Diferenciação de sistemas agrários

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DIFERENCIAÇÃO EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS AGRÁRIOS DA RIGIÃO DO CAMBAÍ Daiana Luzia da Rosa dos Santosl, Juliana Vargas Ceretta2, Juliane Dalcin de Paula3, Marlon Augusto Marmor Cardos04. 1, 2, 3, e 4: Graduandos no Curso de Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do sul- UFRGS. Resumo: Para a realização do trabalho, foi utilizado o método de pesquisa e entrevista diretame agricultores locais e I OF21 o enfoque do trabalh jun. ‘ = índices nas entidades o com diversos produt entrevistando os IS necessários para a squisa de dados e Swipe to r. page alizadas entrevistas do Cambai, porém stes não permitiram a divulgação de seus nomes. O objetivo do presente trabalho é de analisar e estudar a localidade do Cambai, situado no munic[pio de Itaqui, na fronteira oeste do estado do Rio Grande do Sul. Com este trabalho será feita uma abordagem sobre as rupturas dos sistemas agrários desde o sistema dos Indígenas/Coletores, Jesuitas Espanhóis, Imigração Uruguaia, Imigração Alemã e Italiana até a Evolução Agricola dos dias atuais.

Com o intuito de mostrar a convivência destes povos da época até os dias atuais. Como conviviam em sociedade, a maneira que se organizavam, onde construíam moradias, os instrumentos anejados que utilizavam nas plantações e colheitas, os sistemas de cultivos e modo de produção. Considerando as culturas introduzidas e que continuam presentes até os dias de hoje na região. Palavras-chave: Desenvolvimento Rural, Sistema Agrário, Imigração, Agricultura. 1.

Introdução: O presente artigo busca através da análise sistêmica da região do Cambai, o entendimento dos sistemas agrários que residiram na região, de um passado primitivo ? atualidade. Os primeiros habitantes da região eram de origem desconhecida, eles habitavam os pampas e utilizavam das matas para o cultivo de seus alimentos. Logo, por via do leito do rio Uruguai, chegaram os Guaranis. Mais fortes e conhecedores de instrumentos mais eficazes para a caça e a guerra, tomaram a região e criaram sociedades produtoras de mandioca, erva mate, milho e batata doce.

Eles se localizavam as margens dos rios e iniciaram a domesticação avançada de gado e cavalos. Por volta de 1650, com a chegada dos imigrantes Jesuítas, essa sociedade Guarani sofreu uma mudança de seus costumes e de sua cultura. Os Jesuítas com o intuito de impor à cultura européla do cristianismo, implantaram muitos costumes a agricultura e a própria cultura do índio nativo. Essa cultura omunitária se alastrou por todo estado, caracterizando-se pelas grandes criações de gado e uma evolução dos cultivos agrícolas.

Essa situação manteve-se até a chegada dos bandeirantes, que expulsaram os jesuítas e massacraram os índios nativos, deixando suas criações soltas ao campo. Os imigrantes Uruguaios, refugiados de seu pars natal, chegaram à região por volta de 19865, e trouxeram à cultura local os costumes de criações diversificadas, com uma variedade de raças bovinas, eqüinas e ovinas. Essa época é caracteriza criações diversificadas, com uma variedade de raças bovinas, equinas e ovinas. Essa época é caracterizada pela volta das grandes criações na região. or volta de 1930, imigrantes Itallanos e Alemães vindos do centro do estado se agregam a cultura local. Iniciasse uma mudança de atividades vigentes, os novos imigrantes trazem uma cultura de diversificação na área da agricultura, agora os métodos de plantio e de aproveitamento da terra eram mais eficazes e compensadores. As lavouras prosperaram com o sistema colonial, e gradativamente a pecuária passou para um nível secundário, dando o espaço das grandes quantidades de terra para as lavouras de arroz, soja e trigo.

Embora reduzidas, as riações de gado eram sempre mantidas para a venda, consumo da carne e para a fertilização das terras pelo sistema de rotação. O cultivo que mais se prospera e de rentabilidade mais lucrativa é o do arroz. A orizicultura foi e é atualmente a mais cultivada por ser uma região de campo muito grande, ter o rio Cambai para o fornecimento da irrigação necessária e o solo dotar de propriedades favoráveis ao cultivo do arroz. Atualmente os cultivos de soja são utilizados somente para o reparo do solo.

Aproximadamente 60% das propriedades são destinadas ao plantio do arroz direto, e para a criação de gado e moradias. O sistema rural vigente na região do Cambaí é basicamente patronal, caracterizado pela utilização de mão de obra contratada que residem nas propriedades que trabalham. 2. Referencial Teórico metodológico Os procedimentos metodológicos optados para a realização da pesquisa agreg metodológico Os procedimentos metodológicos optados para a realização da pesquisa agregam entrevistas diretas, visitas de campo e pesquisas de materiais disponíveis ao assunto proposto.

Baseia- se na utilização dos pressupostos teórico-metodológicos da abordagem de sistemas agrários descritos por Mazoyer ; Roudart (2001). De acordo com os autores, um sistema é constituído por um conjunto de elementos de características variáveis que se relacionam entre si. De acordo com essa teoria, um sistema agrário engloba todas as ligações internas e externas da cadeia de produção e de relação. O sistema agrário abrange características espaciais, metodológicas, sociais e instrumentais, no qual suas implicações e reações interferem e resultam na modificação de aspectos gerais.

Esse sistema se sustenta na identificação do espaço físico, dos objetos que influenciam na construção do espaço fisico artificial e que mantém o espaço natural. Se sustenta em todas as relações sociais, direta e indiretamente entre rural e urbano, e a influência do estado em ambas situações. Os objetivos deste método são a identificação e conceituação da heterogeneidade e diferenciação dos sistemas agrários, em beneficio da construção de teorias futuras para o desenvolvimento rural. 3.

Leitura da Paisagem Segundo a FAMURS, a localidade do Cambaí esta localizada na região oeste do estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Itaqui. Sua área é de 153. 66 kmR, seu perímetro é de 52. 10 km. A região estendesse a toda extensão do rio Cambai, ele é constltuido por 3 nascentes principais e sua foz deságua as margens d extensão do rio Cambai, ele é constituído por 13 nascentes principais e sua foz deságua as margens do rio Uruguai no município de Itaqui. O rio Cambaí tem seus níveis pluviais diretamente ligados ao rio Uruguai, mantendo-se Instáveis durante a maior parte do ano.

Sua época de cheia se estende pelos meses de setembro a outubro e poucas vezes até novembro, seu nível pluvial pode chegar até 12 metros de altura nas cheias. Itaqui localiza-se na microrregião da Campanha Ocidental e mesorregião Sudoeste Rio-Grandense do Rio Grande do Sul, possui área territorial de 3. 404,05 km2. Sua população é de aproximadamente 39. 770 habitantes, e seu Índice de Desenvolvmento Humano (IDH) é de 0,801. Tem como paisagem a Cuesta do Haerdo, com campos limpos e agrícolas, banhados pelo Rio Uruguai. De acordo com Marenco e Martins (1979), o município de Itaqui foi fundado em 1858. O primeiro indicio de vida civilizada no município foi uma estância jesuítica, pertencente a Redução de La Cruz ( Missões Ocidentais do Uruguai), por volta de 1700″ (MARENCO E MARTINS, 1979, p. 25). Figura 1 – Figura ilustrativa da região do Cambaí – em amarelo a emarcação da região Cambai, em azul a extensão do rio Cambai. (Google- Maps, modificação aplicada com auxilio da Secretaria da Agricultura de Itaqui) Conforme o IRGA – Itaqui, seu clima é caracterizado pelas altas temperaturas durante o verão, chegando a 360C, e com geadas fortes durante o inverno, com temperaturas negativas ocasionalmente.

As precipitações anuais ficam em torno dos 1. 200mm, com concentração de chuvas durante o inverno, mantendo o clima frio torno dos 1. 200mm, com concentração de chuvas durante o inverno, mantendo o clima frio e úmido A região do Cambaí é caracterizada pelos grandes campos de astagens e vegetação rasteira, a vegetação predominante é de herbáceas baixas, de aproximadamente 60 cm a 1 m. Sua mata ciliar estendesse ao leito do rio com no máximo 15 metros de largura, com alguns capões de matos e algumas coxilhas. O solo é composto basicamente por terra preta e argila, propícios para o cultivo do arroz.

A região é rica em animais campestres e de banhado como capivaras, lontras, lebres, tatus, perdiz, raposas, roedores diversos, jacarés, avestruz e macacos. 4. Evolução e Diferenciação dos Sistemas Agrários da Região do Cambaí 4. 1 Sistema Agrário Indígena Localização: fronteira com Argentina e Uruguai O Rio Grande do Sul abrigava três grupos indígenas: os Jês, os Pampeanos e os Guaranis, há aproximadamente 1700 anos A. P Existem alguns relatos sobre os primeiros homens que habitaram a Fronteira-oeste. Segundo Jatir Delazeri (2002), a cerca de 10 mll anos A.

P. havia um grupo de homens primitivos que começou a habitar as terras dos pampas, que se dedicava a caça e as mulheres coletavam frutas e moluscos na beira dos rios. O tempo foi passando, divido as doenças epidêmicas, a curta vida que eles tinham e as guerras com povos inimigos que tentavam cupar o mesmo território, o número desses habitantes primitivos crescia muito devagar e não se desenvolvia, talvez por ter encontrado uma terra que dava tudo o que eles necessitavam para sobreviver, como a caça, a pesca e as frutas silvestres.

Aproxim tudo o que eles necessitavam para sobreviver, como a caça, a pesca e as frutas silvestres. Aproximadamente dois mil anos atrás, um grupo de índios da tribo Guarani saiu do Amazonas, desceram pelos grandes rios até chegar ao Rio Uruguai, eram bons navegadores e sabiam explorar com muita eficiência os recursos naturais. Com suas armas mais poderosas que os nativos como a lança, a achadinha, o arco e flechas, os tacapes e mais a agressividade de suas excursões guerreiras, expulsavam os povos das terras que conquistavam, com isso os primeiros habitantes do Rio Grande do Sul foram desaparecendo.

O Guarani não conhecia o metal, mas conhecia muito bem a cerâmica, usavam materiais de pedra polida e lascada, com eles chegou também a agricultura, como o milho, o feijão, a erva-mate, a mandioca, a farinha de mandioca, a batata doce, o pinhão, o pirão e o chimarrão. O Índio Guarani ao chegar ao Rio Grande do Sul deu preferência para conquistar a mata, pois não tinha interesse em conquistar o ampo aberto, pois não conhecia técnica para cultivá-lo. Figura 2 – índios Guaranis (www. pampasonline. com. br/) Eles usavam o coivar, a queima da mata para abrir clareiras onde plantavam pequenas roças ou hortas.

Os homens cortavam e queimavam a mata e as mulheres faziam o plantio e a colheita. Sua técnica de cultivo era rudimentar utilizando o plantio direto, logo a colheita, e em seguida o abandono da área depois de aproximadamente três anos de uso por causa do inço, pois ele matava a plantação. Não tinham instrumentos para plantar e nem escavavam a terra, sem muitas técnicas para cultivar os inham instrumentos para plantar e nem escavavam a terra, sem muitas técnicas para cultivar os campos, por isso não havia interesse em conquistar o campo aberto.

Um povoado era formado por até seis choupanas, casas coletivas quase sempre feitas do mesmo material, troncos e folhas, e igual em tamanho e na organização. A forma das ocas era oval e o tamanho suficiente para abrigar várias famílias aparentadas, em média o casal e dois filhos, que formavam um Clã, núcleo fundamental do povo Guarani. As casas ficavam distribuídas ao redor de um espaço coletivo central, onde se realizavam os festejos. Os povoados Guaranis ficavam próximos, mais ou menos uns IS quilômetros de distância entre um e outro.

Cada grupo necessitava de uma área relativamente grande para coletar frutos e caçar. As aldeias mantinham comunicação entre si através de uma teia de caminhos aberto na mata. A convivência na aldeia e o sistema de parentesco que uniam as famílias, que moravam distantes, formavam a base da sociedade das trocas e do aproveitamento dos recursos distribuídos na mata.. A chegada do europeu provocou divisão entre os Guaranis, alguns favoráveis e outros contras o entendimento com o branco.

Foi o inicio de um período muito difícil para os Guaranis, pois os padres Jesultas queriam cristianizá-los e também os Bandeirantes caçadores de escravos, que queriam usar o Índio para a mão de obra escrava, e também os Guaranis nesse período sofreram o impacto das doenças desconhecidas como a varíola trazida pelo europeu. Segundo Jatir Delazen (2002). 4. 2. Sistema Agrário Indígena e Imigrantes Jesuítas europeu. Segundo Jatir Delazeri (2002). 4. 2.

Sistema Agrário Indigena e Imigrantes Jesuítas A influência dos jesuitas espanhóis começa por volta de 1 650 a 1970, com a sua chegada. Sua influência no Rio Grande do Sul foi muito forte na pecuária, sua economia era constituída do gado de corte. Importante destacar que a cultura de criação foi passada dos índios para os jesuítas, implantando sim, novas técnicas de cultivo da terra. Os jesuítas trouxeram uma gama de equipamentos metálicos e novos instrumentos para a preparação do solo para os cultivos.

Implantaram as enxadas, as pás, instrumentos de semeadura, foices balaios e etc. Essa época caracteriza-se pela variedade de culturas com os cultivos de algodão, arroz, feijão, amendom, milho, hortaliças e leguminosos diversos. As criações de gado prosperaram nessa época juntamente com as criações de cavalos, com o auxilio intelectual e de equipamentos para o manuseio da pecuária, os jesuítas tornaram a região próspera nas criações com a parceria de mão de obra indígena. Figura 3 – Cultura jesuítica agregada a indígena (http://serradacantareira. log. arautos. org) Os jesuítas tinham a incumbência de catequizar os índios, evangelizar estes, pois eram considerados pagãos. Mas por trás disto existia um segundo propósito, marcar e conquistar território a seus governos. Surgem então as Reduções habitadas por índios e padres jesuítas. As Reduções eram praticamente uma cidade, pois dispunham de escolas, igrejas, hosp tais e pequenas fabricas. Localizadas em locais estratégicos, algumas reduções encontravam-se a beiras de rios ou nac fabricas.

Localizadas em locais estratégicos, algumas reduções encontravam-se a beiras de rios ou riachos, e outras mais afastadas. O núcleo social era organizado separadamente, os índios tinham a liberdade de seguir sua cultura. As produções da agricultura eram de forma comunitária, as produções eram guardadas e utilizadas conforme a necessidade, mas sempre com a administração dos jesuitas. A colonização espanhola se dispersou pelo Rio Grande do Sul, mas não formou grandes colônias, a convivência era mesmo com o Uruguai.

Seus costumes ficaram marcados, o modo de falar, comidas e arte. Com o passar dos anos, devido à falta de mão de obra escrava dos africanos fez com que os bandeirantes portugueses invadissem as Reduções para caçar os índios e vendê-los aos donos de Minas e Engenhos de açúcar. As excursões Bandeirantes, vindas do centro do pais, foram responsáveis pela expulsão dos jesuítas. Equipados de armas de fogo, conseguem capturar índios, para os serviços nos engenhos o centro-oeste do país, e expulsar os jesuítas espanhóis.

Com conseqüência dessa guerra e massacre, o abandono das Reduções e consequentemente das grandes porções de gado, os animais se espalharam livremente pelos pampas Gaúchos. 4. 3. Sistema Agrário Imigrantes Uruguaios O ponto de partida da utilização da região do Cambaí, para fins pecuaristas extensivos, iniciou-se por volta de 1890 com a tomada das terras pelos imigrantes uruguaios. Esses imigrantes chegaram a região de Itaqui por volta de 1965, refugiados de seu pais pela guerra dos partidos Blanco e Colorado , trazendo consgo a cult PAGF 91

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