Cultura – um conceito antropológico

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Resenha do Livro: Cultura – Um Conceito Antropológico LARAIA, Roque Barros O conceito de cultura vem sendo discutido e analisado por séculos, onde cada espaço do tempo, em toda nossa história é possível encontrarmos diversas definições no que tratamos de processo cultural. Para descrevermos todo o processo será necessário uma ‘Viagem” as primeiras contextualizações fornecidas por antropólogos, sendo um alicerce para a caracterização que o seguinte pergunta: C Com os vários o autor do livro nos fenômeno, descreve ar 6 sim respondermos a como aceitável? . S’ s por antropólogos, litude deste stes estudiosos. Através do livro, a cultura em seu sentido etnológico pura foi sintetizado por Edward Tylor (1832-1917) como sendo todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, lei, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábito adquirido pelo homem como membro de uma sociedade. Mas antes de Tylor que denominou esta afirmação, no final do século XVI já era possível encontrarmos definições a respeito de cultura.

Montigne (1533-1572) desenvolveu uma teoria que hoje conhecemos como relativismo cultural, afirmando que “cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua erra” Segundo a autora Marconi, Marina de Andrade, em seu livro — Antropologia uma introdução, o conceito d de relativismo cultural tem como fundamento à idéia de que os indivíduos são condicionados a um modo de vida especifico e particular, por meio do processo de endoculturação, adquirindo asslrn seus próprios sistemas de valores e sua própria integridade cultural, não aceitando formular juízos em relação aos modos de vida diferentes, pois cada comportamento é bom ou mau em relação à cultura que está inserido.

No livro de Laraia, encontramos considerações sobre ndoculturaçáo através de Jonh Locke (1632-17040) onde teceu informações contra a idéia de que os princípios e verdades inatas seriam impressos hereditariamente na mente humana, considerando que esta, por ocasião do nascimento encontra-se vazia e dotada da capacidade ilimitada de adquirir conhecimentos. Este conceito de jonh Locke nos mostra que a endoculturação rebate a afirmação de que a cultura se formaria pelo determinismo biológico, onde atribuiria capacidades específicas inatas às raças ou outros grupos humanos. Felix Keesing (1958) demonstrou esta teoria com uma simples informação que: ” qualquer criança umana normal pode ser educada em qualquer cultura… ” E analisando como um processo de educação, Jean Jacques Rosseu (1 712-1778) ressaltou que a mesma tem um papel prmordial para o desenvolvimento cultural do indivíduo.

O livro também nos mostra uma passagem no processo histórico de cultura, determinando a teoria Evolucionista, onde tentou-se criar uma análise cultural que estabelecesse graus de civilização. Segundo a teoria, a diversidade cultural análise cultural que estabelecesse graus de civilização. Segundo a teoria, a diversidade cultural seria explicada pelo resultado a desigualdade de graus de estágios existentes no processo evolutivo. O Evolucionismo perdurou com a idéia central da antropologia até que Franz Boas (1858-1949) determinasse o surgimento do método comparativo que atribuiu à antropologia duas tarefas básicas: “a reconstrução da história de povos e regiões particulares” e a “comparação da vida social de diferentes povos cujo desenvolvimento segue as mesmas leis”.

Alfred Kroeber (1876-1960) mostrou como a cultura atua sobre o homem determinando seu comportamento e justificando suas realizações, sendo também as ações deste omem inerente ao seu padrão cultural. Seus instintos naturais foram parcialmente anulados no longo processo evolutivo, sendo a cultura um meio de adaptação aos diferentes ambientes ecológicos. Rebatendo o determinismo geográfico, uma teoria desenvolvida no final de século XIX e início de século XX, onde determinaria e condicionaria a diversidade cultural, Kroeber indagou que é possível e comum existir uma grande diversidade cultural localizado em um mesmo tipo de ambiente físico, onde o homem não necessita modificar o seu equipamento biológlco como fazem as espécies de animais e sim modifica o seu quipamento “superorgânico”.

Sendo uns dos antropólogos mais citados por Laraia, segundo Kroeber o homem criou seu próprio processo evolutivo, que ao adquirir cultura perdeu a propriedade animal, onde este é resultado do meio cult PAGF3rl(F6 evolutivo, que ao adquirir cultura perdeu a propriedade animal, onde este é resultado do meio cultural em que foi socializado, ele é herdeiro de um longo processo acumulativo que reflete o conhecimento e a experiência adqulridos pelas numerosas gerações que antecedem, porém não basta à natureza criar indivíduos altamente inteligentes, mas é necessário que coloque o alcance desses indivíduos o material que o permita exercer a sua criatividade de uma mesma maneira revolucionaria.

Para concluirmos os mais diversos conceitos desenvolvidos pelos antropólogos, já pautando que os aqui citados não são os únicos apresentados no livro, porém são os mais importantes que nos ajudam a formular o grande histórico cultural (opinião pessoal), o antropólogo Leslei White, cltado também em diversos aspectos por Marconi, a cultura, segundo ele, significava a passagem do estado animal para o humano a partir do momento em que o cérebro do homem foi capaz de era símbolos. “Todos os símbolos devem ter uma forma física, pois do contrário não podem penetrar em nossa experiência, mas o seu significado não pode ser percebido pelos sentidos”. Para perceber o significado de um símbolo é necessário conhecer a cultura que os criou. Foi através destas vanaçóes de pensamento que existem inúmeros conceitos englobando o nosso sistema cultural. São estas colocações que ao longo do tempo permitiram a compreensão à cultura como um todo, sobre vários enfoques.

A autora Marconi resume todo este processo afirmando simplesmente que: Tylor considera a cu PAGF implesmente que: Tylor considera a cultura como idéia, que são os conhecimentos, a filosofia; Keesing define como comportamento aprendido, que são modos de agir comuns a grupos humanos ou conjuntos de atitudes e reações dos indivíduos em face do meio social; Kroeber considera que a cultura é uma abstração de comportamento, consistido naquilo que se encontra apenas no domínio da idéia, da mente, excluindo-se totalmente as coisas materiais; e White, que discordando de todos os conceitos citados acima defende que a cultura não deve ser vista apenas como comportamento, mas em si mesma, fora do organismo humano. A nossa sociedade depende da cultura para sobreviver, pois ela atende aos sistemas que cercam a nossa vida, formando assim um elo de ligação, dependentes um ao outro.

Em todas as culturas existem inúmeros traços partilhados por números de indivíduos, mas que não são comuns a todos os membros da sociedade. Laraia admite que nenhum indivíduo conheça totalmente o seu sistema cultural, mas que é necessário ter um conhecimento mínimo para operar o mesmo, não esquecendo que este processo cultural está em contínua modificação, onde uma das mudanças é representada internamente, resultando a inâmica do próprio sistema cultural e a outra mudança podendo ocorrer pelo processo de aculturação, que para Marconi é a fusão de duas culturas diferentes que, entrando em contato contínuo originam mudanças nos padrões da cultura de ambos grupos. Enquanto ordem moral e valorativa, cr mudanças nos padrões da cultura de ambos grupos.

Enquanto ordem moral e valorativa, crenças e costumes diferem entre sociedades, para Laraia não passa de um ato prmério de etnocentrismo tentar transferir a lógica de um sistema para o outro, pois todo o sistema cultural tem sua rópria lógica, embora seja comum considerarmos lógico apenas o próprio sistema e atribuirmos aos demais um alto grau de irracionalismo, pois o etnocentrismo é responsável em seus casos entremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais. Embora, há um fornecimento de bem estar individual, onde o individuo passa a considerar e aceitar o seu modo de vida como o mais saudável, o melhor, segundo Marconi, que assim tenta nos mostrar um lado positivo ao etnocentrismo.

Para finalizarmos todo este processo cultural aqui apresentado, vale ressaltar o que Laraia dispõe em seu livro, que os leva a perceber todo o desenvolvimento e a mudança que ocorre em nossa sociedade devido aos padrões culturais que nela é inserido para assim, termos consciência e capacidade de analisarmos e respondermos a pergunta que foi apresentada no inicio da resenha: “Entender que a cultura está constantemente em transformação significa a diminuição de choques entre gerações como pais e filhos, ewtando os conflitos e preconceitos, pois toda sociedade é palco para idéias conservadoras e inovadoras, onde o tempo constitui um elemento importante na análise de uma cultura”.

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