A intervenção psicopedagógica preventiva na escola
A intervenção psicopedagógica preventiva na escola Resumo No estudo psicopedagógico institucional a criança que não está conseguindo aprender é entendida e estimulada, não como alguém que possui um problema, mas como um aprendiz que possui um estilo e um tempo diferente de aprender, que está diretamente relacionado ao estilo de família, de comunidade a que pertence, ou seja, da história que possui. A aprendizagem pode ser o que deve ser: uma passagem natural e tranqüila para pais e alunos.
Normalmente se as dificuldades são detectadas to view nut*ge precocemente evita- alastrem para outras ea Introdução A psicopedagogia s em ou que se or7 humana e surgiu de uma demanda: os problemas de aprendizagem. Segundo Maria Ângela Calderari Oliveira 2004, a aprendizagem é um processo que não se restringe somente à escola, mas sim uma construção que nasce da interação de aspectos estruturais, cognitivos e afetivos dentro de um determinado contexto social.
Para a autora a psicopedagogia como instrumento educacional busca apresentar a construção da aprendizagem a partir de sua dinâmica e de suas relações, onde as propriedades das partes só podem ser entendidas a partir da dinâmica do todo. Sabe-se que as dificuldades de aprendizado se denotam no âmbito escolar, assim o psicopedagogo é o profissional que deve ocupar-se inicialmente do problema acompanhando o processo de aprendizagem buscando explicações, do tipo: Como esta criança aprende? Como sua aprendizagem varia? Como se alterações em sua aprendizagem?
Como reconhecer, tratar e prevenir os problemas de aprendizagem? Desenvolvmento para a psicopedagoga, Márcia Loureiro Baptista, a Psicopedagogia Institucional além de ajudar no desenvolvimento cognitivo, auxilia na construção de regras de conduta, promovendo um alicerce ara que o indiv[duo cumpra sua função social. A psicopedagogia institucional é uma forma de intervenção preventiva, pois interfere na elaboração dos conteúdos e de que forma serão trabalhados, tornando-os mais voltados para a realidade educacional do grupo em questão.
Existem várias formas de se trabalhar em instituições, tais como: A participação do psicopedagogo juntamente com os professores para que eles discutam as questões de aprendizagem, o que pode ser mudado ou acrescentado na dinâmica escolar. A realização de palestras dirigidas a pais discutindo temas do cotidiano da vida scolar e também assuntos polêmicos. Exemplo: Os jogos são um excelente remédio, deixe-os ao alcance das crianças, como trabalhar limites, entre outros. ara tanto é de suma importância atender que a escola esteja atenta àquilo que cause estranheza aos pais no que diz respeito aos seus filhos. Márcia Loureiro Baptista relata que, as queixas psicopedagógicas normalmente começam a aparecer por volta dos seis anos durante o processo de alfabetização. São necessários exames fisicos; visuais e auditivos caso haja suspeita de algum déficit.
Funções que envolvem coordenação motora como; amarrar tênis, echar ziper, abotoar botões já devem estar estabelecidos, trocas na linguagem oral, dificuldade em compreender orientações verbais, n PAGFarl(F7 estabelecidos, trocas na linguagem oral, dificuldade em compreender orientações verbais, não discriminar cores e quantidades. Além do comportamento da própria cnança, quando houve mudanças significativas que afetam seu modo habitual de vida, pode vir a afetar a situação de aprendizagem em qualquer faixa etária.
Para a autora da obra Maria Ângela Calderari Oliveira 2004, o psicopedagogo deve conhecer todo o sistema escolar e sua strutura; dessa forma ele pode lidar com situações conflituosas, criando condições favoráveis para o alcance da aprendizagem, a intervenção psicopedagógica deve ocorrer de forma dinâmica, concretizando o ato de ensinar e aprender, sempre refletindo e renovando. Intervir então, é criar possibilidades que contribuam para o ato de aprender que possa transformar a realidade e o sujeito da aprendizagem.
A autora dá um importante enfoque ao diagnóstico psicopedagógico, visto como um momento de transição, um passaporte para a intervenção, devendo seguir alguns rincípios, tais como: análise do contexto e leitura do sintoma; explicações das causas que coexistem temporalmente com o sintoma; obstáculo de ordem do conhecimento, de ordem da interação, da ordem do funcionamento e de ordem estrutural; explicações da origem do sintoma e das causas históricas; análise do distanciamento do fenômeno em relação aos parâmetros considerados aceitáveis, levantamento de hipóteses sobre a configuração futura do fenômeno atual e, indicações e encaminhamentos.
Para se realizar um diagnóstico psicopedagógico é necessáno cumprir algumas etapas: primeiro realiza-se uma ntrevista para identificar os motivos da q PAGF3rl(F7 algumas etapas: primeiro realiza-se uma entrevista para identificar os motivos da queixa verificando onde se enquadra o processo de dificuldade de aprendizagem determinando o diagnóstico com a justificativa; em seguida é relatado o objetivo, o material, o tempo, os horários e as hipóteses para uma melhor observação e análise do sintoma ou da queixa. Em seguida escolhe-se instrumentos de investigação. Inicia-se o processo da queixa fazendo um levantamento das hipóteses verificando a veracidade das mesmas ou a sua rejeição; em virtude disso, opta-se pela escolha dos instrumentos de investigação. Caso a escolha for a hipótese de rejeição, realiza-se o levantamento de um segundo sistema de hipóteses; procedendo uma pesquisa histórica (o problema e seus fatores) e elaborando um novo sistema de hipóteses; por fim, faz-se uma devolutiva com o informe do diagnóstico à instituição, abordando os problemas detectados e sugerindo possíveis alternativas de solução.
Para a psicopedagoga Márcia Loureiro Baptista, em primeiro lugar é importante que a família possa olhar fielmente para seu filho, ercebendo aspectos positivos e negativos. Pontos relevantes ou não da Vlda rotineira devem ser observados, tais como; lentidão na execução de tarefas, expressão confusa do pensamento, desinteresse generalizado pelo processo de aprendizagem, queda de desempenho em todas as matérias, repetências múltiplas, dependência de professora particular e de sistemática ajuda dos pais para tarefas e provas, muito estudo e notas baixas, questões de atenção e concentração, podem ser considerados para um acompanhamento de um psicopedagogo. segundo BOSSA ( concentração, podem ser considerados para um Segundo BOSSA (2000, p. 3), fala-se em três níveis no exercício de prevenção: No primeiro nível, o psicopedagogo atua no sentido de diminuir a frequência dos problemas de aprendizagem, seu trabalho recai nas questões didático-metodológicas, bem como na formação e orientação de professores, além de fazer aconselhamento aos pais. No segundo nivel, o objetivo é diminuir e tratar dos problemas de aprendizagem já instalados, a partir dos quais, procura-se avaliar os currículos com os professores para que não se repitam tais transtornos. No terceiro nível, o objetivo é eliminar os transtornos já nstalados, num procedimento clínico com todas as suas implicações. O caráter preventivo permanece aí, uma vez que, ao eliminarmos um transtorno, estamos prevenindo o aparecimento de outros. O psicopedagogo agindo de modo preventivo deve adotar uma postura critica ao fracasso escolar, propondo alterações na prática pedagógica e sempre tendo como foco o aluno.
O psicopedagogo Rogério Augusto dos Santos enfatiza que, o acompanhamento psicopedagógico dispõe de muitos recursos tais como: brincadeiras e jogos pedagógicos, que tem como objetivo sinalizar o melhor caminho para a aprendizagem e erificar o que está impedindo essa criança de aprender. Os jogos possibilitam o alcance da maturidade, a interiorização de limites, ao conformismo da derrota e a alegria da vitória, desenvolvimento do raciocínio lógico, desenvolve a concentração, consegue maior atenção. para Piaget, (1986, p. 117): (… ) os jogos consistem numa simples assimilação Piaget, (1986, p. 117): (… ) os jogos consistem numa simples assimilação funcional, num exercício das ações individuais já aprendidas. Gera ainda, sentimento de prazer, tanto pela ação lúdica em si, quanto pelo domínio destas ações”.
Conclusão Considerando os fatores implicados no processo da aprendizagem o psicopedagogo deve buscar o que significa o aprender para esse sujeito e sua famaia. Conhecer qual importância tem o conhecimento na famnia, qual a melhor e mais prazerosa forma de aprendizagem para a criança, não perdendo de vista qual o papel da escola na construção do problema de aprendizagem apresentado, tentando também introduzir a família no acompanhamento deste trabalho, modificando seu modo de pensar e de agir com relação à criança. O trabalho na instituição escolar deve se apresentar: no que diz espeito a uma psicopedagogia voltada para os alunos que apresentam dificuldades na escola, com o objetivo de reintegrar e readaptar o aluno à situação de sala de aula, respeitando suas necessidades.
Objetivando desenvolver suas funções cognitivas integradas ao afetivo para o alcance dos objetivos formais. Também deve assessoriar pedagogos, orientadores e professores, visando trabalhar as questões pertinentes às relações professor-aluno e redefinir os procedimentos pedagógicos, integrando o afetivo e o cognitivo. Diante as diversidades próprias do ser humano, encontradas elo professor em sala de aula, a intervenção psicopedagógica é fundamental, pois na maiana das vezes, o professor não detém o conhecimento necessário para conhecer cada criança na sua individualidade. Cabe ao psicopedagogo com o auxlli PAGFsrl(F7 necessário para conhecer cada criança na sua individualidade.
Cabe ao psicopedagogo com o auxílio do professor fazer um levantamento das possibilidades, limitações, conhecimentos, habilidades e aprendizados construídos por cada individuo, para elaborar a propostas didático-pedagógicas que irão realmente atender as individualidades existentes, no que se refere ao rocesso de desenvolvimento e aprendizado em todas as áreas do conhecimento. Nessa perspectiva, o processo ensino-aprendizagem na escola será construído a partir do nível de desenvolvimento real da criança, o professor não precisa mais trabalhar o que a criança já sabe; precisa sim trabalhar o que ela não sabe, mas o que ela precisa aprender e que certamente aprenderá com o professor e o psicopedagogo nas intervenções. ? importante se levar em consideração às interações sociais que ocorrem na escola, porque através delas professor e aluno tomam consciência de que o aber é construído socialmente, e que as experiências passadas de um para o outro será de grande valia para a interiorização do conhecimento escolar e para o seu desenvolvimento psíquico. REFERENCIAS OLIVEIRA Mari Ângela Calderari. Intervenção psicopedagógica na escola. Curitiba: IESDE, p 48, 2004. http://www. psicopedagogia. com. br/entrevistas/entrevista http://www. psicopedagogiabrasil. com. br/artigos_rogerio_pp institucional. htm BOSSA, Nadia A A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. PIAGET, Jean. Epistemologia genética. Petrópolis: Vozes, 1972.