Conceito de cultura

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O CONCEITO DE CULTURA ATRAVÉS DA HISTÓRIA Neste trabalho abordaremos o conceito, significado, senso comum e científico, a simbolização, a diversidade e o estudo da palavra cultura através da história, e que podemos defini-la como uma rede de significados que dão sentido ao mundo que cerca um Individuo, ou seja conjunto de diversos p or2B leis, línguas, etc. ? a identidade próp num determinado pe to view nut*ge que engloba um valores, costumes, em um território e nização de um povo, seus costumes e tradições transmitidas de geração para geração que, a partir de uma vivência e tradição comum, se presentam como a identidade desse povo. Toda cultura e sua história é importante para compreendermos quem somos e de onde viemos. Se não fosse essa extraordinária capacidade de articulação e fabricação de simbolos, provavelmente não teríamos sobrevivido e, se o tivéssemos conseguido, não teríamos diferenças tão marcantes frente a nossos parentes mais próximos.

Em outras palavras, nem estaríamos aqui contando essa história. (CAPAIA). crença, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”. Com esta definição Tylor abrangia em uma só palavra odas as possibilidades de realização humana, além de marcar fortemente o caráter de aprendizagem da cultura em oposição á idéia de aquisição inata, transmitida por mecanismo biológico. O conceito de cultura, pelo menos como utilizado atualmente, foi, portanto definido pela primeira vez por Tylor.

Mas o que ele fez foi formalizar uma idéia que vinha crescendo na mente humana e estava ganhando consistência talvez mesmo antes de John Locke (1632-1704) que, 1690, ao escrever ensaio acerca do entendimento humano, procurou demonstrar que a mente humana não é mals do que uma caixa vana por ocasião do ascimento, dotada apenas da capacidade ilimitada de obter conhecimento. Locke refutou fortemente as idéias correntes na época (e que ainda se manifestam até hoje). Finalmente, com referencia a John Locke.

Gostaríamos de citar o antropólogo americano Marvin Harris (1969) que expressa bem às implicações da obra de Locke para a época. Nenhuma ordem social é baseada em verdades inatas, uma mudança no ambiente resulta numa mudança no comportamento . Em 1871 Tylor definiu cultura como sendo todo o comportamento aprendido, tudo aquilo que independe de uma transmissão genética, como diríamos hoje. Em 1917, Kroeber acabou de romper todos os laços entre o cultural e o biológico.

No período que decorreu entre Tylor e a afirmação de Kroeber, em 1950, o monumento teórico que se destaca pela sua excessiva simplicidade, construído a partir de uma visão de natureza humana, elaborada no período iluminista, foi destruído pelas tentativ PAGF 93 uma visão de natureza humana, elaborada no período iluminista, foi destruido pelas tentativas posteriores de clarificação do conceito. A reconstrução deste momento conceitual, a partir de uma diversidade de fragmento teórico, é uma das tarefas primordiais da antropologia moderna.

Tylor procurou, além disto, demonstrar que a cultura pode ser objeto de um estudo sistemático, pois trata-se de proporcionar a formulação de leis sobre o processo cultural e a evolução. Por um lado, a uniformidade que tao largamente permeia entre as civilizações pode ser atribuída, em grande parte, a uma uniformidade de ação de causas uniformes, enquanto, por outro lado, seus vários graus podem ser considerados como estágios de desenvolvimento ou evolução. Mercier mostra que Tylor pensava as “instituições humana tao distintamente estratificadas quanto a terra sobre a qual o homem ive.

Elas se sucedem em séries substancialmente uniformes por todo o globo, independentemente de raça e linguagem diferentes essas que são comparativamente superficiais. Mas moduladas por uma natureza humana semelhante, atuando através das condições sucessivamente mutáveis da vida selvagem, Barbara e civilizada. ” O seu livro foi produzido nos anos em que a Europa sofria o impacto da orgem das espécies, de Charles Darwin, e que a nascente antropologia foi dominada pela estréia perspectiva do evolucionismo unilinear.

Etocking (1968) critica Tylor por deixar de lado toda a questão o relativismo cultural e torna impossivel o moderno conceito da cultura. A posição se Tylor não poderia se outra, porque a idéia de relativismo cultural esta implicitamente associada á de evolução multilinear. Mercie considera Tylor um dos pais do dif esta implicitamente associada á de evolução multilinear. Mercie considera Tylor um dos pais do difusionismo cultural.

O que distingue Tylor do mérito na tentativa de analisar e classificar cultura foi o de ter superado os demais trabalhadores de gabinetes, através de uma crítica arguta e exaustiva dos relatos dos viajantes e cronistas. Em vez de aceitação tácita dessa informação, Tylor sempre questionou a veracidade das mesmas. Ao contrario de John Lobbock (1872), que se recusou a aceitar a afirmação de que diversos grupos de tribos, entre eles os aborígines brasileiros, eram desprovidos de religião.

Alfredo Kroeber (1876-1960), antropólogo americano, em seu artigo “O superorgânico” mostrou como a cultura atua sobre o homem, ao mesmo tempo em que se preocupou com a discussão de uma série de pontos controvertidos, pois suas explicações contrariam um conjunto de crenças populares. A preocupação de Kroeber é evitar confusão, ainda tao comum ntre o orgânico e o cultural. Não se pode ignorar que o homem, é membro proeminente da ordem dos primatas, depende muito do seu equipamento biológico.

Para se manter vivo, dependentemente do sistema cultural ao qual pertence, ele tem que satisfazer um numero determinado de funções vitais, como a almentação, o sono, a respiração, e a atividade sexual etc. Estes dois exemplos Kroeber mostram que o homem criou o seu próprio processo evolutivo. No decorrer de sua história, sem se submeter a modificações biológicas radicais, ele tem sobrevivido a numerosas espécies, adaptando-se ás mais diferente condições esológicas. Kroeber procurou mostrar que, superando o orgânico, o homem de certa forma libertou-se da natureza.

Tal fato possibilitou a expansão da espécie 3 o homem de certa forma libertou-se da natureza. Tal fato possibilitou a expansão da espécie por todos os recantos da terra. Nenhum outro animal tem toda a terra como o seu hábitat, apenas o homem conseguiu esta proeza. Resumindo, a contribuição de Kroeber para a ampliação do conceito de cultura pode ser relacionada nos seguintes pontos. A cultura, mais do que a herança genética, determina o comportamento do homem e justifica as suas realizações. O homem age de acordo com os seus padrões culturais.

Os seus instintos foram parcialmente anulados pelo longo processo evolutivo por que passou. A cultura é o meio de adaptação aos diferentes ambientes ecológicos. Em vez de modificar para isto o seu aparato biológico, o homem modifica o seu equipamento superorgânico. Em decorrência da firmação anterior, o homem foi capaz de romper as barreiras das diferenças ambientais e transformar toda a terra em seu hábitat. Adquirindo cultura, o homem passou a depender muito mais do aprendizado do que a agir através de atitudes genéticas determinadas.

Como já era do conhecimento da humanidade, desde o iluminismo, é este processo de aprendizagem que determina o seu comportamento e a sua capacidade artística ou profissional. A cultura é um processo acumulativo, resultante de toda a experiência das gerações anteriores. Os gênios são indivíduos altamente inteligentes que tem a oportunidade de utilizar o conhecimento existente ao seu dispor, construído pelos participantes vivos e mortos de seu sistema cultural, e criar um novo objeto ou uma nova técnica.

Neste classificação podem ser incluídos os indivíduos que fizeram s primeiras invenções, tais como o primeiro homem que produziu o fogo através do atrito da madeira seca; o PAGF s 3 primeiras invenções, tais como o primeiro homem que produziu o fogo através do atrito da madeira seca; ou o primeiro homem que fabricou a primeira máquina capaz de ampliar a força muscular, arco e a flecha etc. Assim sendo, a comunicação é um processo cultural. Mais explicitamente, a linguagem humana é um produto da cultura, mas nao existiria cultura se o homem nao tivesse a possibilidade de desenvolver um sistema articulado de comunicação oral.

O significado do termo Cultura: O Termo Cultura provém do Latim colere, que significa “cultivar. Ao longo da História da humanidade a palavra Cultura foi ganhando vários significados, na idade Média, a França referia- se a cultura como culto religioso, uma vez que a visão do mundo era centralizada numa perspectiva teocêntrica e a igreja católica detinha o poder. Já no século XVIII a Ciência Moderna traz a ampliação do termo para “Culturas das letras” ou “Cultura das Ciências” expressando o progresso indivldual do ser, estando assm diretamente vinculada a educação do indivíduo.

O termo Cultura no século XIV por historiadores lemães. Kutler (alemão) é entendido como sendo o progresso intelectual e social da humanidade, representando movimento, aperfeiçoamento e evolução do espírito. Assim, a cultura compreende os costumes, as instituições, as idéias, as artes e as ciências. Já os Gregos eleitos a vida social e política, em lugar do conceito de “Cultura animi”, isto é, educação da polidez e da nobreza para a vida social. A este conceito, os romanos denominaram mais tarde, de civilidade, onde se originou civilização.

Aqui o homem começa se expressar socialmente, e a cultur onde se originou civilização. Aqui o homem começa se expressar socialmente, e a cultura integra e traz a noção de sua identidade. Cultura significa ainda os próprios resultados da ação do homem sobre a natureza, neste sentido ela é fruto da terra e do trabalho do homem. Desde logo, distinguem-se os produtos naturais e os produtos culturais. Os produtos naturais são os que brotam livremente da terra, ou da natureza. Os produtos culturais, ao contrário, não resultam da ação da natureza, mais da ação do homem, isto é, os que o campo gera quando o homem o lavra e o semeia.

Cultura, assim como civilidade, aparece como a ação do omem individual ou coletivo, sobre a natureza, terra, deuses, amigos ou o próprio homem, no sentido de dispensar-lhes especiais cuidados, a fim de que produzam mais e melhor, ou seja, propícios e colaboradores. A Cultura é tudo aquilo que produzido pelo homem, que difere dos animais. A cultura denota um padrão de significados incorporados aos Símbolos e historicamente transmitidos. Expressões de forma simbólica por meio dos quais os homens se comunicam, perpetuam e desenvolvem seus conhecimentos e suas atitudes.

O termo significado, em todas as suas variantes, está intimamente ligado ao conceito filosófico dominante da ?poca na qual a definição de Cultura esta sendo empregado. O significado intelectualmente razoável porque demonstra apresentar um tipo de vida idealmente adaptado ao estado de coisas atuais que a visão do mundo descreve, enquanto esta visão de mundo torna-se emocionalmente convincente por ser apresentada como imagem de um estado de coisas verdadeiras, especialmente bem arrumado para acomodar tal tipo de vida.

PAGF 7 93 um estado de coisas verdadeiras, especialmente bem arrumado para acomodar tal tipo de Vida. Para que essa acomodação ocorra de maneira eficaz na sociedade é necessário que seus agentes ntroduzam suas própnas representações simbóllcas. A Cultura é na verdade uma maneira de diferenciar uma sociedade da outra, ou seja, a Cultura é que permite distinguir a sociedade Francesa da sociedade Alemã, Italiana ou ainda da sociedade Árabe da sociedade Européia.

A cultura do cotidiano, isto é, um modo de vida especial. Definem-se aos costumes, os hábitos, os que são igualmente soluções aos problemas do cotidiano existentes. Ex: tipos de vestimentas, higiene, maneira de se comportar na mesa, educação etc. Ex: atitudes mentais comuns os traços psicológicos comuns as crenças coletivas. O significado etimológico de Cultura cumpre salientar que foram os sofistas gregos que contrapuseram pela primeira vez a idéia de natureza e a de cultura.

Desde então, essa antitese não mais foi esquecida, embora só tenha obtido uma formulação Cientifica a partir de Hegel, Max e Dilthey. A cultura resulta da relação do homem com a natureza. Os frutos de tal relação, relação de transformação são os produtos culturais. Desta forma, o fenômeno cultural torna- se elegível se for abordado a partir dos três pólos opostos: O homem, a natureza e a cultura. O Significado do termo é o conjunto dos conhecimentos dquiridos em determinado campo.

O complexo dos padrões de comportamento, das crenças das instituições das manifestações artísticas, intelectuais, transmitidas coletivamente, e típicas de uma sociedade. Senso comum e cientifico: Vimos que o mito e a filosofia f PAGF 8 3 coletivamente, e típicas de uma sociedade. Senso comum e científico: Vimos que o mito e a filosofia foram formas que o homem encontrou para enfocar, compreender e conhecer sua realidade. Isso ocorria à medida que ele procurava suprir suas necessidades, pois não há conhecimento que se realize fora da relação do homem com o mundo.

Sendo assim, qualquer tipo de conhecimento que o homem possui não é neutro ou desinteressado, mas constru(do sob uma perspectiva social, política e cultural e, portanto, histórica, ou seja, à medida que o homem se relaciona com os outros homens, ele adquire e constrói entendimentos sobre a realidade que o cerca. Neste processo de construção, o conhecimento que é produto de uma prática que se faz social e historicamente situada pode ser espontâneo ou de senso comum, cientifico e também filosófico.

No seu dia-a-dia, o homem adquire espontaneamente um modo de entender e atuar sobre a realidade. Algumas pessoas, or exemplo, não passam por baixo de escadas, porque acreditam que dá azar; se quebrarem um espelho, sete anos de azar. Algumas confeiteiras sabem que o forno não pode ser aberto enquanto o bolo está assando, senão ele “embatuma”, sabem também que a determinados pratos, feitos em banho- maria, devem acrescentar uma gotas de vinagre ou de limão, para que a vasilha de alumínio não fique escura.

Como aprenderam essas informações? Elas foram sendo passadas de geração a geração. As suas culturas não só foram assimiladas, mas também transformadas, contribuindo assim para a compreensão da sua realidade. Assim, se a cultura é produto de uma prática que se faz social e historicamente, todas as explicações para a vida, para as regras de comportamento social, p de comportamento social, para o trabalho, para os fenômenos da natureza, etc. passam a fazer parte das explicações para tudo o que observamos e expermentamos.

Todos estes elementos são assimilados ou transformados de forma espontânea. Por isso, raramente há questionamentos sobre outras possibilidades de explicações para a realidade. Na unidade anterior, estudamos que a preocupação dos pensadores da Antiguidade Grega era buscar, por meio do uso a razão, a superação do mito ou do saber comum. O avanço na produção do conhecimento conseguido por esses pensadores foi estabelecer vinculo entre ciência e filosofia, que perdurou até o inicio da Idade Moderna.

A partir dai, as relações dos homens tornaram-se mais complexas, bem como toda a forma de produzir sua sobrevivência. Gradativamente, houve um avanço técnico e cientifico, como a utilização da pólvora, a invenção da imprensa, a Física de Newton, a Astronomia de Galileu, etc Foi no inicio do século XVII, quando o mundo europeu passava por profundas transformações, que o homem se tornou o centro a natureza (antropocentrismo).

Acompanhando o movimento histórico, ele mudou toda a estrutura do pensamento e rompeu com as concepções de Aristóteles, ainda vgentes e defendidas pela igreja, segundo as quais tudo era hierarquizado e imóvel, desde as instituições até o planeta terra. O homem passou então, a ver a natureza como objeto de sua ação e de seu conhecimento, podendo nela interferir. Portanto, podia formular hipóteses e experimentá-las para verificar a sua veracidade, superando assim as explicações metafisicas e teológicas que até então predominavam. O mundo imóvel f

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