Desenvolvimento da linguagem

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O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM; SUAS PRINCIPAIS FASES No processo de evolução em direção à linguagem oral podemos identificar três fatores que definitivamente concorrem para sua efetivação: a rapidez com que as ligações entre os acontecimentos são feitas; o pensamento que se apoia em extensões espaços-temporais cada vez mais amplas e se liberta do imediato: a simultaneidade das representações, que vem em decorrência dos fatores anteriores.

O ponto de partida desse processo esta em produções sonoras realizadas pelo bebe, no inicio feitas ao acaso, mas que passam por um período post possui um papel imp bebe tende a repro zit- hetero-imitação acab cada um imita o outr nent page rcícios. A imitação és de auto-imitação de emitir; pela ” dialogo” onde os sons que o adulto produz quando esta falando com ela; por sua vez o adulto exerce um reforço positivo quando a criança emite sons” (Aimard, 1986, p. 40).

Essa é a fase do balbucio, pela qual a criança passa durante o primeiro ano de vida, às vezes se estendendo um pouco mais. A compreensão do bebe estará voltada, primeiramente, às entonações passando a entender, então, a situação, o desenvolvimento concreto de uma cena familiar. Evolui no sentido da compreensão de “pa avras”, aquelas mais repetidas na vida cotidiana e que são o foco de seu interesse, tanto para ações quanto para a designação de objeto Sv. ‘ipe to View next page objetos. Mais tarde é que perceberá o significado dos atributos.

As primeiras palavras emitidas surgem a partir da repetição de uma mesma sílaba e nessa fase o fator interação tem importância preponderante. É muitas vezes por intermédio da Intervenção do adulto que a emissão de silabas repetida torna-se palavra: ele ressalta a emissão da criança e a carrega de conteúdo emocional. Assim, “ma mama”, emitido ao acaso, ainda como exercício, acaba por designar a mãe, após várias aproximações do significado dado pelo adulto, em um determinado momento posterior, quando a criança a vê se aproximar.

Com a atribuição de significado a criança utilizará durante certo tempo palavras para se referir a objetos, eventos situações. São aslófrases, próximas ou distantes dos signos convencionais, foneticamente falando, que assumem a função de uma frase inteira. É pela entonação, mímica, gesto que a criança tenta emitir seu enunciado mais explicita. Por exemplo, (Ada) água) pode traduzir “eu estou com sede, quero água”, põe água na banheira da boneca”, caiu água em mim, estou molhado”.

Todos os meios nao-linguisticos de comunicação vêm em socorro da linguagem que não esta ainda organizada de maneira suficiente para traduzir exatamente os desejos e necessidades da criança. Com dezoito ou vinte meses já deveriam estar em uso emissões que combinam duas ou às vezes mais palavras. Trata- se , ainda, de uma produção simplesmente mais longa que traz algo novo para a criança: a relação presente entre os vocábulos empregados. A criança começa a se comunicar inte relação presente entre os vocábulos empregados.

A criança começa a se comunicar intencionalmente servindo-se de gestos (o mostrar, o dar) e vocalizações, o que ocorre durante o quinto estágio do período sensório-motor. Quando a linguagem começa a emergir, através de pa avras e das primeiras frases, a comunicação gestual continua ativa, acompanhando as emissões orai. É importante ressaltar que as primeiras associações que a criança faz com símbolos e significados estão presentes no gesto e no jogo antes mesmo do surgimento das primeiras palavras.

Estudos pscoilinguística apontam a grande importância da fase ensório-motora para o desenvolvimento dos esquemas verbais e da própria linguagem oral. Esse período é considerado o constituinte de uma preparação para a aquisição das primeiras palavras: permite a elaboração das noções de agente, de ação, de paciente e da própria permanência do objeto. Em outras palavras, permite a construção interna da linguagem.

Assim , durante o primeiro ano de vida que o bebê fará a primeira diferenciação entre ação, objeto e sujeito executando uma mesma ação sobre um numero de objetos variados e diferentes ações sobre um mesmo objeto. Sintetizando, podemos falar que a sintaxe está ligada à lógica das ações e que a significação (semântica) depende da organização da experiência Por volta do segundo ano acontece um grande desenvolvimento em favor da aquisição de novas palavras e de possibilidades de combinações entre elas.

Esse impulso de linguagem é contemporâneo dos progressos em relação à autonomia adquirida pela crian 3 Esse impulso de linguagem é contemporâneo dos progressos em relação à autonomia adquirida pela criança. Ela apresenta iniciativa e deslocamentos, ganhando distância (independência) m relação a outrem. Em consequência, para se fizer entender, é necessário que seja mais explicita também, o que facilitará, por sua vez, sua confirmação quanto à independência.

Assim, ressaltando a ideia de que, como já assinalamos anteriormente de maneira rápida, a construção da linguagem tem sua gênese na ação, chamamos a atenção para um fato importante: com o desenvolvimento do processo, ação e linguagem passarão a caminhar juntas, primeiramente com ênfase dada à ação para, então, a linguagem se fazer mais presente. Nessa fase notamos dois acontecimentos Importantes. m deles diz respeito à própria ação, enquanto companheira da linguagem, no sentido de completar e comprovar o que é expresso oralmente pela criança.

O outro, ocorrendo logo em seguida, sendo por volta dos dois ou três anos que observamos mais facilmente, diz respeito ao papel regulador e organizador que a linguagem assume frente ? ação. A criança que age e ao mesmo tempo descreve o que está realizando, seja consigo mesma, seja se dirigindo à boneca, por exemplo: “agora pega o prato/ você quer comer? / ó eu ponho a comida aqui (enquanto move a colherzinha da panela para o prato) Ainda nessa fase a criança aplica um grande número de regras sintáticas e morfológicas que vem descobrindo há algum tempo.

Começaram as generalizações, chegando mesmo à invenção de palavras. “Do uso da partícula de posse 4 palavras. “Do uso da partícula de posse, por exemplo, a criança passa de “bola do nenê”, bolsa da mamãe” para “chupeta de eu (ou mim)”. Ou ainda, como frequentemente se observa nas tentativas de uso dos tempos verbais, principalmente referindo se ao dormi”, “eu fazi”. Um pouco mais para frente, próximo aos quatro anos, já se nota a utilização de registros diferentes de linguagem pela criança, e acordo com a situação. E brincadeira com outras crianças, ela acaba por usar emissões mais curtas e inacabadas, como por exemplo, na situação de brincar de carrinhos e posto de gasolina:” ó/ põe aqui/ (e faz o carrinho subir a rampa do posto) / dá (a outra criança entrega um carrinho qualquer) não esse/ ó (pegando o que deseja) / ele pára aqui (estacionando o carrinho) / ih, que sujo (e começa a imitar o barulho da água enquanto passa o dedo pelo carrinho) / ó entregando um carrinho à outra criança para que faça o mesmoY’.

Muitas vezes observamos a criança utilizar, de maneira utomática, registros mais infantilizados se estiver se dirigindo a crianças menores. Somente mais tarde por volta dos cinco anos e meio e seis anos, haverá condições de uma cisão entre linguagem e ação. A criança age e fala sobre sua ação não mais precisando estar na situação concreta: amplia-se o espaço de tempo entre o acontecimento e o relato. Da mesma forma ela é capaz de planejar oralmente o que irá fazer para, então executar. A criança age e fala sobre sua ação não mais precisando estar na si S para, então executar.

A criança age e fala sobre sua ação não ais precisando estar na situação concreta: amplia-se o espaço de tempo entre o acontecimento e o relato. Da mesma forma, ela é capaz de planejar oralmente o que ira faze para então, executar. A criança estará, assim, preparando fases posteriores que levarão ao uso da linguagem enquanto predição e levantamento de possibilidades de ação culminando no pensamento operatório. Mas ressaltamos, para que isso ocorra, sua expressão será realizada pela criança, e observada pelo Interlocutor, através das ações, durante a fase de desenvolvimento a que nos referimos no presente trabalho. ?? importante salientar, agora, o papel da interação social mantida entre a criança e o melo, através de pessoas e mesmo com o objeto, como tão bem é mostrado por VYGOSTSKY (1979). A noção de comunicação, essencial à capacidade de utilização de palavras, tem grande avanço dado pela tendência que a mae apresenta de Interpretar o comportamento de seu filho como se houvesse um significado; em outras ocasiões é encontrada a mesma situação onde a mãe e o filho está unido sem uma ação comum, sobre objetos, em uma brincadeira, que se torna fonte de conhecimentos tendo como base estruturas da linguagem.

Nas primeiras reuniões de palavras a criança irá utilizar as que geralmente são indispensáveis à comunicação. Trata-se de mensagens extremamente econômicas e que necessitam de um interlocutor para que possa assumir um papel complementar na comunicação. Pensando-se na criança com um ano e meio, aproximadamente, que chega co complementar na comunicação. Pensando-se na criança com um ano e meio, aproximadamente, que chega com a mamadeira vazia e a entrega à mãe e permanece ao seu lado. Como á mãe somente pega a mamadeira e a coloca sobre a criança emite “dá mamá”. A mãe pega a mamadeira novamente e a devolve para criança, que se manifesta:”. Ao que a mãe não quer a mamadeira? ” “da coca”/”ah! Você quer mais mais coca”. Completando a ação e entregando à criança o que deseja, a mãe completa oralmente: “pronto/ já tem mais coca na sua mamadeira/ pode beber/ está gostosa? ‘ e assim por diante. Considerando esse fato, a criança que não conta com esse valioso auxilio do interlocutor terá seus progressos a nível da expressão da linguagem em defasagem. BIBLIOGRAFIA FERNANDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada; abordagem psicopedagógica clinica da criança e sua família, Porto Alegre,

Artes Médicas, 1990 KIGUEL, Sonia. “Normalidade e Patologia no processo de aprendizagem: abordagem psicopedagógica”, Revista”Psicopedagogia”, n. 21, vol. 10, Associação Brasileira de Psicopedagogia,São Paulo, 1991 “Abordagem psicopedagógica da aprendizagem”, in: Psicopedagogia e caráter interdisciplinar na formação e atuação profissional, Scoz, Beatriz ET AL. , Porto Alegre, Artes Médicas, 1987. MACEDO, Lino de, “Prefácio”, in: Psicopedagogia contextualização formação e atuação profissional, Scoz, B. , Mendes, M. , Barone,L. ,Campos, M. Célia M. (org. ). Porto Alegre, Artes Médicas, 1992

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