Experimento com crianças de idades variadas

Categories: Trabalhos

0

Tione Cate Soares Curso:pedagogia Disciplina: Psicologia da Educação l: Infância e adolescência Tarefa: All-3 – Experimento com crianças de idades variadas Experimento e Relatório ESTUDO SOBRE O EGOCENTRISMO/CONSERVAÇAO DE MASSA Piaget considera quatro períodos no processo evolutivo da espécie humana que são caracterizados “por aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor” no decorrer das diversas faixas etarias ao longo do seu processo de desenvolvimento (Furtado, op. cit. pud Terra, 20 • 10 período: Sensóri • 20 período: Pré-ope óri • 30 período: Operaç- ?? 40 período: Operaç orlo 2 os) to view nut*ge u 12 anos) 2 anos em diante) “Cada uma dessas fases é caracterizada por formas diferentes de organização mental que possibilitam as dlferentes maneiras do indivíduo relacionar-se com a realidade que o rodeia” (Coll e Gilliéron, 1987, apud Terra, 2011, s. p). Trataremos, portanto, neste texto do período pré-operatório e operatório concreto. O que marca a passagem do período sensório-motor para o período pré-operatório é o aparecimento da linguagem.

Com o aparecimento da função simbólica (linguagem) ocorre a formação os primeiros conceitos, o que permite que a criança represente pessoas e objetos ausentes e imagine situações que não estão em sua realidade imediata, conforme ressalta Sabini, 1997. SWipe to page emergência da linguagem acarreta modificações importantes em aspectos cognitivos, afetivos e sociais da criança, possibilitando as interações interindividuais e fornecendo a capacidade de trabalhar com representações para atribuir significados ? realidade (Terra, 2011).

Durante a idade pré-escolar há uma expansão da curiosidade intelectual expressa em perguntas que nunca são isoladas. Por xemplo, a pergunta “O que é isso? Sempre vem complementada por outras como “Por quê? Como? Para quê? “. “As ações da criança passam a ser fruto de suas conclusões e raciocínio. No entanto, sua forma de solucionar problemas é bastante primitiva. ” (SABINI, 1997, p. 58).

Ainda de acordo com Sabini (1 997), o egocentrismo, o animismo (dar características humanas a seres inanimados) e a irreversibilidade são três características apresentadas no raciocínio da criança de dois a seis anos de idade. As crianças de dois a quatro anos têm seu raciocínio influenciado por suas próprias vontades e desejos, sendo que uas percepções e explicações refletem apenas um ponto de vista, o seu. Ainda de acordo com Sabini (1997), as crianças nessa fase tendem a pensar que seus sentimentos, motivos ou mesmo explicações, são os mesmos compreendldos por outras pessoas.

Nesse sentido, ao brincar com um adulto e este se sentir cansado, a criança permitirá que este descanse alguns segundos, uma vez que, para a criança alguns segundos são suficientes para a recuperação das forças, o mesmo acontecerá com o adulto. (SABINI, 1997) Terra (2011) ressalta que isso se deve ao fato da criança não onceber uma realidade da qual não faça parte, devi 10 ressalta que isso se deve ao fato da criança não conceber uma realidade da qual não faça parte, devido a ausência de esquemas conceituais e da lógica. abini (1997, p. 59-60) ressalta: O egocentrismo não decorre da tentativa de fazer com que a realidade externa se submeta simplesmente aos desejos da criança. Ao contrário, essa forma de organização do mundo apóia- se em um estado de confusão entre o “eu” e o mundo externo. Assim, as explicações e crenças são uma mistura de impressões reais e imaginárias, resultantes de um entendimento distorcido a realidade e da existência de um conhecimento próprio, pessoal, que se caracteriza pela ausência de lógica.

Daí a riqueza extraordinária de argumentação apresentada pela criança quando ela passa a discutir com os adultos. Carvalho (2006) destaca que Piaget considerou a irreversibilidade uma das características mais presentes no pensamento da criança pré-operatória. No seu entender, a criança não tem mobilidade suficiente para compreender que quando uma determinada ação já está realizada podemos voltar atrás. Desta forma, podemos dizer que as estruturas mentais neste estádio ão amplamente intuitivas, livres e altamente imaginativas. Este estádio é fundamental, pois a criança aprende de forma rápida e flexível, inicia-se o pensamento simbólico, em que as ideias dão lugar à experiência concreta. As crianças conseguem já partilhar socialmente as aprendizagens fruto do desenvolvimento e da sua comunicaç¿o” (CARVALHO, 2006, s. p. ). O pensamento da criança vai se tornando reversível por volta dos seis anos, e é essa reversibilidade, que segundo Sab criança vai se tornando reversível por volta dos seis anos, e é essa reversibilidade, que segundo Sabini (1997, p. ) “torna possível à criança, operar com classes e relações, que é característico do raciocínio da fase seguinte”, a fase operatória concreta. Conforme destaca Carvalho (2006), para Piaget é nesta fase que se reorganiza verdadeiramente o pensamento. É a partir daí que as crianças começam a ver o mundo com mais realismo, deixam de confundir o real com a fantasia adquirindo a capacidade de realizar operações. Experiências com as crianças Após contato com as mães das crianças explicando o objetivo da atividade, foi feita as experiências. ara realizar e ter maior estreza de detalhes e não ficar parando para fazer as anotações, preferi filmar para depois coletar os dados. Primeira experiência: Criança: Bárbara (nome fict[cio) Idade: 8 anos e 1 mês Data da Visita: 22/11/2011 Escolaridade: 20 ano Local: Casa da criança Coloquei três objetos sobre a mesa, de modo que um ficasse mais próximo da criança (carrinho) e outro mais próximo de mim (dinossauro). O terceiro objeto ficou mais afastado (jarra de água).

Ao ser questionada sobre qual objeto estava mais próximo a mim e a ela, Bárbara respondeu corretamente. Conservação de massa: Coloquei na mesa dois copos de formatos e tamanhos iguais. Disse à criança que iria colocar água nos copos. Após colocar água até a metade dos copos, perguntei à criança se tinham a mesma quantidade de água e Bárbara disse que sim. Em seguida expliquei à Bárbara que iria colocar a água de um dos copos em o que Sim. copos em outro copo.

Perguntei se os dois copos continuavam com o mesmo tanto de água, ou se algum deles tinha mais água que o outro. Bárbara disse que os dois tinham a mesma quantidade de água e ao ser questionada sobre o motivo de achar isso, respondeu: “Porque a água que estava aqui (apontou copo vazio) você passou para esse aqui (mostrando o copo que agora contém a água)” O próximo passo foi pegar duas massinhas de modelar. Coloquei as massinhas na mesa e disse que as duas massinhas tinham a mesma quantidade de massa e perguntei se Bárbara concordava. Ela disse que sim. edi a ela que me ajudasse a fazer uma bolinha (peguei uma massinha e ela a outra). Coloquei as bolinhas lado a lado e perguntei se continuavam com o mesmo tanto de massinha ou se alguma delas tinha mais massa que a outra. Ela respondeu que continuavam iguais, porque era a mesma massinha do início. Peguei então uma das massinhas que estava em forma de bola e a estiquei igual uma cobrinha e perguntei à Bárbara se tinham a mesma quantidade de massa. Ela disse que sim, porque continuava sendo a mesma massinha do inicio que já eram da mesma quantidade.

No próximo passo, coloquei algumas moedas em duas fileiras com igual quantidade, alinhadas umas ao lado da outra e perguntei se as duas fileiras tinham a mesma quantidade de moedas. Bárbara disse que sim. Juntando as moedas de uma das fileiras, perguntei se ainda tinha o mesmo tanto de moedas nas duas fileiras e Bárbara respondeu ue sim. Da mesma forma disse sim quando separei bem as moedas deixando uma file Bárbara respondeu que sim. Da mesma forma disse sim quando separei bem as moedas deixando uma fileira bem mais comprida que a outra.

Segunda experiência: Criança: Isadora (nome fictício) Idade: 4 anos e 10 meses Data da visita: 23/11/2011 Escolaridade: Pré I Em um primeiro momento, coloquei na mesa dois copos de formatos e tamanhos iguais. Disse à criança que iria colocar água nos copos. Após colocar água até a metade dos copos, perguntei à criança se tinham a mesma quantidade de água. Após olhar em, a cnança fez que sm com a cabeça. Em seguida expliquei à Isadora que iria colocar a água de um dos copos em outro copo. Ela ficou olhando atentamente o processo.

Perguntei se os dois copos continuavam com o mesmo tanto de água, ou se algum deles tinha mais água que o outro. Isadora apontou o copo que havia sido transferida a água. Eu perguntei se aquele tinha mais água, e ela fez que sim. Perguntei por quê? Isadora respondeu: “encheu! “. Enfatizei a resposta dela: “Esse tem mais água por que encheu? ‘, e Isadora concordou mais uma vez. Isadora mantinha-se atenta a todos meus movimentos, sem irar os olhinhos curiosos de mim e de todos os objetos que ia pegando. O próximo passo foi pegar duas massinhas de modelar.

Quando Isadora viu a massinha ficou toda animada e disse toda sorridente: “Hum, que massinha linda! “. Eu disse a ela que depois deixaria a massinha pra ela brincar. Coloquei as massinhas na mesa e disse à Isadora que a massinha tinha o mesmo tanto e perguntei se ela concordava. Ela fez que sim. Então pedi a el PAGF 10 a massinha tinha o mesmo tanto e perguntei se ela concordava. Ela fez que sim. Então pedi a ela que me ajudasse a fazer uma bolinha (peguei uma massinha e ela a outra). Ela quis saber se poda cortar e eu explique que não, que era para fazer com toda aquela massinha.

Isadora achou a massinha dura pra ela e perguntei se ela queria ajuda, então terminei de fazer a bolinha com a massinha dela. Coloquei as bolinhas lado a lado e perguntei se continuavam com o mesmo tanto de massinha ou se alguma delas tinha mais massa que a outra. Isadora achou que a massinha rosa estava maior que a amarela. Perguntada o porquê, ela respondeu: “porque fez bolona”. Enfatizei então: “Essa bolinha está maior? ” e Isadora concordou. Peguei então a massinha amarela e disse a estiquei, igual uma obrinha e perguntei à Isadora se tinham a mesma quantidade de massa.

A resposta foi que a amarela tinha mais massa e perguntada o porquê, ela respondeu: “porque você fez assim… uma cobrinha (e fez o movimento que tinha feito para esticar a massinha). Então eu disse: “Ah, ele está mais esticado? ‘ , e ela fez que sim com a cabeça. No próximo passo, peguei algumas moedas. Isadora ficou empolgadíssima e pediu as moedas toda sorridente. Coloquei- as em duas fileiras com igual quantidade de moedas, alinhadas umas ao lado da outra e perguntei se as duas fileiras tinham a esma quantidade de moedas (Isadora não desprende o olhar das minhas ações).

Parou um pouco e respondeu que tinha. Juntei as moedas de uma das fileiras e perguntei se ainda tinha o mesmo tanto de moedas nas duas fileiras. Isadora disse que não com toda convicção, sem titubear tinha o mesmo tanto de moedas nas duas fileiras. Isadora disse que não com toda convicção, sem titubear. Então perguntei qual fileira tinha mais moedas. Ela apontou para a que estava mais comprida e disse: “Essa! ” perguntei porquê e ela disse: “Porque você fez desse jeito”, e mostrou a fileira que eu havia juntado.

Enfatizei: “Ah, porque esse está mais esticado? ‘, e Isadora disse que sim. Então, a fileira que estava com as moedas todas juntas, foram esticadas de forma que ficasse maior que a outra. Perguntei se agora tinham a mesma quantidade de moeda, e Isadora fez: “Hum, hum”, balançando a cabeça negativamente. Perguntada sobre a que tinha mais moedas então, ficou meio indecisa. Disse que era a que estava mais curta. perguntei por quê e ela respondeu que era porque tinha três. Perguntei: “Tem três? Conta pra mim. Ela contou e parou no três (tinham cinco moedas). edi para contar novamente. Nesse momento ela contou cinco. Então eu disse: Então essa fileira é maior que essa (a mais esticada). Ela disse que não. Eu disse com voz de espanto: “Não? ‘, e Isadora apontou empolgada que a outra fileira tinha mais moedas. Perguntada sobre o porquê, ela disse que era porque estava esticada. mim (dinossauro). O terceiro objeto ficou mais afastado (livro de figurinhas da Dora). Ao ser questionada sobre qual objeto estava mais próximo a mim e a ela, Isadora respondeu corretamente sem titubear.

Para finalizar, perguntei à Isadora se ela tinha irmãos. Ela entusiasmadíssima apontou para a mãe finalizar, perguntei à Isadora se ela tinha irmãos. Ela entusiasmadíssima apontou para a mãe e gritou: “Ah, ali na barriga! ” (a mãe de Isadora está grávida). Então perguntei quantos irmãos ela tinha: “Um…. dois! ” Como ela deu duas respostas, perguntei novamente e ela respondeu: “Eu e ele. ” Então perguntei quantos irmãos, o irmão dela tinha, e ela respondeu: “Não sei! ” Brinquei com Isadora: “Então você tem dois irmãos? , e ela mudou a resposta dizendo que tinha só um “tato”, mas ao ser perguntada quantos irmãos o tato dela tinha, ela respondeu, “Uai, nenhum! ” Conclusão A partir do experimento realizado com as duas crianças pude bservar o processo evolutivo de cada faixa etária, entendendo melhor cada um dos estágios elencados por Piaget. É no estágio operatório concreto que a criança adquire a capacidade de realizar operações, conforme se obsewou no experimento. Carvalho, (2006) define operação como “a ação interiorizada – realizada no pensamento – composta por várias ações; reversivel – pode voltar ao ponto de partida.

A criança já consegue realizar operações, no entanto, precisa de realidade concreta para realizar as mesmas, ou seja, tem que ter a noção da realidade concreta para que seja possível à criança efetuar as peraçoes” Nesse sentido, conforme se observa com o experimento, se Isadora (pré-operatório)não conseguiu perceber que a quantidade era a mesma independentemente do formato do copo, Bárbara (operatório concreto) já percebe que a quantidade do líquido é a mesma, pois já compreende a noção de volume, bem como peso, espaço, tempo, classificação e operações numéricas. oção de volume, bem como peso, espaço, tempo, classificação e operações numéricas. O mesmo processo pode ser observado ao analisar as respostas com a massinha de modelar e com a fileira de moedas. Piaget conforme ressalta Carvalho (2006), apercebeu-se da grande dificuldade que as crianças do pré-operatório têm em compreender a reversibilidade das relações.

Para Piaget, a criança do pré-operatório não tem mobilidade suficiente para compreender que quando uma determinada ação já está realizada podemos voltar atrás, conforme se observa com o experimento feito com Isadora. Nesse sentido, Isadora também não consegue ver que seu irmão (ou irmã, uma vez que a mãe está grávida e não sabe o sexo anda) tem uma irmã. Desta Referências: CARVALHO, Sílvia Pires de. O crescimento da criança segundo Piaget. Escola Secundária de Fafe, 2006. Disponível em: http://www. otapositiva. com/trab_estudantes/trab_estudantes / psicologia/psicologia_trabalhos/cresccriancapiaget. htm SABINI, Maria Aparecida Cória. Psicologia do Desenvolvimento. Série Educação – 2a edição – São Paulo, Editora Ática, 1997. Disponível em: http://ufscar. bvirtual. com. br/editions/2802-psicologia-do -desenvolvimento-2a-edicao. dp? search_id=9775539&search TERRA, Márcia Regina. O desenvolvimento humano na teoria de Piaget. Disponível em: http://www. unicamp. br/iel/site/alunos ‘publicacoes/textos/d00005. htm

Bullying

0

Editorial Bullying: mais uma epidemia invis[vel? Bullying: another invisible epidemic? Marisa Paláciosl Sergio Reg02 Foi divulgado, em 2003, o relatório

Read More

Questionário de produtividade

0

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO QUESTIONÁRIO PRODUTIVIDADE SÃO PAULO 2012 FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SAO PAULO 1) O que

Read More