Catadores de material reciclavel

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CATADORES DE RECICLÁVEIS 1 or16 Universidade paulist to view nut*ge %i0/2011 SUMÁRIO Introdução • • 03 Origem. Estimativa de Catadores no Brasil.. . . . . . . . . . Ocupação Principal….. Anexo INTRODUÇAO O presente trabalho foi elaborado com o objetivo de mostrar a identidade cultural dos catadores de material reciclável, abordando conceitos tratados em sala de aula.

O trabalho caracteriza-se também, pela pesquisa básica feita com os próprios catadores, onde foi possível coletar dados importantes que contribuíram para a realização deste trabalho. Entendemos ser um tema de grande importância social, pois omo minoria, pouco se conhece sobre a vida das pessoas que fazem parte desse grupo. Diante da pouca informação, eles acabam sofrendo o preconceito e a incompreensão sobre a importância do serv’iço que prestam a sociedade. ORIGEM Os catadores de resíduos têm sua origem incerta.

No entanto, sabe-se que no inicio do Século XX a atividade de catação de papéis, garrafas e utensllios domésticos no Brasil era desempenhada por imigrantes portugueses como atividade contemporânea. A catação de materiais recic áveis intensificou-se após a Revolução Industrial, com a produção de objetos de consumo m larga escala e a introdução de embalagens no mercado, aumentando bastante a quantidade e a diversidade dos resíduos sólidos gerados nas áreas PAGF catadores, existem números desencontrados que vão de 300. 00 a 1 . OOO. OOO de catadores. O certo é que é um contingente em crescimento, pois a atividade permite uma liquides diária, o que se cata num dia se vê onde no mesmo dia, tornando-se uma importante estratégia de sobrevivência para recém desempregados, migrantes, população de rua e outros segmentos do universo da pobreza. Os dados do MNCR sobre suas associações, cooperativas e rupos associados revelam que encontram-se cadastrados cerca de 35. 000 catadores.

OCUPAÇÃO PRINCIPAL O Catador é um sujeito que, historicamente, tira do lixo o seu sustento. Seja através da prática da coleta seletiva junto a alguns parceiros que doam o seu lixo ou, melhor ainda, seus recicláveis selecionados na fonte; seja caçando recicláveis pelas ruas e lixões, sacando os recicláveis do lixo misturado que o gerador não teve a decência de separar e colocou no mesmo saco o que pode e o que não pode ser reaproveitado. Muitos os chamam de “catadores de lixo”. Os catadores não coletam lixo, mas sim aterial reciclável.

Pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) são denomnados catadores de materiais reciclávels, em portaria publicada em 2003 pelo Ministério do Trabalho. wvm. mte_gov. br. Além da poluição ambiental, constata-se também, nesses locais, um grave problema de degradação social, pela presença de catadores nos lixões, adultos e crianças que sobrevivem da separação e comercialização dos materiais recicláveis presentes no lixo urbano. Essas pessoas trabalham em condlçbes extremamente precárias, sujeitas a todo tipo de contaminação e doenças, sendo que uitas vezes retiram do lixo o seu alimento.

Além disso, a qualidade do material coletado nessas condições é pior, o que é demonstrado pelos baixíssimos re os praticados ness material coletado nessas condições é pior, o que é demonstrado pelos baixíssimos preços praticados nesse mercado. Os catadores vivem ainda à margem de todos os direitos sociais e trabalhistas, excluídos da maior parte da riqueza que o mercado de reciclagem movimenta e produz. Crianças e adolescentes, que deveriam estar na escola, vêem-se obrigados a trabalhar para garantir a própria sobrevivência.

Os catadores também atuam nas ruas da grande maioria dos municípios brasileiros. O número de catadores varia de cidade para cidade e, embora não haja uma avaliação precisa, existe uma tendência evidente de crescimento dessa atividade nas cidades, agravada pelo desemprego crescente no País. INTERAÇÃO DA FAMÍLIA COM A OCUPAÇÃO DE CATADOR A atividade da catação de papel, papelão e outros materiais recicláveis, envolve toda a família quer seja no trabalho de rua quer seja no local de armazenamento dos resíduos recicláveis.

Entretanto, não se trata só de moradores de rua (a maioria dessa opulação sobrevive dessa ocupação conforme censo de SP de 11 mil pessoas); mas também de pessoas inseridas em condições de pobreza vivendo a maioria em ocupações irregulares, em assentamentos organizados pelo Governo ou mesmo em lotes adquiridos. São famílias inteiras envolvidas na catação de materiais e muitas vezes os locais onde moram dificultam o acesso a equipamentos sociais como postos de saúde e escolas. Em muitos casos as crianças e os adolescentes estão fora da escola e não têm tido o acesso à saúde como é de direito.

Muitos desses meninos e meninas estão desnutridos e doentes. As moradias ou barracos próximos aos lixões ficam sujeitos ainda a acidentes e os jovens enfrentam outros problemas como abuso sexual, gravidez precoce e uso de drogas. IMPORTÂNCIA DO CATADOR NA SO 16 como abuso sexual, gravidez precoce e uso de drogas. IMPORTÂNCIA DO CATADOR NA SOCIEDADE Com o trabalho a companhia de limpeza urbana deixa de pagar inúmeros kilos que seriam coletados e dispostos em aterro ou lixão. Na pior das hipóteses é uma economia. m serviço a população já que esses materiais coletados pelos catadores vão evitar o consumo de matéria prima virgem – recursos naturais sgotáveis – além da economia com coleta e disposição final. Os catadores são responsáveis pela coleta de 90% de tudo que é reciclado hoje no Brasil segundo estimativa do CEMPRE. A renda dos catadores varia entre 138 a 318 reais mensais (média Nacional) dados do MNCR e Departamento de Economia da Universidade Federal da Bahia – GERI (2009), na região Sudeste essa média aumenta para cerca de 350 à 500 reais mensais.

As organizações de catadores que dispõem que infra-estrutura No Brasil, segundo os dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico – PNSB do Instituto Brasileiro de Geografia Estatistica – IBGE, de 2000, dos 5507 municípios, cerca de 65% possuem lixões, onde os resíduos são dispostos a céu aberto, muitas vezes às margens de córregos, sem qualquer tipo de tratamento, poluindo o solo, a água e o ar, com muitos riscos ? saúde da população.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE em 2000, coleta-se no Brasil diariamente 125,281 mil toneladas de resíduos domiciliares, e 52,8% dos municípios Brasileiros dispõem seus resíduos em lixões. Pode-se observar o aumento crescente da quantidade de lixo e do enorme desperdício de materiais. Ainda de acordo com o IBGE, de 1989 a 2000, a população brasileira aumentou 16% enquanto a quantidade de lixo coletada no mesmo período aumentou 56% com o processo de industrialização da economia.

A est lixo coletada no mesmo período aumentou 56% com o processo de Industrialização da economia. A estimativa é que catador chegue a coletar de 1 à 2 toneladas de material reciclável por mês. Apenas 994 dos 5. 564 municípios brasileiros têm a coleta seletiva como forma de destinação final dos resíduos recicláveis. Dessas, apenas 377 têm abrangência total do município, segundo evantamento do IBGE/MCidades. COMO A SOCIEDADE ve O CATADOR O trabalho desenvolvido pelos catadores, coletando entre 10% e 20% dos resíduos sólidos urbanos, apresenta um caráter de grande relevância social e ambiental.

Eles participam da realização de um serviço público cuja responsabilidade é constitucionalmente do governo local. Entretanto, esses trabalhadores nao têm merecido a devida atenção por parte dos poderes públicos e da sociedade. Ao contrário, muitas vezes, são confundidos com mendigos e vadios, merecedores de repressão e desprezo. São dessas relações sociais concretas e contraditórias ue são constru(das as identidades dos sujeitos, homens e mulheres, de várias faixas etárias, inclusive jovens e crianças.

Hoje denominados de catadores e catadoras de material recic ável, que vivem relações de exclusão e que são por eles mesmos assimilados e assumidos e, portanto, manifestam pouca noção sobre seus direitos de cidadania e de como lutar por eles. O alheamento da sociedade em relação aos problemas relacionados ao lixo gerado por cada cidadão é assustador, traduzido no desperdício e na precariedade da limpeza nas cidades.

Além do problema cultural, verifica-se ainda o espreparo generalizado do quadro técnico das prefeituras municipais para lidar com os aspectos relacionados à gestão dos resíduos e ainda uma falta de visão política mais ampla que promova a participação social na busca d resíduos e ainda uma falta de visão política mais ampla que promova a participação social na busca de soluções para os problemas e que incorpore os catadores nos sistemas de coleta seletiva municipais.

A maior parte dos catadores ainda trabalha nas ruas e em lixões a céu aberto expostos aos perigos que uma atividade como essa oferece, além de estarem submetidos à exploração dos ferros- elhos (pequenos empresários que compram o material dos catadores a preço muitos baixos, alugam carroças e mantém artifícios para manter os catadores dependentes, um trabalho semi-escravo, sem qualquer vinculo empregatício).

MOVIMENTO NACIONAL – PROCESSO DE ORGANIZAÇAO SOCIAL A maioria das experiências de organização de catadores nas diversas regiões do país têm tido o apoio do Fórum de Estudos sobre População de rua por meio das entidades que o compõem como a Organização do Auxílio Fraterno – OAF, a Pastoral de Rua de Belo Horizonte, a Cáritas Brasileira, Pangea – Centro de Estudos Socioambientais.

Responsável pela organização de Encontros e Seminários Nacionais, o Fórum de Estudos sobre População de Rua tem empreendido esforços na busca de ampllar o apoio às organizações de catadores na construção de referenciais teórico- práticos inovadores. Em Brasília, nos dias 4, 5 e 6 de junho de 2001, foi realizado o I Congresso Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, com a presença de 1 . 700 participantes – catadores que atuam nas ruas das cidades e nos lixões, técnicos e agentes sociais.

Esse evento, que contou com apoiadores como o Ministério do Meio Ambiente, CNBB, CESE, CERIS e Cáritas Brasileira, dentre utros, teve como resultado a “Carta de Brasnia”, documento que expressa a linha mestra da luta dos catadores em todo o País. Nessa ocasião, foi eleita a “Comissão do Movi linha mestra da luta dos catadores em todo o País. Nessa ocasião, foi eleita a “Comissão do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis”, formada por 25 lideranças de catadores de várias regiões do Brasil.

Durante esse encontro foi possível aprofundar o debate sobre a atuação dos catadores como agentes de transformações sociais e ambientais e discutir inúmeros aspectos da sua relação com o mercado e om a sociedade em geral e a necessidade de políticas públicas eficientes para a solução dos problemas ambientais e sociais. Os encontros realizados desde então, tem como objetivos discutir e propor estratégias para fortalecer as Associações e Cooperativas existentes e apoiar a cnação de novas organizações, buscando criar possibilidades de capacitação, de trabalho e de aumento de renda para a categoria.

Trata-se de um movimento que luta pela ocupação de um novo espaço de trabalho, em condições mais dignas e que amplia a discussão política sobre as relações sociais, o meio ambiente e o desenvolvimento conomico. O Congresso Nacional de Catadores deu visibilidade à categoria, enfatizando as dimensões sociais e econômicas presentes nas pollticas de gestão de resíduos sólidos urbanos, apontando a importância para a priorização da inclusão de segmentos sociais vulneráveis como os catadores, como forma de promover justiça social e gerar renda e cidadania.

O fortalecimento das organizações de catadores, enquanto agentes sociais e ambientais, é, portanto, uma estratégia central na construção de uma politica de resíduos sólidos que promova a participação cidadã no desenvolvimento de uma nova cultura, om a revisão de valores e práticas, voltada à minimização da geração de resíduos e à solidariedade social. Entretanto, o atual desafio é, enfrentar a tentat de resíduos e à solidariedade social.

Entretanto, o atual desafio é, enfrentar a tentativa de apropriação dos serviços que os catadores conquistaram por parte de grandes empresas, interessadas nos recicláveis, que inclui a limpeza urbana e a coleta seletiva de materiais recic áveis – é uma ameaça real de perda de conquistas e recondução do catador organizado à condição de “explorado”. Além disso, a grande maioria dos atadores no Brasil ainda permanece sem apoio e continua trabalhando de forma desorganizada, com risco ainda maior de perder até o lixo como única fonte de sobrevivência.

A organização política, econômica e social, tem demonstrado ser a saída possível para os excluídos dessa nova ordem mundial. Articular propostas coletivas, evidenciar a presença soclal desse segmento profissional, ampliar parcerias e promover a participação dos catadores na elaboração de políticas públicas voltadas à sua inclusão social. HÁ VÁRIOS TIPOS DE CATADORES •Trecheiros: que vivem no trecho entre uma cidade e outra, atam lata pra comprar comida. ??Catadores do lixão: catam diuturnamente, fazem seu horário, catam há muito tempo ou só quando estão sem serviço de obra, pintura etc. •Catadores individuais: catam por si, preferem trabalhar independentes, puxam carrinhos muitas vezes emprestados pelo comprador que é o sucateiro ou deposista. •Catadores organizados: em grupos autogestionários onde todos são dono do empreendimento, legalizados ou em fase de legalização como cooperativas, associações, ONGs ou OSCIPs.

Situação OI Grupo formalmente organizado em associação ou cooperativa om prensa, balança, carrinhos e galpão próprios, com capacidade de ampliar sua estrutura física e de equipamentos a fim de absorver novos catadores e criar condições para implantar unidades ind física e de equipamentos a fim de absorver novos catadores e criar condições para implantar unidades Industriais de reciclagem.

Nesta Situação as cooperativas já estão prontas para a verticalização da produção de materiais reclcláveis. As cooperativas nesta situação devem ser vistas como importantes vetores de inclusão social. Situação 02 Grupo formalmente organizado em associação ou cooperativa, ontando com alguns equipamentos, porém precisando de apoio financeiro para a aquisição de outros equipamentos elou galpóes.

As cooperativas deste grupo estão numa fase intermediária – com falta de alguns equpamentos para poder expandir a produção – necessitando de reforço de infra-estrutura para ampliar a coleta e assim formalmente incluir novos catadores de materiais recicláveis Situação 03 Grupo em organização, contando com poucos equipamentos – alguns de sua propriedade – precisando de apoio financeiro para a aquisição de quase todos os equipamentos necessários, além de galpões próprios.

O estabelecimento formal de sua cooperativa significará a inclusão de novos postos de trabalho para catadores de materiais recicláveis. Situaçao 04 Grupo desorganizado – em rua ou lixão – sem possuir quaisquer equipamentos, e frequentemente trabalhando em condições de extrema precariedade para intermediários. É necessário apoio financeiro para a montagem completa da infra-estrutura de edificações e de equipamentos. O estabelecimento formal de sua cooperativa significará a inclusão de novos postos de trabalho para catadores de materiais recicláveis. As cooperativas em melh as da Situação 1 e 2 –

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