Trezentas onças.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE ARTES E LETRAS LETRAS – LIC. PORTUGUÊS E LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS INTRODUÇAO AOS ESTUDOS LITERARIOS PROFA RAQUEL TRENTIN EXERCÍCIOS SOBRE O CONTO ” TREZENTAS ONÇAS, DE SIMÕES LOPES NETO” HARIZE SI VEIRA SANTA MARIA, RS. 2011 A- No conto, Trezent está viajando sozlnh certo ponto de suavi e— onças do patrão, des ora u Nunes conta que e de seu cão, em com trezentas inar que seu patrão o consideraria um desonesto, que pensa em suicidar-se.

Chega a engatinhar o revólver e colocá-lo no ouvido, mas o cusco ambendo-lhe as mãos, o relincho de seu cavalo, o brilho das Três Marias, o canto de um grilo, tudo lhe invoca a presença e a força divina, que o demove daquele ato transloucado. Assim, o gaúcho reequilibra-se e decide que venderá todos os seus bens e dará um jeito de pagar ao patrão o prejuízo da perda das trezentas onças. E vo ta para a Estância Coronilha, é então que tem uma feliz supresa: sobre a mesa estava sua guaiaca cheia de onças de ouro, encontrada por uma comitiva de tropeiros.

E então ele fez a seguinte saudação: — “Louvado seja Jesus Cristo, patrício! oa Noite! Entonces, que tal Ie foi o susto B• 1. Pelos sinais aqui inscritos e pelas marcas em primeira pessoa, o narrador conta uma história que aconteceu consigo. Podemos defini-lo, então, como um narrador autodiegético. 2. O lugar de onde o narrador conta a história é o mesmo lugar em que ele viveu a história. 3. Os fatos aconteceram num tempo passado e o narrador utiliza a sua memória para conta- los.

Não sabemos, no entanto, exatamente há quanto tempo os fatos transcorreram, apenas somos informados que Blau “estava começando a vida” nessa época. Apesar de distanciados no tempo, os acontecimentos parecem muito próximos afetivamente do narrador! A expressão ” parece que foi ontem” indica isso. 4. Que marcas no discurso do narrador comprovam que ele conta a história para alguém? Os verbos no Imperativo. Este interlocutor está próximo do narrador?

Sim, pois é com quem o narrador dlaloga. E chega a se manifestar, responder ao narrador no decorrer do conto ? Não, porque o narrador simula, imagina, que o narratário seja um leitor de carne e osso. Como denominamos, em teoria da narrativa, esse tipo de interlocutor? Narratário. 5. O narrador sabe o segredo final da história… Esse narrador-personagem tem um ponto de vista reduzido, parcial, contando apenas o que viveu, sentiu e deduziu do vivido.

Então, podemos denominar a focalização predominante neste conto de : focalizão interna, ou seja , o narrador diz apenas o que a personagem sabe é um acesso restrito. 6. Examine o conto em busca de outras marcas, inversões de frase, pontilhados, exclamações e reticências, que indicam a representação do discurso oral: indicam a representação do discurso oral: A la fresca Ah!… Entoces Ah! patricio! Deus existe… Cl A narrativa é panorâmica pois o narrador não se ausenta da história, pelo contrário é atraves de sua voz que temos acesso aos fatos.

D- CONSTRUÇÃO DO PERSONAGEM 1. um homem que lhe confiou as tarefas mais importantes, que não admitia erros, Blau não queria decepcionar seu patrão, passando por ladrão ou coisa assim, senão iria perder a confiança que o patrão lhe concedeu, Blau parece manter um sentimento de adoração, respeito e devoção ao seu patrão. Quando ele perde o dinheiro se preocupa om o que o patrão vai pensar dele, ladrão, desonesto, infiel, inconfiavél, então ele se desespera e pensa no suicídio. 2.

Sente a natureza viva, falando com ele como se fosse Deus que estivesse ali, e estava ou não, não sei mas o que quero dizer é que ele viu nesses pequenos detalhes que os animais as coisas enfim os seres vivos tem sentimentos capazes de transformarem alguém, como ele. Essa magia da natureza fez com que ele refletisse e se acalmasse, ou melhor para que tomasse um decisão mais sensata, pois o que havia acontecido, a perda da guaiaca, não ra o fim do mundo, ainda havia esperança nessa história, e a natureza fez Blau Nunes entender isto. . Blau Nunes vê seu cachorro como um companheiro fiel e depois de o cão ter tentado avisar ele do que cendo, percebeu que o PAGF3ÜFd seu cachorro tinha uma certa inteligência, caráter, o seu poder de observação e a sua capacidade de agir com uma aparente compreensão íntima, mesmo ele sendo um animal que a natureza criou, ela o dotou de grande devoção, da boa vontade de subordinar-se e da tendência a obedecer a um espírito forte, o homem. Blau Nunes tem uma relação de afinidade para com seu cão, intimos, amigos de anos. . A natureza lhe inspira, representa para ele o amor próprio, a esperança, a persistência e a sabedoria . 5. O sentimento de felicidade, gratidão pois sem o cão ele não saberia ao certo, se deveria voltar, o cão lhe deu mais sinais de que ele tinha esquecido, o cão sabia onde ele certamente tinha perdido a guaiaca, na volta ele se entregou ao cão, quase o deixando guiar-lhe , e no fim de tudo o cão estava certo, logo o sentimento foi de pura gratidão.

H• Sim é este o Blau Nunes que se apresenta, um cara que veste uma “capa” dura, que aparentemente não tem sentimentos, uma homem forte que não chora por nada, mas basta uma tragédia acontecer para que o conto revele que atrás dessa “capa” existe um ser humano sensível que chora, que se desespera, e que acredita no poder de Deus, que se deixa influenciar pela natureza, pelos pequenos detalhes da vida, pelos seus animais que de uma certa forma imploram para ele não se matar, para não se suicidar. O conto mostra que as aparências enganam que nem tudo que parece ser é!

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