuitivos que clamam por um desenvolvimento justo tão pleno quanto possa vir a ser o do intelecto.

Ressaltou anda que a criança compactua esse aprendizado de forma intuitiva devido aos elementos carregados de simbolismos Palavras-chave: Contos de fadas; representações sociais; desenvolvimento emocional da criança. ABSTRACT The present work is a study and research regarding the social teaching representations of the Infantile education with relationshp to the alue of fairy tales in child”s education. The universe of the research is composed by fouteen teachers and three schools (10% of the municipal schools of Barbacena).

Based at first on a bibliographical review of the theme and later collecting social representations, in a semi-structured questionnaire, where these representations were influence of fairy tales in the formation of the infantile ersonality; seeking to use in teaching the the Child learn ng condone this intuitively because they have elements full of symbolism. Kewuords: Fairy tales; social representations; child”s emotional evelopment. SUMÁRIO INTRODUÇAO „ 09 1 PERCURSO HISTORICO DA LITERATURA 15 . 17 INFANTIL 23 23 NFANTOJUVENIL 1. 1 A origem da literatura 1. 2 História dos contos de fadas . CONTOS DE FADAS E IMAGINÁRIO 2. 1 A valorização dos contos de fadas em prol do desenvolvimento do imaginário infantil 2. 2 0 desenvolvimento do imaginário infantil através dos contos de fadas 3 AS REPRESENTAÇOES SOCIAIS COMO 16 27 35 PROCESSO TEORICO- METDOLÓGICO.. 4 A PESQUISA 41 CONSIDERACOES 4 . 49 9 INTRODUÇAO Histórias de conto de fadas… Que menina já não ouvi u um conto da rincesa que para se libertar da maldição da madrasta, precisa receber um beijo do príncipe, seu verdadeiro e perfeito amor? Cinderela é um dos muitos exemplos. O conto de fadas Cinderela é um dos mais populares do mundo.

Há registro desse conto no século IX, na China, e a versão mais difundida data de 1697. A história representa a construção da sexualidade feminina. Cinderela é uma personagem que tem de crescer e para ser mulher, é importante o encontro amoroso e o descobrimento da sexualidade masculina. por outro lado, que menino já não se empolgou com as aventuras vividas elo Peter Pan na Terra do Nunca, onde o relógio nao existe e o tempo parou? Há os que defendam que a vida deve ser levada sem desgastes, outros acreditam que é preciso se encaixar na vida adulta e esquecer-se das brincadeiras e sentimentos da infância.

Então, todos têm seus momentos de imaturidade e de maturidade. O problema está quando tudo entra no mundo de fantasia criado pela pessoa que não quer aceitar a sua idade. Geralmente, os sonhos e a dependência materna revelam muito s s OF uma personalidade experiencias reais. Lidam com problemas universais, atacam ideias preconcebidas e defendem causas erdidas. Mostram o despertar erótico, a iniciação sexual, a esperteza e a malicia. Às vezes são feministas, abrindo espaço para a mulher comunicar suas id eias. Ao Puer aeternus é a expressão latina para “eterno jovem”.

Na psicologia analítica junguiana, exemplos do arquétipo pueril incluem a criança, o pré-adolescente e o adolescente. O termo também se aplica a mulheres, ocasião para a qual a terminologia latina é puella. 10 mesmo tempo em que defendem aspirações tradicionais, minam os ensinamentos convencionais. Desafiam ideias estabelecidas e levantam questões na mente do público. Apresentam uma justiça poética: o filho mais novo, mais tolo, mais desvalorizado pela família e pela comunidade é o que se casa com a princesa.

As histórias falam de medos, de amor, da dificuldade de ser criança, de carências, de autodescobertas, de perdas e buscas, da vida e da morte. Alia -se a isso o fato de que os significados mudam de acordo com a necessidade ou o desejo do leitor. São sempre atuais, pois se envolvem no maravilhoso, partindo de uma situação real; lidam com emoções; se passam em tempo e lugar indefinidos; as personagens são simples e vivenciam situações diferentes, esolvem conflitos nos 6 protagonista que parte para descobrir o desconhecido e vence seus temores” (WARNER, 1999, p. 11). Segundo Bettelheim (1980), os contos de fadas são os mais indicados para ajudar as crianças a encontrar um sign•ficado na vida ao estimular a imaginação, desenvolver o intelecto, harmonizar-se com suas ansiedades e tornar claras suas emoções. São enriquecedores, satisfatórios e ajudam a aliviar as pressões conscientes e inconscientes. A fantasia facilita a compreensão das crianças, pois se aproxima mais da maneira como veem o mundo, já que ainda são incapazes de ompreender respostas realistas.

Não se pode esquecer que as crianças dão vida a tudo. Para elas, o sol e a lua são vivos, assim como todos os outros elementos do mundo, da natureza e da vida. Falar sobre literatura infantil é sem dúvida falar sobre a Imaglnaçao. A partir dos cinco anos, a criança percebe que os contos de fadas não fazem parte da realidade externa, mas deixa -se seduzir por eles, porque se harmonizam com sua realidade interna. Ela sabe que “a verdade dos contos de fadas é a verdade de nossa imaginação” (BETTELHEIM, 1980, p. 48). Os contos são um patrimônio da humanidade. Eles foram escritos outra época, e a criança consegue compreender isso. Porém, muitos clássicos infantis foram se modificando através dos tempos, as histórias mudaram de acordo sg precisam ser vividas. O tema contos de fadas foi escolhido por ser bastante simbolista e por que a fantasia é extremamente importante na vida de uma criança. Com o passar do tempo, o mundo de ilusões constrói na vida adulta a esperança, a persistência no desejo de ser feliz.

O se r humano desenvolve o gosto pelo novo e a facilidade de aproveitar bem o presente, sem descartar os planos para o futuro. Bettelheim (1980) afirma que os contos de fada s são ímpares, não so como forma de literatura, mas como obra de arte integralmente compreensível para a criança como nenhuma outra o é. Como sucede com toda grande obra de arte, o significado mais profundo do conto de fadas será diferente para a uma mesma pessoa em vários momentos de sua vida.

A criança extrai signif icados diferentes do mesmo conto de fadas, dependendo de interesses e n ecessidades do momento. Ao encontro dessa possibilidade gerada pelos contos e diante da necessidade atual apresentada pelas crianças, de imaginar, criar, onstruir significados para sua própria existência e, porque não dizer, estruturar mecanismos para interagir com o mundo, os contos de fadas têm importâ ncia especlal para a estruturação das crianças, o que é corroborado por Bettelheim.

Apesar das resistências, sobretudo 8 OF temas próprios da sua realidade sem que precise expor seus medos, rivalidades e ansiedades. Eles são a fórmula mágica capaz de envolver a atenção das cr ianças, despertando-lhes sentimentos e valores intuitivos, que clamam por um desenvolvimento justo tão pleno quanto possa vir a ser o do prestigiado intelecto. Em essência, os contos de fada podem ser vistos como pequenas obras de arte, capazes que são de envolver as crianças em seu enredo e de instigar a mente e comovê-las com a sorte de seus personagens.

Causam impactos no psiquismo, porque tratam das experiências cotidianas e permitem que as crianças se 12 identifiquem com as dificuldades ou alegrias de se us heróis, cujos feitos narrados expressam em suma a condição humana frente às pr ovações da vida. Nesse processo, cada criança representa suas próprias lições dos contos de fadas. Elas os ouvem sempre consoantes ao seu momento de vida, e extraem as narrativas, ainda que inconscientemente, o que de melhor possa aproveitar para al ser aplicado.

As histórias de fadas atuam, então, no emocional da criança e sua contribuição está em auxiliá-la a tomar decisões para a sua independência, acomodar os seus sentimentos de ambivalência, e lhe dar esperanças que seus são plenos de significados, com estruturas simples, histórias claras e personagens bem definidos em suas características pessoais (facilitando a identificação deles em bom ou mau, feio ou bonito etc. ) . Assim, atingem a mente da criança, entretendo-a e estimulando sua imaginação, como enhum outro tipo de literatura talvez seja capaz de fazer, além de facilitar a expressão de ideias.

Com relação aos personagens, nos contos de fadas e também nas fábulas, são perceptíveis as características peculiares às crianças como a imaturidade e a maturidade desses, mostrando a capacidades de controle das emoções ou ser racional. É interessante destacar a visão de anulação dos contos de fadas pelos pais que fecham a visão do que está intrínseco nos contos, escondendo ou não acreditando neles, tirando multas vezes da criança, o desejo de sonhar.

Analisando a questão desse contexto, fica claro o porquê da preferência por esses tipos de histórias, pois para as crianças, as respostas dadas pelos contos de fada são sugestivas, ou seja, permitem que cada uma direcione sua imaginação e criatividade. Deixam à fantasia da criança o modo de aplicar a ela mesma o que a história revela sobre a vida e a natureza humana. É possível reconhecer nos contos de fadas um tipo de literatura capaz de levar a criança a uma dimensão que vai além do entretenimento Eles permitem a construção de um imagin ndamental para a 0 DF 58

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