Linguagem persuasao
SÁBADO, 13 DE SETEMBRO DE 2008 RESENHA DO LIVRO “LINGUAGEM E PERSUASÃO” DE ADILSON CITELLI CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. 8a Edição. São Paulo: Ed. Atica, 2004. O autor Adilson Citelli, mestre em Letras, professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, expõe em seu livro Linguagem e Persuasão, a história, construção e os métodos da linguagem persuasiva. Citelli começa explicando de maneira concisa os elementos Swipe to r. page iniciais da tradição re formulação e pensa brllhantes desde De da arte retórica de Ar ideologias de acordo ar 3 vai da estrutura, or cabeças utros, a importância signo e suas , presente no discurso publicitário, religioso, did tico, liter rio, jornalístico, politico e nos discursos do nosso dia-a-dia. Remetendo o leitor a uma reflexão, pois é possível analisar na prática toda a teoria exposta no livro. O texto publicitário é o primeiro a ser comentado, surgindo com ele as fórmulas utilizadas para persuadir o consumidor, através da combinação de efeitos retóricos com fatores psicológicos, sociais e econômicos.
A importância da formação de slogans com utilização de premissas e a criação de personagens que onfiguram categorias específicas com características lúdicas, são usados na maioria das vezes como exemplos para mostrar como essa linguagem tem influência nas emoções dos indivíduos, com afeta o juízo de valores e os conceitos já preexistentes na na sociedade. Todavia, o consumidor é conduzido a acreditar que precisa do produto ou serviço e que deve comprá-lo. O discurso dominante, o religioso, onde a voz de Deus cala todas as outras e o pastor fala em “Seu nome”.
A mais visível forma de persuasão e o mais invisível “eu” persuasivo, segundo Citelli. A construção de conhecidos textos religiosos, como o Credo, é analisada, com a escala da narração e os mecanismos que acentuam a persuasão, como a utilização do modo imperativo, as parábolas, metáfora, estereótipos e chavões. No discurso autorizado, o autor segue a visão de Marilena Chauí, onde o discurso competente confunde-se, pois com a linguagem institucionalmente permitida ou autorizada, isto é, com um discurso no qual os interlocutores já foram previamente reconhecidos como tendo o direito de falar e ouvir.
No discurso didático, Podemos perceber como os livros estinados às crianças para alfabetização apresentam modelo que nada têm a ver com a realidade da maioria das crianças, abandonando sua função neutra, com a padronização de comportamentos, pressupostos culturais, da visão acerca da familia, da ética, do papel do Estado, através de estereótipos e ideologias. No tema família é mais explícito e constante, a idéia de harmonia doméstica, onde tudo é perfeito.
Duas variáveis de preconceito são as mais encontradas: a familia que é feliz porque está unida e as relações dos papéis sexuais (O pai trabalha e ustenta a casa e a mãe tem a obrigação de cuidar da casa e dos filhos). Nos faz lembrar o “American way of life”, que segue essa linha. O discurso Literário que se definiria a priori po “American way of life”, que segue essa linha.
O discurso Literário que se definiria a priori por uma natureza plurissignificativa, dado que o signo polissêmico e conotativo como importante constituinte da linguagem simbólica, resumindo o leitor é conduzido de forma mágica pela imaginação, um convite para, na aventura da linguagem, sentirmos o prazer de descobrir um mundo novo. Já o discurso jornalístico, apresenta-se nos meios de mídia de diferentes formas, unidirecioanis, transparência, distância, jogo com elementos emocionais, trabalho com o inusitado e nodalização.
O discurso político, chega a ser um mix de persuasão, onde esta presente grandes movimentos estratégicos: divulgação, adesão, justificativas/ explicações. Gerando com esse discurso atribuições de propriedades, caráter dos enunciadores, onde a ética é ponto chave segundo o autor, o possível como regra, o possível que se fez impossível, o tom apelativo, os pré-constituídos, a palavra omo espetáculo e os viés ideológicos.
Adilson Citelli finaliza o livro com o tópico “Fugir da persuasão”, com questionamentos tais como é possível existir um discurso não-persuasivo ? Todos os discursos visam a persuadir acerca de alguma colsa? Em seguida, argumenta que persuadir não é sinônimo imediato de mentira ou coerção, mas que os resultados dependem do comportamento adotado no discurso. E que para existir persuasão condições são estabelecidas e a principal delas é a existência da democracia, que permite a livre circulação de idéias. LEONARDO MOREIRA.