Historia e o tempo
O conceito de tempo histórico pode estar limitado ao estudo do tempo cronológico (calendários e datas),por exemplo: *Calendário Judaico (Hebreus) *Calendário Cristão (Nascimento de Cristo) *Calendário Islâmico (Maomé) *Calendário Maia Ou seja Para organizar melhor o tempo os seres humanos criaram ao longo dos tempos diversas unidades de medida do tempo, tais como a hora, dia, mês, ano e o século. O tempo é um dado fundamental no trabalho do historiador. ar 3 to view nut*ge repercutindo em uma compreensão dos acontecimentos como endo pontuais, uma data, organizados em uma longa e infinita linha numérica.
Os acontecimentos, Identificados pelas datas, assumem a idéia de uniformidade, de regularidade e, ao mesmo tempo, de sucessão crescente e acumulativa. A sequenciação dos acontecimentos sugere ainda que toda a humanidade seguiu ou deveria seguir o mesmo percurso, criando assim a idéia de povos “atrasados” e “civilizados” e ainda limitando as ações humanas a uma ordem evolutiva, representando o tempo presente um estágio mais avançado da história da humanidade.
O tempo histórico pode ser dimensionado diferentemente, considerado em toda sua complexidade, cuja dimensão o aluno apreende paulatinamente. O tempo pode ser apreendido a partir objeto social construído pelos povos, como no caso do tempo cronológico e astronômico (sucessão de dias e noites, de meses e séculos). O tempo histórico compreendido nessa complexidade utiliza o tempo institucionalizado (tempo cronológico), mas também o transforma à sua maneira.
Isto é, utiliza o calendário, que possibilita especificar o lugar dos momentos históricos na ucessão do tempo, mas procura trabalhar também com a idéia de diferentes níveis e ritmos de durações temporais. Os níveis das durações estão relacionados à percepção das mudanças ou das permanências nas vivências humanas. As mudanças podem ser identificadas, por exemplo, apenas nos acontecmentos pontuais, como no caso da queda de um governo, da implantação de uma lei, do início de uma revolta popular.
Podem ser identificadas, por outro lado, a partir de acontecimentos que possuem durações mais longas, como nas permanências e nas transformações econômicas regidas or governos ou partidos políticos, na permanência de crises financeiras ou na duração de uma lei ou costume. Podem, ainda, ser identificadas em acontecimentos de longuissimo tempo, como os comportamentos coletivos mais enraizados, os valores e as crenças que permanecem por gerações, as relações de trabalho que atravessam séculos.
A Independência do Brasil, por exemplo, representou no plano político uma mudança no regime de governo, que pode ser relacionada a uma data (7 de setembro de 1822). No plano econômico, as mudanças não foram, todavia imediatas, já que rompimento com a dominação portuguesa se manifestou, inclusive, nas políticas de D. João VI no Bra PAGFarl(F3 com a dominação portuguesa se manifestou, inclusive, nas politicas de D. João VI no Brasil, desde 1808.
No plano das relações de trabalho, por sua vez, a Independência não representou mudanças significativas, já que a escravidão permaneceu ainda por muitas décadas (século XVI ao final do XIX). Os ritmos da duração, por sua vez, possibilitam identificar a velocidade com que as mudanças ocorrem. Assim, podem ser dentificados três tempos: o tempo do acontecimento breve, o da conjuntura e o da estrutura. O tempo do acontecimento breve é aquele que representa a duração de um fato de dimensão breve, correspondendo a um momento preciso, marcado por uma data. ode ser, no caso, um nascimento, a assinatura de um acordo, uma greve, a independência política de um pais, a exposição de uma coleção artística, a fundação de uma cidade, o início ou o fim de uma guerra. O tempo da conjuntura é aquele que se prolonga e pode ser apreendido durante uma vida, como o período de uma crise conômica, a duração de uma guerra, a permanência de um regime politico, o desenrolar de um movimento cultural, os efeitos de uma epidemia ou a validade de uma lei.
O tempo da estrutura é aquele que parece imutável, pois as mudanças que ocorrem na sua extensão são quase imperceptíveis nas vivências contemporâneas das pessoas. É a duração de um regime de trabalho como a escravidão, de hábitos religiosos e de mentalidades que perduram, o uso de moedas nos sistemas de trocas ou as convivências sociais em organizações como as cidades. PAGF3ÜF3