Sivicultura

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o manejo de uma ár técnicos de várias ár Busca ainda auxlliar plantio de espécies n regional, de forma a Sivicultura Premium gydalianaribeiro anpeTIR IO, 2012 | 12 pages ilSilvicultura é a ciência dedicada ao estudo dos métodos naturais e artificiais de regenerar e melhorar os povoamentos florestais com vistas a satisfazer as necessidades do mercado e, ao mesmo tempo, é aplicação desse estudo para a manutenção, o aproveitamento e o uso racional das florestas.

O sucesso de um projeto de silvicultura depende do planejamento e implantação adequada nas várias fases do rocesso, as quais compreendem: estudo do clima, determinação da espécie e definição do material genético,produçao de mudas, preparo do solo, controle de formigas e outros invasores,tratos culturais, tratos silviculturais e colheita planejada. Silvicultura também está relacionada à cultura madeireira.

E Swipe to page or12 participação de stas através do e de caráter de manutenção dos biomas locais visando a recuperação de recursos hídricos e manutenção de biodiversidade, de forma a aumentar a eficiência do processo. florestal. órgãos como Ministério do Meio Ambiente,lnstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (lhama), Instituto Estadual de Florestas (IEF), de Minas Gerais,realizam frequentemente concursos para contratação desse profissional.

Empresas privadas que prestam serviço para o governo também necessitam de mao de obra especializada. Quem atua nas áreas de ecologia aplicada e manej manejo florestal vem sendo bastante solicitado nos últimos anos por empresas de reflorestamento e por produtores rurais que fazem o plantio de florestas para fins comerciais. Os postos de trabalho estão concentrados, sobretudo, nos estados as regiões Sul e Sudeste, com destaque para Minas Gerais, que possui extensas áreas de reflorestamento, abrindo boas oportunidades para esse engenheiro.

Nas indústrias de base florestal, principalmente nas de papel e celulose,mas também nas metalúrgicas, de móveis e decompensado, aumenta a procura pelo especialista em tecnologia de produtos florestais. Outro nicho que se abre é o comércio de produtos florestais, a gestão de viveiros florestais e a coleta, o estoque e a transformação do lixo urbano e industrial. prefeituras de todo o pais buscam o graduado para cuidar da arborização urbana.

O profissional pode tuar ainda de maneira empreendedora, como assessor técnico de ONGs ou abrindo a própria empresa de produção de mudas e vendas de sementes. Madeeeira! Ediçao 260 – Jun/07 1 No final da década de 1940, o futuro governador de São Paulo, Carvalho Pinto, adquiriu uma fazenda na região montanhosa de Amparo, a cerca de 150 quilômetros da capital paulista. Seguindo o modelo agrícola da época no estado, ergueu um cafezal, arrebanhou algumas cabeças de gado de leite e arrematou a empreitada com uma plantação de eucaliptos.

Foi em meio àquelas árvores compridas que o neto do politico, Carlos Alberto, ntão com 12 anos, entendeu que tinha em comum com o avô muito mais dc que o nome. Parceiros nas andanças floresta adentro, em que acompanhavam o cor 12 muito mais do que o nome. Parceiros nas andanças floresta adentro, em que acompanhavam o corte e a medição da lenha, passaram a compartilhar o gosto pela atividade rural. “Não se pode colocar todas as frutas numa só cesta”, ensinava o politico A diversificação na produção enunciada pelo patriarca foi seguida ? risca pelo neto.

Hoje, o empresário Carlos Alberto de Carvalho Pinto Tonanni continua investindo em eucalipto, numa área de erca de 115 hectares, além de manter uma granja de frangos e gado. Os bovinos, entretanto, foram temporariamente deixados de lado. “Quero evitar que os animais avancem sobre um novo plantio de árvores, estragando covas e mudas”, diz. Tonanni, que produz eucaliptos em Amparo, SP, planeja reunir clnco áreas com árvores de diferentes idades, para conseguir renda com cortes todos os anos A família Carvalho Pinto testemunha a evolução da silvicultura no Brasil.

Diferentemente do passado, quando a produção nacional se baseava no desmatamento de florestas nativas, o etor avança em áreas que já foram utilizadas para agricultura ou pecuária, mas estão ociosas ou com rendimento inferior ao esperado. Estimulado pelo mercado aquecido, Carlos Alberto pretende fazer do eucalipto o carro-chefe da propriedade. “Se eu conseguir reunir cinco áreas com árvores de diferentes idades, todo ano estarei cortando e, portanto, tendo ganhos”, diz.

Estima- se que existam no pais 5,67 milhões de hectares de florestas plantadas, representadas principalmente por pinus e eucalipto, e concentradas nas regiões Sul e Sudeste. O pinus, que leva dez anos para a primeira poda, é mais voltado às 9 nas regiões Sul e Sudeste. O pinus, que leva dez anos para a primeira poda, é mais voltado às serrarias e à fabricação de papel de fibra longa. Já o eucalipto tem crescimento mais rápido (cerca de sete anos), e sua madeira costuma ser destinada à fabricação de celulose e geração de energia.

O mercado florestal nacional acabou sendo impulsionado com a disparada dos investimentos das indústrias de papel e celulose, de móveis e de siderurgia. “A previsão é que até 2010 seja investido algo em torno de quatro bilhões de reais apenas em cultivos”, afirma Rubens Garlipp, uperintendente da SBS – Sociedade Brasileira de Silvicultura. Os estudos, em especial os de melhoramento genético, com o desenvolvimento de clones específicos para determinadas regiões, seguem de vento em popa e fazem do pais referência mundial no manejo de florestas.

Os avanços técnicos da última década foram fundamentais para dar mais corpo à atividade no país: estima-se que, neste período, a produtividade tenha crescido 10%. Vilão ou mocinho? I Nativo da Austrália, o eucalipto é uma espécie polêmica. Entre as críticas que recebe, está sua suposta vocação para secar o solo. De acordo com o vice-diretor do Ipef – Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, Walter de Paula Lima, como a plantação de eucaliptos é uma monocultura, pode haver efeito acumulado de consumo de água pelas árvores, com a diminuição temporária da vazão de riachos e córregos – mas não de grandes rios. A chave é o manejo: se nao levar em conta valores como a conservação do solo e preservação das matas ciliares, é possível que haja impactos negativos, como os conservação do solo e preservação das matas ciliares, é possível que haja impactos negativos, como os que ocorrem na agricultura na pecuária”, diz. Além disso, a monocultura de eucalipto restringe o número de espécies, que não reconhecem naquele hábitat características favoráveis, inclusive pelo exotismo da árvore, diz Lúcio Bedê, gerente de projeto do Programa Mata Atlântica, da Conservação Internacional.

Ele afirma, porém, que, apesar de a cultura ter ganho a pecha de “deserto verde”, a ascensão das certificações florestais foi benéfica. “As exigências do selo, como a manutenção de áreas de vegetação nativa, possibilitam uma oportunidade de resguardar plantas e animais da região”, diz. O primeiro corte do eucalipto (foto) acontece aos sete anos, enquanto o do pinus ocorre no décimo ano de vida da árvore I O sucesso das pesquisas foi potencializado pela boa adaptação ao clima brasileiro de diversas variedades de pinus e eucalipto, que são plantas exóticas.

De acordo com Vitor Hoeflich, chefe- geral da Embrapa Florestas, enquanto o Brasil consegue uma média de 25 metros cúbicos por hectare ao ano, parses como Estados Unidos e África do Sul, que também atuam no setor, atingem produtividade anual de 15 e 18 metros cúbicos, respectivamente. Embora as empresas que fabricam produtos de lorestas plantadas possuam a maior parte dos cultivos, o perfi do setor está tomando novos contornos. Entre 2002 e 2006, o total da área plantada por pequenos e médios silvicultores cresceu 61 6%: no último ano, eles foram responsáveis por cerca de 150 mil hectares.

O paulista Roque Frare faz parte des foram responsáveis por cerca de 150 mil hectares. O paulista Roque Frare faz parte deste grupo de pequenos investidores de florestas. Há cerca de três anos, ele ajeitou a primeira muda de eucalipto no terreno de sete hectares herdado do pai, na cidade de Morungaba, SP. Produtor e comerciante e grama batatais, Frare teve a idéia de apostar na atividade quando percebeu que ela casava bem com as características da região, de topografia acidentada, e pelo fato de ter pouco tempo para dedicar à produção. Algumas culturas precisam ser acompanhadas diariamente; como também tenho uma empresa para cuidar, não posso fazer inspeções a todo o momento”, diz. O agricultor levantou a floresta com recursos próprios, mas esta não é a única maneira de iniciar o cultivo. Hoje, além dos financiamentos públicos, as empresas têm lançado mão de programas de fomento para arrebanhar novos fornecedores. ? o caso da Suzano, que obtém de florestas próprias 75% de suas necessidade totais de matéria-prima e os demais 25%, de agricultores parceiros.

A gigante do setor de papel e celulose doa mudas e fornece assistência técnica, com apoio ao produtor desde o preparo do solo às manutenções ao longo do ciclo. Além disso, adianta recursos para o plantio, inclusive para os gastos com mão-de-obra e insumos, ao longo de sete anos, até que possa haver o primeiro corte do eucalipto. “A dívida contraída pelo produtor será paga em madeira; o restante da produção a Suzano compra ao preço de mercado na ocasião”, afirma o erente de divisão de relações institucionais da empresa, Luiz Cornacchioni.

Os programas de fomento têm apelo social PAGF 19 relações institucionais da empresa, Luiz Cornacchionl. Os programas de fomento têm apelo social – já que inserem trabalhadores na cadeia florestal, com conseqüente geração de emprego e renda – e Isenta as empresas de mobilizar capital para aumento de área. Uma floresta em 6 passos Antes de implantar uma área de silvicultura é preciso saber que a legislação ambiental, assim como a definição de espécies, espaçamento, preparo do solo e manutenções, variam conforme região do pa(s.

Informe-se em órgãos agronômicos e ambientais de sua redondeza. Além disso, é importante analisar a existência de mercado para absorver a produção. I 10 – Além de respeitar a legislação regional, deve-se optar por áreas subutillzadas da propriedade. 20 – Faça no local uma roçada manual ou mecanizada, ou com a aplicação de herbicida. Nunca use fogo. 30 – O combate às formigas, grandes vilãs deste tipo de produção, deve ser sistemático, tanto na área de implantação quanto em suas bordaduras. O uso de iscas formicidas é o mais indicado para esse combate. – O preparo do solo pode ser realizado de forma mecanizada, semimecanizada ou manual – neste caso, as covas devem apresentar padrão de 30 X 30 cm, com 30 cm de profundidade. O espaçamento mais comum entre plantas e linhas vai de dois a três metros, variando conforme a região e a finalidade do empreendimento. Deve-se fazer adubação adequada no plantio e em eventuais coberturas. Para o alinhamento, considere as condições do relevo e a futura retirada da madeira. 50 – As mudas devem ser plantadas em dias chuvosos ou acompanhadas de irrigação, se for o caso.

A c As mudas devem ser plantadas em dias chuvosos ou companhadas de irrigação, se for o caso. A compressão das mudas é fundamental para evitar a formação de bolsões de ar entre as raízes e a parede do solo. O replantio deve ser realizado em até 30 dias após o plantio. O índice de falha final não deve ser superior a 60 – Após o replantio deverão ser realizadas as manutenções compreendendo as rondas para o controle de formigas e as eventuais intervenções para eliminar plantas daninhas.

O seguro florestal e as técnicas de prevenção a incêndios são ferramentas importantes para maior segurança do investimento do produtor. I Frare viu na silvicultura uma boa alternativa para o terreno acidentado de sua propriedade Junto aos benefícios financeiros diretos com a venda de produtos da madeira, a silvicultura permite ao agricultor lucrar com o comércio de créditos de carbono. Trata-se de uma espécie de bônus, obtido com ações que evitem a liberação de poluentes ou promovam a retirada de gases tóxicos da atmosfera, como os reflorestamentos. Esse mercado ainda engatinha, mas é promissor.

A Suzano está listada na CCX – Chicago Climate Exchange, bolsa ligada à negociação desses certificados de redução da emissão de poluentes. Desde março passado, a empresa vendeu cerca de 20 mil toneladas em créditos. De fato, a questão ambiental está cada vez mais arraigada à silvicultura no pa[s, com o crescente respeito às exigências legais. “As pessoas estão se conscientizando sobre a importância da atividade de reflorestamento na contenção das mudanças climáticas”, diz Nelson Barboza Leite, gerente do Pr Nelson Barboza Leite, gerente do Programa Nacional de Florestas do Ministério do Meio Ambiente.

Por conta da pressão da sociedade para a racionalização da exploração florestal, ganharam impulso as certificações florestais. Há no país dois tipos de selo de origem para a matéria-prima: o brasileiro Cerflor, coordenado pelo Inmetro e reconhecido pelo PEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes, com 762 mil hectares certificados; e o internacional FSC – Forest Stewardship Council, que possui cinco milhões de hectares certificados. O atestado pode ser concedido tanto para florestas naturais quanto plantadas, embora as técnicas de manejo exigidas sejam diferentes. ara as naturais é necessáno fazer um documento detalhado sobre que tipo de espécies existem no local, qual a dade da floresta e planejar a exploração, com o compromisso de deixar algumas matrizes para a regeneração da área. Quanto às áreas plantadas, a legislação permite que se faça o corte raso (da árvore toda), mas deve-se elaborar o planejamento da exploração e intercalar plantação com floresta natural, montando um mosaico, para garantir um corredor de biodiversidade. O madeireiro no Brasil carrega o estigma de ser o grande destruidor das florestas; para ele, obter a chancela é uma maneira de se diferenciar da criticada prática tradicional”, afirma Ana Yang, secretária executiva do FSC. O selo tem ainda uma vantagem econômica, ampliando a possibilidade de acesso ao mercado externo, já que europeus e americanos exigem a certificação para a compra de p acesso ao mercado externo, já que europeus e americanos exigem a certificação para a compra de produtos.

Em áreas planas, onde as plantações ocupam espaços extensos, o uso de maqulnário para o corte se justifica. É o caso do campo de cultivo da Suzano, em São Paulo para os pequenos produtores, a certificação pode pesar um pouco no orçamento, mas há mecanismos para barateá-lo. Fazer em grupo, dividindo os custos, é um deles. O FSC estuda também a possibilidade de que estes agricultores possam entrar na categoria Slimf, hoje aplicada apenas à Amazônia.

O Slimf é um critério que avalia extensão da área e nível do impacto da unidade florestal para calcular o custo – em tese, quanto menor a propriedade, menor o Impacto ambiental e mais balxo o custo da certificação. Com o setor se adaptando cada vez mais aos pequenos, a perspectiva é de que sua participação no mercado seja crescente. Também a rentabilidade, frente a outros tipos de cultura, tem contribuído para aumentar o interesse dos agricultores de menor porte.

Foi esta percepção que levou o médico Carlos Abreu e a mãe, dona Neusa, a mudarem as características da Fazenda Santa Cruz, situada em Bragança Paulista. A família já possuía uma plantação antiga de eucaliptos, feita de maneira um tanto desorganizada. No entanto, as sucessivas frustrações com a baixa produtividade da agricultura e da criação de gado mantidas no local os levou a investir mais fortemente em silvicultura, com o estímulo dado pela divisão de celulose e papel da Votorantim, que doou as mudas. Com isso, os ganhos de Abreu deram um salto. O milho, cultivado no passado,

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