Trabalho de macroeconomia
Em 2011, a entrada maciça de capitais externos acumulada até o mês de abril proporcionou um superávit de US$ 53,4 bilhões na conta capital e financeiro. O desempenho deste ano já é praticamente o dobro do registrado no ano passado, ou seja, esse resultado representa um aumento de 93,4%. A conta financeira, maior responsável por esse cenário (US$ 53 bilhões), teve no investimento direto e nos investimentos em carteira as maiores captações externas. elo lado do investimento direto, contribuíram fortemente para isso, as entradas para participação no capital e o atípico saldo positivo dos investimentos do Brasil no exterior. Isso se deve ao fato da entrada de elevados fluxos em janeiro, em função de amortizações recebidas por to nextpage empréstimos Interco receberam esses inv Irn PACE 1 or 12 e extrativa mineral (1 (6,8%); e extração de O saldo positivo do odutivos que mais agricultura, pecuária leo e gás natural Ira no acumulado do ano representa um decr scimo de 19,3% em relação ao mesmo período de 2010.
Destacaram-se para compor o seu saldo os afluxos líquidos referentes aos investimentos estrangeiros em títulos de renda fixa. As modestas entradas líquidas para investimento em ações de companhias brasileiras negociadas no aís refletem a situação de desaquecimento do mercado acionário no Brasil. Considerando-se somente o mês de abrll, destaca-s Swipe to víew next page destaca-se o saldo positivo na conta investimento direto, o que representa um aumento de 57,5% em relação a 2010.
A dívida externa estimada para abril é de US$ 282 bilhões. Desse montante, 77% refere-se à dlVida de médio e longo prazo. Contribuíram para essa variação os ingressos líquidos de títulos de bancos; empréstimos a bancos; títulos de outros setores; empréstimos a outros setores ; e saídas líquidas de bônus do overno referentes a operações de recompra do Tesouro Nacional. Pelo lado da dívida de curto prazo, que diminuiu US$ 3,3 bilhões, destacaram-se as amortizações líquidas de títulos de bancos.
A participação da dívida total no PIB em abril ficou em 13%. Caiu a participação da dívida pública nesse total (36,2%). A posição das reservas internacionais pelo conceito de liquidez internacional, em abril, ficou em US$ 328 bilhões (22 meses de importação). Esse valor representa uma elevação de 3,4% em relação ao mês de março. Essa variação ocorreu devido às intervenções no mercado de câmbio, quando o Banco Central omprou US$ 5,8 bilhões neste mês, sendo US$ 5,4 bilhóes no mercado pronto.
Destacaram-se também o ingresso de US$ 520 milhões de receita de juros e, principalmente, as demais variaçoes. O primeiro trimestre de 2011 mostrou resultados diferentes para o desempenho da economia brasileira, se tomam-se como referência as taxas de crescimento na margem ou as taxas acumuladas em quatro trimestres. As primeiras exibem uma aceleração do PIB depois de dois trimestres fracos. Por essa forma de medir, o PIB bras 12 forma de medir, o PIB brasileiro vem acelerando, tendo a Agropecuária a maior expansão, seguida da Indústria e dos
Serviços. A outra forma de medir o desempenho da economia já mostra um claro sinal de desaceleração. Depois de dois trimestres consecutivos com taxas de 7,5%, o primeiro trimestre de 2011 alcançou apenas 6,2%. Trata-se de uma natural acomodação em direção a um ritmo de crescimento mais lento do PIB total, que deve fechar o ano com aproximadamente 4%. Depois da fase dos estímulos da política econômica – fiscais e monetários – por conta do combate à crise, a preocupação central passou a ser com o controle da inflação.
Retiraram-se vános incentivos tributários na ponta do consumo, restringiu-se crédito e iniciou-se um novo ciclo de elevação da taxa de juros básica com o intuito de segurar a atividade e combater a parte da inflação que pode ser atribuída a um excesso de demanda. O Governo parece reconhecer que, além da demanda, os preços internacionais (commodities) e a herança de indexação ainda bem presente na economia brasileira também tem parcela de responsabilidade sobre a inflação que ameaça fechar o ano muito próxima do topo da meta (6,5%).
Contudo, na visão do Governo, a parte da Inflação que se deve a um excesso de demanda deve ser combatida com as medidas tradicionais de alta de juros e aperto o crédito. A produção da indústria de transformação brasileira teve um ritmo de expansão lento nos primeiros meses de 2011. Pode-se interpretar e 19 brasileira teve um ritmo de expansão lento nos primeiros meses de 2011. Pode-se interpretar este desempenho como uma resposta esperada da produção à política econômica, mas o resultado de abril representou uma guinada para baixo, com -1 em relação a março.
Novamente sobressaíram-se os bens duráveis, mas agora pela forte queda (-10,1 A queda da produção de abril foi suficiente para que se gerasse novamente uma taxa de variação negativa em relação ao pico alcançado ntes da crise iniciada em 2008. Com efeito, em fevereiro e março de 2011 havia-se chegado, pela primeira vez, a níveis de produção maiores que os do período pré crise. Mas a queda de abril reverteu a situação, em função do desempenho de bens de capital e de durávels. Os resultados do comércio varejista brasileiro continuam descolados dos da indústria.
As vendas físicas do comércio ampliado, que inclui Material de construção e Veículos, cresceram 22% desde setembro de 2008 até abril de 2011. Trata-se de um desempenho bem diferente da estabilidade verificada na produção física industrial no mesmo período. Houve apenas dois meses de queda no momento em que a crise se manifestou – outubro e novembro de 2008 —, seguindo-se uma recuperação firme. Não há ainda uma clara resposta de desaceleração do comércio às medidas tomadas pelo Governo, de elevação dos juros e restrição do crédito.
Isto porque o mercado de trabalho apenas recentemente deu sinais de suave desaceleração, mas sobretudo porque a expansão do crédito ocorre a uma taxa bem maior que a massa de r sobretudo porque a expansão do crédito ocorre a uma taxa bem maior que a massa de rendimentos, propiciando a aquisição e bens de maior valor unitário a despeito das medidas governamentais. Segundo o Banco Central do Brasil, a inadimplência das pessoas físicas exibiu uma trajetória firme de redução, chegando a dezembro de 2010 e janeiro de 2011 em 5,7%, o mais baixo nível desde 2005.
A falta de experiência das famílias das camadas de renda mais baixa com a administração do crédito, associada aos apelos do sistema financeiro para que os consumidores assumam compromissos mesmo sem a devida precaução, devem ajudar a explicar o aumento da inadimplência. Por outro lado, o aumento da inflação faz sua parte, ao direcionar parte maior do orçamento ara os bens de primeira necessidade. O índice de Expectativas das Famílias mostra uma lenta mas clara deterioração do otimismo desde o início do ano.
Em janeiro de 2011 0 índice era de 67,2 pontos e em maio baixou para 62,9 pontos, ainda dentro da faixa considerada como otimista. Outros indicadores da pesquisa apontam no mesmo sentido, como o percentual mais baixo da série para a avaliação do momento como adequado para a compra de bens duráveis. E mais, desde o inicio do ano aumentou o percentual de famílias que avallam que não terão condições de pagar suas contas atrasadas e diminuiu o entimento de segurança em relação ao emprego do chefe da família.
Combinadas com o aumento da inadimplência da pessoa física, estas informações devem sustar a expansão das vendas do comércio nos próximos da pessoa física, estas informações devem sustar a expansão das vendas do comércio nos próximos meses ou, no minimo, gerar uma redução da sua taxa de crescimento. Tudo de acordo com a intenção dos gestores da politica econômica de reduzir o ritmo da economia. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego para os eses de fevereiro a abril de 2011 apresentam uma retomada na criação de postos de trabalho no Brasil.
No acumulado entre fevereiro e abril de 2011, o saldo entre admitidos e desligados resultou na geração de 645 mil postos de trabalho no Brasil. No trimestre imediatamente anterior foram eliminados 117 mil. Cabe destacar que essa ampliação nos postos de trabalho está relacionada ao aumento nas vagas e não a uma redução dos desligados. Em parte essa ampliação está relacionada aos eventos nesse período como carnaval, páscoa e o dia das mães. Apenas com os próximos dados é possível afirmar a continuidade a geração de empregos, na medida em que nesse momento pode estar sendo gerado um grande número de empregos temporários.
A retomada dos empregos ocorreu em praticamente todas as regiões do pais com exceção do Nordeste que elimlnou 17 mil postos. As regiões Sudeste e Sul destacam-se na geração de postos de trabalho com 430 mil e 141 mil postos de trabalho, respectivamente. Quanto ao setor econômico observa-se uma melhora. O setor de serviços se destaca com a geração de 307 mil empregos. O bom dinamismo do setor de serviços decorreu de saldos positivos na PAGF 19 geração de 307 mil empregos.
O bom dinamismo do setor de erviços decorreu de saldos positivos na administração e técnico profissional, transporte e comunicação e setor de ensino. A indústria gerou 227 mil postos de trabalho impulsionados pela indústria química , indústria de produtos alimentícios , industria têxtil, indústria da borracha e metalúrgica. A retomada dos empregos no setor agrícola merece destaque pois foi um setor que vinha registrando queda no emprego no trimestre anterior. Quanto à distribuição por faixa de remuneração, observa-se pouca alteração no último ano.
As contratações permanecem nas faixas entre 1 e 2 salários mínimos. A remuneração média dos dmitidos ficou em R$ 809,15 e a dos desligados em R$ 874,95. Esses valores tão próximos indicam a elevada rotatividade da mão-de-obra no Brasil e o baixo custo da mesma. A piora do quadro externo, juntamente com a desaceleração da economia interna e inflação ainda pressionada, levaram o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) a registrar nova queda no 2T11 e recuo no ano até o último dia 21 de junho. O índice que havia fechado 2010 aos 69. 05 pontos, ficou em 61. 424 pontos em 21 de junho de 2011. Reflexo disso é o saldo de investimento estrangeiro na bolsa brasileira que continua negativo no ano R$ 1,47 bilhões). Todavia, é importante observar que o “descolamento” da bolsa brasileira em comparação com alguns dos principais Índices de bolsas de valores do mundo continuou impactado pela inflação pressionada, pela desaceleração bolsas de valores do mundo continuou impactado pela inflação pressionada, pela desaceleração da atividade e pela elevada liquidez internacional.
O pessimsmo do mercado financeiro em relação à situação da economia global aumentou no segundo trimestre, sobretudo em razão da piora na avaliação das contas públicas da Grécia, elevando a desconfiança de que haveria um default grego; dos ndicadores econômicos aquém do esperado pelo mercado financeiro nos países desenvolvidos; da indicação do fim do programa de expansão quantitativa 2 por parte do Federal Reserve; dos dados japoneses ainda refletindo os desastres naturais ocorridos em março; e do medo de uma desaceleração mais forte dos países em desenvolvimento, em especial, da economia chinesa, que indica redução do ritmo da atividade e aumento da inflação pressionada. Na Europa, o destaque foi o aumento da desconfiança em relação a alguns países da região.
O spread (prêmio) do CDS dos bônus de cinco anos da Grécia teve elevação de 1. 11 pontos- base em 2011, para 2. 186 p. b. ; o de Portugal aumentou 342 p. b. , para 842 p. b. ; e o da Irlanda cresceu 192 p. b. , para 807 p. b.. Em suma, o aumento da possibilidade de default por parte dos países cltados preocupa em função da forte interligação entre os mercados financeiros da Europa, o que gera mais problemas em um momento de lenta recuperação econômica dos países da região. Quanto aos Estados Unidos, observou-se que muitos dados frustraram as expectativas, sobretudo os do mercado de trabalho. De acordo com o Departamento de Trabalho d as expectativas, sobretudo os do mercado de trabalho.
De acordo om o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos foram criadas 54 mil vagas em maio. O número ficou bem do esperado pelo mercado (1 65 mil). Verificou-se também que a taxa de desemprego subiu de 9% em abril para 9,1% maio. Outros dados que mostraram a dificuldade de recuperação da economia norte- americana foram os do mercado imobiliário, da indústria e do PIB. Outra preocupação que ganhou força no segundo trimestre foi o possível default norte-americano. A agência de classificação de risco, Fitch, mencionou que poderá colocar o rating dos EUA em “default restritivo” caso o pais não consiga aprovar o aumento do eto de sua dívida pública.
Ao que tudo indica, haverá um acordo entre republicanos e democratas para que a situação de default não ocorra. Em suma, os indicadores dos EUA mostram que a economia do país segue recuperando-se lentamente. Quanto às economias do Japão e da China, viu-se que os resultados negativos da primeira ainda refletem os terremotos ocorridos no país e que a segunda está desacelerando, mas ainda permanece crescendo forte, e com inflação mais elevada. Em resumo, o cenário ainda segue carregado, em especial, para a economia Japonesa. No que tange ao quadro nacional, viu-se que os dados inalizaram desaceleração da atividade, em alguns casos retração ou indicação de recuo futuro e mostrando inflação ainda alta, mas menos pressionada.
Nesse ambiente, com crescimento do crédito mais suavizado, juntamente com a moderação da alta da renda real e ambiente, com crescimento do crédito mais suavizado, juntamente com a moderação da alta da renda real e taxas de juros subindo, a inadimplência subiu levemente nesses primeiros meses do ano. O que tende a piorar no curto prazo, mas nada que seja um risco ao sistema financeiro brasileiro. Além disso, destaque para a melhor comunicação do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil com os agentes econômicos e para a continuidade de uma política monetária mais restritiva por parte do mesmo. Isso em função da inflação seguir acima da meta de 4,5%. O impacto da elevação da taxa básica de juros no Brasil tem contribuído para o aumento da captação de recursos para o mercado de renda fixa no Brasil, juntamente com o cenário de maior aversão ao risco.
Os aplicadores financeiros têm migrado dos investimentos em ações e fundos multimercados para maior segurança, ou seja, para aplicações em renda fixa. Ainda pode impactar positivamente para a elevação da aptação das empresas brasileiras via dívida privada o aumento do rating da dívida soberana do Brasil, que já é considerado grau de investimento, de Baa3 para Baa2. Ademais, a agência colocou a nota em perspectiva positiva, o que significa possível melhora no futuro. A elevação do ratlng ocorreu em especial, segundo a instituição, pela vontade do governo brasileiro reverter as pollticas econômicas expansionistas e ser mais conservador para alcançar um crescimento sustentável nos próximos anos. No entanto, a Moddy’s mostrou preocupação com a forte expansão do crédito e