Origem da migração no período de 1870 a 1940 no brasil
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS FACULDADE DE GEOGRAFIA E CARTOGRAFIA DISCIPLINA: GEOGRFIA DA POPULAÇÃO PROFESSOR: CLAY NUNES CHAGAS DISCENTES: ALLAN WILLIAN TITAN BRUNO RAFAEL BATISTA DE ATADE RAFAEL SANTOS GALVÃO PRISCYLLA KÉLLEN BENTES DA COSTA EVESNEY CUNHA to view nut*ge Seminário referente 1870 a 1940 no Brasil ração no per[odo de Belém _ pará 201 1 Introdução: Neste texto nós vamos entender e analisar as imigrações no Brasil com um olhar geográfico, sendo assim vamos utilizar recursos como gráficos e estatisticas para compreender a istribuição, consequências influencias dos imigrantes no Brasil.
A imigração Internacional que se deu no nosso pais desde os tempos coloniais tem contribuído na formação da população brasileira devido a sua importância econômica, politica e cultural com isso ajudando no desenvolvimento sócio histórico pessoas para um determinado lugar este deve oferecer uma infra-estrutura para uma maior qualidade de vida aos migrantes, esse é um grande fator decisivo e de atração para o local de escolha da habitação devido o local de origem dessas pessoas não oferecer esses serviços. Nesse contexto as migrações ajudaram a formar o povo miscigenado que é o brasileiro, mesclando culturas internacionais e regionais dando como resultante essa variação cultural encontrada pelo país. O que é migração?
Denomina-se migração todos os movimentos de pessoas de um país a outro, ou de um lugar geográfico a outro dentro do mesmo país, com mudança de residência. No primeiro caso trata- se de migração internacional e, no segundo, de migração interna. Chama-se emigração o movimento de saída de pessoas de uma determinada área geográfica, seja dum país a outro ou dentro das ivisões administrativas de uma nação, e imigração o movimento de chegada para a mesma. O saldo migratório representa a diferença entre o número de entradas e de saídas. Causas: Causas religiosas: perseguições religiosas. Causas bélicas: guerras, regimes políticos ditatoriais.
Catástrofes naturais: cheias, secas, vulcões em erupção, inundações, sismos. Causas económicas: desemprego, baixos salários, deterioração da vida rural. Causas políticas: regimes políticos repressivos, perseguições politicas. PAGF Tipos: 1- Espontâneo ou voluntário – Quando a decisão da saída parte o próprio sujeito. 2- Forçado – Quando o sujeito é obrigado a migrar. Exemplo Tráfico de escravos. 3- Controlado – Quando a migração faz parte da política de um Estado que atua regulando o fluxo de pessoas tanto para fora quanto para dentro de suas fronteiras. Subdivide-se em: a) Restringido – Quando o Estado impõe restrições, dificultando a imigração. )Estimulado – Quando o Estado possibilita o fluxo migratório tanto interna quanto externamente (entrada de estrangeiros). Exemplo – A migração estrangeira para as fazendas de café no Brasil. Tipos de migrações externas: )lntercontinentais: migrações que se realizam entre continentes. b)lntracontinentais: migrações que realizam dentro do mesmo continente. Tipos de migrações internas: a) Êxodo rural: tipo de migração que se dá com a transferência de populações rurais para o espaço urbano. Esse tipo de migração em geral tende a ser definitivo. b) Êxodo urbano: tipo de migração que se dá com a transferência de populações urbanas para o es a o rural.
Hoje em dia é um tipo de migração muito in milhões de trabalhador essa em todas as manhãs de sua casa em direção do seu trabalho, e retornam no final do dia. A imigração no Brasil A imigração teve início no Brasil a partir de 1 530, quando começou a estabelecer-se um sistema relativamente organizado de ocupação e exploração da nova terra pelos portugueses. A tendência de ocupação acentuou-se a partir de 1534, quando o território foi dividido em capitanias hereditárias e se formaram comunidades importantes em São Vicente e Pernambuco. Foi um movimento ao mesmo tempo colonizador e povoador, pois contribuiu para formar a população que se tornaria brasileira, sobretudo num processo de miscigenação que incorporou portugueses, negros e indígenas.
A criação do governo-geral em 1549 atraiu muitos portugueses para a Bahia. A partir de então, a migração tornou se mais constante. O movimento de portugueses para o Brasil foi relativamente pequeno no século WI, mas cresceu durante os cem anos seguintes e atingiu um numero expressivo no século WIII. Embora o Brasil fosse, no período, um domínio de Portugal, esse processo tinha, na realidade, sentido de imigração, pois devido à escassez de terras em Portugal e a exaltação que se fazia das novas terras os portugueses decidiram migrar para as novas terras, vale ressaltar que a coroa portuguesa incentiva ocupação das novas terras por meio de doação de lotes aos portugueses.
Um grupo importante que surgiu e ajudou na formação da população brasileira foram os negros africanos. É impossível dar um número preciso de escravos trazidos durante o período do tráfico negreiro, do século XVI ao XIX. mas admite-se que foram de escravos trazidos durante o período do tráfico negreiro, do século XVI ao XIX, mas admite-se que foram de cinco a seis milhões. O negro africano contribuiu para o desenvolvimento populacional e econômico do Brasil e tornou-se, pela mestiçagem, parte inseparável de seu povo. Os africanos espalharam-se por todo o território brasileiro, em engenhos de açucar, fazendas de criação, arraiais de mineração, sítios extrativos, plantações de algodão, fazendas de café e áreas urbanas.
Sua presença projetou-se em toda a formação humana e cultural do Brasil com técnicas de trabalho, música e danças, práticas religiosas, alimentação e vestimentas Os italianos chegaram ao Brasil no período entre 1870 a 1920, compondo 42% do total de imigrantes segundo Alvim, em decorrência dos fortes estímulos oferecidos pela política migratória brasileira, bem como dos problemas econômicos nfrentados na Itália. Por aceitarem qualquer tipo de trabalho, rapidamente acumularam dinheiro e tornaram-se proprietários de terra. As economias dos locais aonde chegaram começavam a se desenvolver, o que lhes permitiu, em uma segunda etapa, encontrar facilmente postos de trabalho nos setores urbanos e industriais.
Assim, os italianos passam a compor uma classe médla marcada por uma considerável mobilidade social e integração De 1880 a 1930, mas, sobretudo a partir de 1890, o Brasil passa a integrar um dos destinos dos espanhóis. No período, a politica migratória brasileira consistia em uma ampla divulgação os benefícios da vinda para o Brasil, formando um fluxo migratório fundamentalmente individual, masculino e dirigido aos grandes centros urbanos. As regiões d PAGF s OF fundamentalmente individual, masculino e dirigido aos grandes centros urbanos. As regiões de recepção eram diversas e as condições extremamente precárias como indicam inúmeros relatos sobre a mlséria e os maus tratos aos quais eram submetidos os espanhóis, segundo Martinez.
Além disso, os trabalhos exercidos eram geralmente de baixa qualificação, sendo que muitos trabalhavam nas lavouras de café. Alguns poucos onseguiram atingir certa ascensão social, tornando-se pequenos proprietários rurais O fluxo de imigração alemã inicia-se anteriormente, em 1 824, sendo marcado por algumas especificidades. Trata- se de um tipo de migração baseada na pequena propriedade rural familiar com aspectos étnicos que chamaram a atenção de nacionalistas brasileiros, criando situações de conflito durante várias décadas. Em um primeiro período (entre 1824 e 1829), a colonização tinha como finalidade principal o povoamento de terras devolutas do Estado no sul do país, visando a instalação de agricultores livres e estrangeiros.
O resultado disto foi um certo isolamento dos imigrantes em zonas pioneiras e um grande debate acerca do “enquistamento” dos teuto-brasileiros Os principais grupos de imigrantes no Brasil são portugueses, italianos, espanhóis, alemães e japoneses, que representam mais de oitenta por cento do total. Até o fim do século XX, os portugueses aparecem como grupo dominante, com mais de trinta por cento, o que é natural, dada sua afinidade com a população brasileira. São os italianos, em seguida, o grupo que tem maior participação no processo migratório, com quase trinta por cento do total, concentrados, sobretudo no estado de ao migratório, com quase trinta por cento do total, concentrados, sobretudo no estado de São Paulo, onde se encontra a maior colônia italiana do país.
Seguem-se os espanhóis, com mais de dez por cento, os alemães, com mais de cinco, e os japoneses, com quase cinco por cento do total de imigrantes A Migração no Brasil no período de 1870 a 1 930 A migração no Brasil no período entre 1870 a 1930 foi muito intensa tanto externamente como internamente, com vários nuances entre as regiões e isso contribuiu para a consolidação do nosso território, pois as migrações brasileiras aconteceram asicamente através dos ciclos econômicos, a cada novo ciclo a imigração aumentava e os deslocamentos internos não se deram com grande êxodo entre as regiões, mas sim com migrações externa com o apoio das autoridades, contudo a população que ficava fora do novo ciclo econômico praticava a cultura de subsistência ajudando assim na consolidação do nosso território. Nesse período o Brasil já havia deixado de traficar escravos foi então que a migração interna ficou mais ativa do que nunca pnnclpalmente porque a economia do café estava em alta, a partir de então, uma conjugação de fatores externos e nternos, incluindo o esgotamento da mão-de-obra escrava fez-se necessário a migração de trabalhadores estrangeiros principalmente para que a economia do café continuasse em alta.
No nordeste podemos verificar nesse período que, por mais que a economia do açúcar estivesse estagnada, havia migração para o sul da Bahia, onde se desenvolvia a cultura do cacau, e também o cultivo do algodão e a indústria de fiação e tecelagem estava em expansão no Nordeste, claro que não s PAGF 7 algodão e a indústria de fiação e tecelagem estava em expansão no Nordeste, claro que não se pode colocar em pé de igualdade fluxo do Nordeste com o do Sudeste, pois a do Sudeste era muito maior lembrando que o café era o principal produto de exportação do Brasil nesse período. Essa migração para o Sudeste se dava também pela vontade da população recentemente liberta ou a procura de um terreno mais fértil e com mais oportunidades de conquistar terras ainda não ocupadas. Isso também contribuiu muito para a expansão e ocupação do território nacional.
O fluxo intenso de imigrantes fez o Brasil crescer muito rapidamente nesse período, podemos ver na tabela que apenas nos anos 1890, foi registrada uma entrada de aproximadamente 200. 000 pessoas, seguida, nas outras décadas, de volumes bastante expressivos que declinam apenas nos anos 1930. A partir de 1930 a migração interna ganha novamente uma posição de destaque, pois é o inicio da industrialização no Brasil nos centros urbanos formados desde o tempo colonial, com uma demanda muito grande e promessas de uma vida melhor muitas pessoas saem do campo para ir a cidade e isso causa o começo da virada de uma pais que mora e tem sua economia voltada para o campo para um país urbano e industrializado que nós temos hoje.
No final do século XIX, houve a disseminação no Brasil de onceitos de superioridade racial que tinham se desenvolvido e adquirido grande prestígio no exterior. O pensamento cientifico brasileiro da época, que era fortemente marcado pelo positivismo, adotou “teses científicas” de darwinismo social e eugenia racial para defender o branqueamento da população como fator necessáno para o PAGF 8 OF população como fator necessário para o desenvolvimento do Brasil. A elite social e política brasileira, que era majoritariamente branca, passou a considerar como certo que o país não se desenvolvia porque sua população era, em sua grande maioria, composta por negros e mestiços.
A imigração não era considerada somente um meio de suprir a mão-de-obra necessária na lavoura, ou de colonizar o território nacional coberto por matas virgens, mas também com meio de “melhorar” a população brasileira pelo aumento da quantidade de europeus. pollticas de mgração A proposta de ‘branqueamento” da população brasileira com imigrantes europeus sempre foi apresentada como se fosse ciência comprovada. As pol[ticas de imigração brasileira foram fortemente influenciadas pelas propostas de branqueamento que impregnaram o imaginário social e político brasileiro durante a rimeira metade do século XX. Deve-se ressaltar que esta política de lmlgração não foi típica do Brasil, mas comum em quase todos países das Américas, Oceania e, até, da África colonizados com população de origem européia.
Em geral, estes países, como por exemplo, os Estados Unidos, restringiram até a entrada de imigrantes do sul da Europa (italianos, espanhóis, portugueses, gregos, etc) enquanto beneficiavam a entrada de imigrantes do norte da Europa (ingleses, escoceses, alemães, suecos, noruegueses, etc). Apesar disto, houve quem sugerisse a vinda de imigrantes a Áfnca ou da China para suprir a falta de mão-de-obra no Brasil. Chegou até a haver uma incipiente imigração de chineses, porém não houve continuidade, pois apenas europeus incipiente imigração de chineses, porém não houve continuidade, pois apenas europeus eram considerados civilizados o suficiente para imigrarem para o Brasil.
Primeiras leis de imigração da República Em 1890, o presidente Deodoro da Fonseca e pelo ministro da Agricultura Francisco Glicério assinaram o decreto no 528 que determinava que a entrada de imigrantes da África e da Ásia dependeria da autorização do Congresso Nacional. O esmo decreto não restringia, até incentivava, a imigração de europeus. O decreto teve que ser revogado em 1907 para permitir a entrada de imigrantes japoneses. Em 1902, o governo da Itália emitiu o decreto Prinetti que proibiu a imigração subsidiada de italianos para o Brasil. As fazendas de café sentiram a falta de trabalhadores com a diminuição da chegada de imigrantes e, então, o governo brasileiro passou a aceitar o recebimento de imigrantes japoneses, que se iniciou em 1908.
Lei de Cotas Durante a Assembléia Nacional Constituinte de 1933, a ideia de “branqueamento” da população brasileira com imigrantes uropeus foi defendida pelos médicos e deputados Miguel Couto (eleito pelo Distrito Federal, hoje Rio de Janeiro), Artur Neiva da Bahia e Antonio Xavier de Oliveira do Ceará. Juntos, eles pediam, principalmente, o fim da imigração dos degenerados “aborígenes nipóes” (japoneses). O resultado foi a aprovação por larga maioria de uma lei que estabelecia cotas de imigração sem fazer menção a raça ou nacionalidade, e proibia a concentração populacional de imigrantes. Segundo o texto constitucional, o Brasil só poderia receber, por ano, no máximo 2% do total de imigrantes da cada nacionalidade que tinha imi rada no