Auditoria

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1. 1 INTRODUÇÃO As normas de contabilidade e os aparelhos normativos criaram espaço para o surgimento de premissas que possibilitam a ocorrência de fraudes contábeis, como as ocorridas nos EUA, nas duas últimas décadas. Neste período, surglram diversas irregularidades, a exemplo da contabilidade recreativa, dados falsos em balancetes, despesas camufladas, entre outras. A manipulação da informação contábil atingiu o seu clímax com a derrocada da gigante Enron, maior empresa norte-americana do setor elétrico.

Tal episódio deixou a Arthur Andersen, empresa de uditoria independente, vulnerável a diversas especulações, pois, por ser a responsave contábeis, deveria te obscuro. Fatos dessa tu, que influenciaram ne colocaram em xeque auditoria do mundo. PACE 1 orao to next*ge monstraçbes de algum fato fatos econômicos e Valores e des empresas de A falência de grandes empresas americanas atesta a ganância e a imprudência de seus administradores que “maquiam” as demonstrações contábeis, a fim de levar vantagens sobre os investidores.

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) publicou os diversos fatos que podem ser considerados esponsáveis pela falência dessas empresas. Diante do exposto, surge este questionamento que norteará a pesquisa: a auditoria externa imprime maior confiabilidade às demonstrações contábeis? 1. 2 OBJETIVOS seguintes objetivos específicos: a. conceituar auditoria; b. abordar os diversos tipos de auditoria; c. fazer uma abordagem sobre a teoria da confiabilidade; d. abordar as demonstrações contábeis; e. falar sobre a etica; f. tratar sobre os escândalos corporativos e a Lei Sarbanes- Oxley. 1. JUSTIFICATIVA Estudar a Auditoria Externa em Demonstrações Contábeis é elevante para todos os profissionais da área contábil, tendo em vista o grande número de fraudes que vem ocorrendo no panorama econômico mundial. Torna-se, pois, necessário investigar a auditoria externa como um fator de confiabilidade das demonstrações contábeis. É oportuna a abordagem sobre auditoria, em face de a consciência nacional clamar contra os malef(cios que dela decorrem, atingindo, sobremaneira, à sociedade de um modo direto ou indlreto, onerando-a compulsoriamente pelos crimes que resultam dos vários tipos de fraudes.

PAGF sobre o assunto. Segundo Silva, pesquisa bibliográfica é “um tipo de pesquisa realizada pela maioria dos pesquisadores mesmo em seu preâmbulo. Essa pesquisa explica e discute um tema ou problema com base em referências teóricas já publicadas em livros revistas, periódicos, artigos científicos etc. Podem ocorrer pesquisas exclusivamente com base em fontes bibliográficas. ” De acordo com Lakatos (2001, p. 41), a pesquisa bibliográfica se baseia na consulta de livros e passa por fases distintas, da escolha do tema à elaboração do texto monográfico.

A partir do tema escolhido, foram identificadas as idéias que se rendiam ao questionamento principal, compilando-as, fichando- as e analisando-as, para, em uma postura reflexiva, redigi-lo. A pesqulsa obedece aos seguintes passos, defendidos por GII (2002) para uma pesquisa bibliográfica: – Seleção dos títulos que tratem sobre o tema; – Revisão da literatura; – Compilação das idéias pertinentes ao objeto de estudo; – Fichamento; – Análise e interpretação dos dados à luz do referencial teórico e construção do texto final. e fraude em demonstrações contábeis, a exemplo de escândalos corporativos como os da WorldCom, da Enron, e da Tyco e o advento da Lei sarbanes-Oxley. O terceiro captulo, conclusão, apresentam-se inferênclas alcançadas após a realização da trabalho. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2. 1 AUDITORIA Atualmente, encontra-se não só na literatura, mas em palestras e seminários, o emprego do termo auditoria, com significações diversas.

Desta forma, torna-se necessário, para o entendimento deste trabalho, esclarecer qual o conceito que aqui será aceito. 2. 1. 1 Conceituação A auditoria consiste no ioso de documentos, demonstrações financeiras, bem como o resultado das operações ? assessorar a companhia no aprimoramento dos controles internos, contábeis e administrativos. ” A auditoria, na sua forma primána, limitava-se à verificação dos registros contábeis, confrontando a escrita com as provas de fato e as relações de registro.

Com o passar do tempo, o seu campo de atuação ampliou-se, embora ainda haja pessoas que a considerem apenas em relação à veracidade dos registros contábeis, confundindo-a com a perícia contábil (SÁ, 2002). O termo auditoria tem sua origem na expressão latina audiree e vem sendo utilizada pelos ingleses para designar a tecnologia ontábil de revisão, aceitando atualmente a seguinte conceituação: auditoria é o exame de demonstrações e registros administrativos.

O auditor obseNa a exatidão, integridade e autenticidade de tais demonstrações, registros e documentos” (SÁ, 2002, p. 24). A revisão contábil é o exame dos documentos, abrangendo registros e demonstrações contábeis, objetivando detectar erros ou fraudes (FRANCO, MARRA, 2001 ). Segundo Araújo (1998) a auditoria consiste na aplicação de procedimentos para verlficar se determinadas ações se efetivaram segundo as regras, normas e objetivos traçados. picl Figura 1 – Representação do conceito de Auditoria Fonte: Araújo, 1998, p. 6 Na Figura 1, constata-se que a auditoria consiste no confronto entre a condição, que é a situação encontrada, com o critério, sltuaçào que deve ser. Boyton (2002, p. 30) apresenta a seguinte definição da Report of the Commitee on Basic Auditing Concepts of the American Accounting Association sobre auditoria: processo sistemático de obtenção e avaliação o idências sobre afirmações PAGF s OF afirmações a respeito de ações e eventos econômicos para aquilatação do grau de correspondência entre as afirmações critérios estabelecidos, e de comunicação dos resultados e usuános interessados. Explicitando os termos contidos nessa definição, entende-se como processo sistemático uma gama de passos ou de procedimentos organizados segundo um critério lógico. Obtenção e avaliação objetiva é a análise do embasamento das afirmações independente de quem as faz. As afirmações a respeito de ações e eventos econômicos são as informações contidas nas demonstrações contábeis e representam o objeto da própria auditoria. O grau de correspondência expressa se as afirmações stão em conformidade com os critérios estabelecidos, imprimindo-lhes maior ou menor confiabilidade.

A comunicação dos resultados é o parecer escrito a respeito do grau de correspondência. Denominam-se usuários interessados todas as pessoas ou entidades que se utilizam dos resultados da auditoria. 2. 1. 2 Tipos de auditoria A auditoria tem um objeto diversificado, ocorrendo ampliações ou reduções do seu campo de atuação, conforme o autor que aborda o assunto. No entanto, Perez Júnior (1998) afirma que existem alguns pontos consensuais, a exemplo de: a. omprovação, através do re istro, de que os fatos atrimoniais são exatos; PAGF 6 fazenda (Federal, operacional I Sujeito da empresa Independente Estadual ou Municipal) ou externa Ilnterna ou IProfissional independente Funcionário I Funcionário público Vínculo com a empresa auditada IContrato de prestação de I Contrato de trabalho serviço Força da lei Ação e objetivo I Exame das demonstrações Exame dos controles internos e IVerificação da observância e I eficiência e gestão contábeis ou de alguma área cumprimento dos preceitos específica ou procedimento Ilegais vigentes para apuração predefinido como objeto de I avaliação da ficácia da le recolhimento dos diversos trabalho especial I tributos I Finalidade principalmente, emitir parecer I Promover a melhoria nos Evitar a sonegação de tributos I sobre a adequação das controles operacionais e na Demonstrações Contábeis gestão de recursos Relatório principal Parecer do auditor independente Recomendações para melhoria dos I Relatório de f PAGF 7 Parecer do auditor independente I Recomendações para melhoria dos I Relatório de fiscalização ou I eficiência auto de infração I controles internos e I administrativa I Usuários do trabalho IA empresa e o público em geral mpresa I Responsabilidade Trabalhista Poder público Profissional civil e criminal I Quadro 1 Tipos de Auditoria Fonte: Perez Junior, 1998, p. 5, grifos do autor. Boynton (2002) utiliza a seguinte terminologia para abordar os tipos de auditoria: das demonstrações contábeis: de compliance e operacional. A auditoria de compliance determina a conformidade das atividades financeiras e operacionais de uma entidade em relação a normas a que a elas se aplicam. Os critérios utilizados para esse confronto podem vir de fontes diversas, a exemplo de leis, organizações políticas, dentre outros. A auditoria operacional relaciona-se à eficiência e eficácia das atividades operacionais de uma determinada entidade, tendo como parâmetro os objetivos pré-estabelecidos, conforme o quadro 2.

I Tipos de auditoria Critérios estabelecidos Natureza das afirmações INatureza do parecer do auditor De demonstrações contábeis I Dados das demonstrações I Princípios contábeis geralmente I Opinião a respeito da adequação contá I aceitos contábeis aceitos I das demonstrações contábeis I De compliance Direitos ou dados relacionados Pollticas de administração, I Resumo dos resultados ou om obediência a políticas, I leis, regulamentos ou outras segurança a respeito do grau de leis, regulamentos, etc. exigências estabelecidas por lobediência I terceiros Operacional I Dados operacionais ou de Objetivos estabelecidos pela I Eficiência e eficácia pela desempenho observadas; recomendações para I administração ou legislação aplicavel aperfeiçoamento Quadro 2 Tipos de Auditoria segundo os objetivos Fonte: Boynton, 2002 2. 1. Histórico da auditoria De acordo com Attie (2000) a auditoria surgiu da necessidade de se confirmar a realidade económico-financeira retratada no atrimônio de grandes empresas que possibilitavam a participação de ações na com asi ao de seus capitais. Neste contexto, a contabilidade t que primeiro informou (2000) quem afirma haver, desde o século XIV, sinais da profissão de auditor, embora esta seja uma atividade nova em termos de especialização, cuja evolução pode se perceber no quadro 3. I Data 11314 Tesouro. 11559 Localidade I Inglaterra Marco Histórico ICriação do cargo de auditor do ISistematização e estabelecimento da auditoria de pagamentos a servidores públicos, pela Rainha Elizabeth l. 1880 nglaterra I Formação da Associação dos Contadores Públicos Certificados (Institute of Chartered Accountants in I England and Wales). 11887 Estados Unidos Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados (AICPA). 1894 I Holanda Contadores Públicos. Fundação do Instituto Holandês de 11916 Criação do Instituto de Contadores Públicos | 1934 | Estados Unidos Instituição da Securities and Exchange Comission (Comissão de Valores Mobiliários). Quadro 3 – Marcos históricos da Auditoria Fonte: Dados retirados de Attie, 2000 adaptado de Yunes Neto, 2004 2. 1. 3. 1 Na Inglaterra para Trevisan (2004), d ática, a auditoria surgiu,

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