Resenha
FACULDADE GEREMÁRIO DANTAS RESENHA CRITICA OF5 p Rio de Janeiro 201 1 Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação da PUC-SP. 3. CONHECIMENTO, CONCLUSOES DO AUTOR E APRECIAÇAO O livro é fruto da atuação do Grupo de Estudos “Henri Wallon: psicólogo e educador’, do Núcleo Temático de Ensino e Formação de Professores do Programa de Estudos Pós-graduados em Educação: Psicologia da Educação da PUC-SP, organizado e coordenado pela professora doutora Abigail Alvarenga Mahoney. As autoras deste livro escolheram a teoria de Henri Wallon para descrever e explicar o desenvolvimento humano.
Pois é uma teoria que facilita compreender o indivíduo em sua totalidade, que indica as relações que dão origem a essa totalidade, mostrando uma visão integrada da pessoa do aluno. Ver o aluno dessa perspectiva põe o processo ensino- aprendizagem em outro patamar porque dá ao conteúdo desse processo – que é a ferramenta do professor – outro significado, expondo sua relevância para o desenvolvimento concomitante do cognitivo, do motor e do afetivo. Wallon dedicou-se primeiro à psicopatologia. Observou crianças de 2 a 15 anos, Internadas em serviços psiquiátricos com rofundas perturbações de comportamento.
Depois da psicopatologia, Wallon dedicou-se ao desenvolvimento da criança, considerando que a questão fundamental dessa érea é o estudo da consciência e que o melhor caminho para entendê-la é buscar sua origem. Da análise de suas observações, comparando semelhanças e diferenças entre o desenvolvimento de crianças normais e patológicas, entre crianças e adultos, foi extraindo os princípios reguladores desse processo e identificando seus vários crianças e adultos, foi extraindo os princípios reguladores desse processo e identificando seus vários estágios.
Criando assim sua teoria do desenvolvimento. A teoria aponta para duas ordens de fatores que irão constituir as condições em que emergem as atividades de cada estágio: fatores orgânicos e fatores sociais. A passagem dos estágios de desenvolvimento não se dá linearmente, por ampliação. Ela ocorre por reformulação, instalando-se no momento da passagem de uma etapa a outra, crises que afetam a conduta da criança. Conflitos se instalam nesse processo e são de origem ambiental – de fora para dentro – quando resultantes dos desencontros entre as ações da criança e o ambiente exterior.
A sequência de estágios proposta por Wallon é a seguinte: • Impulsivo Emocional (0 a 1 ano) – É um estágio predominantemente afetivo, onde as emoções são o principal instrumento de interação com o meio. A relação com o ambiente desenvolve, na criança, sentimentos intraceptivos e fatores afetivos. O movimento, como campo funcional, ainda não está desenvolvido, a criança não possui perícia motora. Os movimentos infantis são um tanto quanto desorientados, mas a contínua resposta do ambiente ao movimento infantil permite que a criança passe da desordem gestual às emoções iferenciadas. ?? Sensório-Motor e Projetivo (1 a 3 anos) – É uma fase onde a inteligência predomina e o mundo externo prevalece nos fenômenos cognitivos. A inteligência, nesse período, é tradicionalmente particionada entre inteligência prática, obtida pela interação de objetos com o próprio corpo, e intel 3 entre inteligência prática, obtida pela interação de objetos com o próprio corpo, e inteligência discursiva, adquirida pela imitação e apropriação da linguagem. Os pensamentos, nesse estágio, muito comumente se projetam em atos motores. ??? Personalismo (3 a 6 anos) – É um periodo crucial para a formação da personalidade do individuo e da autoconsciência. Uma consequência do caráter auto afirmativo deste estágio é a crise negativista: a criança opõe-se sistematicamente ao adulto. Por outro lado, também se verifica uma fase de imitação motora e social. • Categorial (6 a 11 anos) — Neste estágio a criança começa a desenvolver as capacidades de memória e atenção voluntárias. Os progressos Intelectuais dirigem o interesse da criança para as coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior. ??? Puberdade e Adolescência (1 1 anos em diante) – A criança começa a passar pelas transformações físicas e psicológicas da adolescência. Este é um estágio caracterizadamente afetivo, onde o indivíduo passa por uma série de conflitos internos e externos. Os grandes marcos desse estágio são a busca de autoafirmação e o desenvolvimento da sexualidade. Os estágios de desenvolvimento não se encerram com a adolescência. Em verdade, para Wallon o processo de aprendizagem sempre implica na passagem por um novo estágio.
O indivíduo, ante algo em relação ao qual tem imperícia, sofre anifestações afetivas que levarão a um processo de adaptação. O resultado será a aquisição de perícia pelo indivíduo. O processo dialético de desenvolvimento jamais se encerra. Wallon nao propõe uma teoria pedagógica, mas seu inter 4DF5 desenvolvimento jamais se encerra. Wallon não propõe uma teoria pedagógica, mas seu interesse pela educação levou-o a elaborar textos específicos sobre educação e, junto com os educadores, um projeto de reforma do ensino francês, que ficou conhecido como Projeto Langevin-Wallon.
Onde a diretriz norteadora do Projeto é onstruir uma educação mais justa para uma sociedade mais justa. A análise de suas obras permite, então, dois tipos de leitura pedagógica: 1. Pedagogia explícita: textos que apresentam análises da Educação Nova e tratam da Educação em geral; Projeto Langevin- Wallon. 2. Pedagogia implícita: interferências a partir de sua psicogenética e da atuação de Wallon como professor. Esta é uma obra de excelente conteúdo, pois acrescentou o meu conhecimento e me auxiliará na compreensão do desenvolvimento humano e, particularmente, do aluno na escola e fora dela, como pessoa completa. ESTILO O texto possui linguagem clara, precisa, objetiva e de fácil entendimento. 5. INDICAÇÃO DA OBRA Destina-se, assim, tanto aos educadores, pais e professores, aos quais oferece diretrizes preciosas para a própria formação e instrumentos importantes para a análise e compreensão dos fenômenos pedagógicos e psicológicos que ocorrem na familia e na sala de aula, como aos estudiosos da psicologia da educação, para quem Henri Wallon é um marco ao integrar os dois pólos entre os quais a educação sempre oscilou – a formação da pessoa e sua inserção na coletividade. [pic] S