Ira x inglaterra

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Origem do Conflito A história da Irlanda remota ao século IV a. C. quando tribos celtas de origem gaulesa se estabeleceram na ilha e fundaram a civilização Gaélica. A ilha foi cristianizada por São patrício, entre os séculos III e V, o que fez com que a região se tornasse uma das mais avançadas da civilização européia Antes de 1169, a ilha havia sido um país tribal e bárbaro, pois durante o século VIII a região foi invadida pelos Vikings que começaram a saquear os monastérios irlandeses.

Acabaram instalando-se no país o que ocasionou a formação de alianças com os chefes e fam século X era soment m r 17 A ilha começa a ser c qua: tomando Wexford e reconhecido pelo pa tão Dublin, que no iking. glesa, em 1169, ‘nglês Henry II é , e toma a cidade de Waterford, declarando-a como cidade real. Os lordes ingleses instalaram sua base de poder na Irlanda, sem permitir o controle da Inglaterra.

Com esse fato percebe-se que o que estava em questão era o aumento do poder real com a conquista de mais territórios e não uma questão religiosa, pois nessa época o protestantismo ainda não havia sido estabelecido, sendo que dessa forma, a nobreza irlandesa tornava-se vassala do rei e consequentemente passava lhe dar benefícios, tanto em géneros, como em tributos ou inclusive em homens para a formação de exércitos.

Apesar de entrar para a história como Rei da Inglaterra (título que conquista de fato), Henrique II Swlpe to vlew next page II era, na verdade, de sangue normando – os normandos eram parentes dos mesmos vikings que aterrorizaram a Irlanda, mas que haviam se estabelecido no norte da França, na região que passou a ser conheclda como Normanda (terra dos normandos). Um século antes de Henrique II, sob o comando de William, “o Conquistador’, os normandos subjugaram os ingleses e izeram da Inglaterra uma extensão de seu reino na Normandia.

Tecnicamente falando, Henrique II enquanto “Rei da Inglaterra” era, também ali, um invasor, um forasteiro, cuja lealdade estava muito mais voltada à Normandia do que à Inglaterra. Então, em 1 175, o rei impõe seu poder através do Tratado de Windsor, através do qual passaram a valer as leis inglesas para a Irlanda. O país fica sendo, portanto, uma área de irlandeses e ingleses que se estabeleceram dispersamente por várias regiões.

Desde o principio, manisfestaram-se profundas diferenças de temperamento entre os irlandeses e os ingleses, diferenças xarcebadas pela divergência de língua e que se tornaram ainda mais acentuadas depois da Reforma Protestante, iniciada em 1 534, pelo rei Henrique VIII, quando ele rompe com o Vaticano e estabelece, posteriormente na ilha, a religião protestante. Os ingleses fizeram-se protestantes, porém os irlandeses permaneceram católicos, preservando sua identidade nacional.

O domínio inglês na Irlanda foi, desde o principio, uma guerra civil intermitente, devido os conflitos de línguas e das leis de terra de herança dos dois povos. com a Guerra dos cem Anos (1337 – 1453) e a Guerra das Duas Rosas (1455 – 1485), o domínio da Inglaterra sobre a Irlanda retr PAGF70F17 (1337 — 1453) e a Guerra das Duas Rosas (1455 – 1485), o domínio da Inglaterra sobre a Irlanda retraiu-se.

Posteriormente, para fortalecer a presença inglesa no país irlandês foi inserido o sistema de plantations (exploração das terras pertencentes aos irlandeses, mas cedidas aos senhores ingleses), foi uma política intensificada no reinado de Elizabeth (1 558-1603) o que ocasionou o início da exclusão dos católicos da vida pública, provocando as primeiras revoltas dos irlandeses, duramente reprimidas pela rainha anglicana e absolutista que cabou os despojando de suas terras tornando propriedades de colonos ingleses.

Em 1534, passa a valer o Ato de Supremacia, ou seja, A Igreja Anglicana, criada pelo próprio rei no contexto da Reforma Protestante, é reconhecida pelo Parlamento como Igreja Oficial do Estado. O poder dos ingleses se consolidou com Henry VIII e Elizabeth l. A partir daí é que o conflito passa a ter feições religiosas, visto que, as igrejas eram vistas como instrumentos de poder, porém os irlandeses nativos e ingleses católicos se rebelaram, gerando em 1 641 um conflito sangrento, devido a situação de exploração e iséria, e de imposições político-religiosas.

Começa na Inglaterra a Revolução puntana (1540-1648), o que provocou em 1649 a queda da Monarquia, de Charles l, ea Proclamação de uma República dirigida por Oliver Cromwell – um calvinista fanático e anticatólico que chegou à ilha para mostrar a sua força contra as medidas tomadas pelos irlandeses que provocaram outras rebeliões, deixando um rasto de morte e destruição, vastas extensões de terras foram confiscadas e pa deixando um rasto de morte e destruição, vastas extensões de terras foram confiscadas e passaram para as mãos de rotestantes recém-chegados, ingleses e escoceses.

O sistema de plantations estendeu-se ainda mais. Somente no Ulster, as terras entregues aos protestantes foram divididas em pequenas propriedades. Isso fez com que o número de protestantes ficasse mais próximo da maioria católica. Após a morte de Cromwell, a monarquia foi restaurada na Inglaterra, com a volta da Dinastia Stuart, em 1688, o rei Jaime II, católico e com tendências absolutistas, foi destronado pela Revolução Gloriosa. Apoiado por Luís XIV da França, Jaime II destina-se a Irlanda em 1 690 e lidera uma revolta dos irlandeses contra a dominação inglesa.

No ano seguinte, porém, suas forças foram batidas pelo novo rei da Inglaterra, Guilherme III de Orange. Em 1695 foram implantadas rigorosas leis penais, conhecidas como Código papal. Os católicos foram proibidos de comprar terras, criar seus filhos como católicos, e de fazerem parte do exército ou das atividades jurídicas. Toda a cultura, música e educação irlandesa foram banidas. A religião e a cultura foram mantidas vivas secretamente em escolas ilegais.

A repressão inglesa e o sentimento nacionalista foram responsáveis pela eclosão de uma Revolução em 1798, dirigida por uma sociedade ecreta denominada Irlandeses Unidos. 17 que ainda restava de independência com o governo para obter segurança Britânica, e em Ato de União de 1800 uniu, politicamente, a Irlanda à Grã-Bretanha, sendo que em 1801, o dominio britânico é formalizado, através da Incorporação da Irlanda à Grã-Bretanha a partir da constituição do Reino Unido.

Em 1829, o governo britânico, concedeu direitos civis e políticos aos católicos do Reino Unido, que incluía Irlanda. Contudo, como o voto era censitário, a grande maioria dos irlandeses continuou politicamente marginalizada. A formação da Associação Católica pelo líder popular Daniel O’ Conell permitiu alguma emancipação dos católicos, mas a resistência foi abalada pela tragédia da Grande Fome, entre os anos de 1847 e 1848, uma praga na cultura das batatas, o alimento básico de irlandeses miseráveis, fez com que oitocentos mil católicos morressem de inanição.

Como o governo britânico nada fez para amenizar o ocorrido, milhões de irlandeses migraram para os Estados Unidos até o início do século XX. Em 1905 é fundado o Sinn Féin (“Nós Sozinhos”, “Nós Mesmos” ou “Nós Próprios”) importante movimento nacionalista que e propunha a lutar pela soberania da Irlanda de forma legal, fortalecido, o Sinn Féin proclamou unilateralmente a independência da Irlanda, provocando a reação inglesa com a sua Força de Voluntários do Ulster, formação paramilitar destinada a apoiar as tropas britânicas na Irlanda.

Nessa época, o Ulster já era uma regiao industrializada onde a maioria era formada por protestantes. Eclodi a Primeira Guerra Mundial, em 1914, o governo inglês, com aceitação das lideranças irlandesas mais modera Primeira Guerra Mundial, em 1914, o governo inglês, com aceitação das lideranças irlandesas mais moderadas, suspendeu s trâmites para o Home Rule (autogoverno por devolução ou independência).

Novamente os Irlandeses viram-se convocados para lutar em guerras que não eram as suas, retomando o seu infeliz destino de, como versou William Yeats, “Guerrear a quem não odiavam e proteger a quem nao amavam” No Domingo de Páscoa de 1916, aconteceu em Dublin uma revolta nacionalista, um grupo de militantes do Irish Republican Brotherhood, a Irmandade Republicana Irlandesa (precursora do IRA) determinou-se por uma revolta em Dublin. Liderados por Patrick Pearse, lançaram-se numa aventura espetacular e suicida. Em abril daquele ano, no chamado Easter Rislng, o

Levante da Páscoa, os voluntários do IRB ocuparam vários pontos estratégicos da capital e proclamaram a República Irlandesa. As repercussões sangrentas de 1 916 deram um salto para a independencia irlandesa, e nas eleições gerais britanicas de 1918, o Sinn Fein elegeu a mioria dos deputados irlandeses ao Parlamento inglês, tendo como Primeiro Ministro — Jmaes Craig, e no ano seguinte proclamou unilateralmente a independencia da Irlanda, formando, então a primeira Assembléia irlandesa. As tropas brltânicas e os Voluntários do Ulster reagiram com violência à vitória dos irlandeses, o que foi denominado de a

Guerra Anglo-lrlandesa, com a morte de 1824 pessoas e que durou de 1919 a 1921. Depois de dois anos de conflitos, em 6 de dezembro de 1921, foi assinado o Tratado Anglo- Irlandês ou Tratado de Londres, pelo qual a Irlanda tornou-se um Estado in Tratado Anglo- Irlandês ou Tratado de Londres, pelo qual a Irlanda tornou-se um Estado independente, com 26 condados irlandeses, porém considerado ainda como domínio da coroa inglesa, integrando a commonwelth, e que permitiu que seis, protestantes, optassem pela exclusão.

Commonwealth (Comunidade Britânica das Nações) é uma associação de territórios autônomos, mas dependentes do Reino Unido, criada em 1931 e formada atualmente por 54 nações, a maioria das quais independentes, mas incluindo algumas que ainda mantêm laços políticos com a antiga potência colonial britânica. Até 1946, o nome original era Comunidade Britânica. A rainha Elizabeth II é a atual chefe titular da associação. É formado em 1927, o Reino Unido, denominado assim pela união da Grã-Bretanha (Inglaterra, pais de Gales e Escócia) com a Irlanda do Norte.

A independência foi obtida a partir da Constituição de 1 937, para completar o fato o sul da Irlanda se declara República, em 1948, e assa a denominar-se EIRE, desvinculando-se completamente da monarquia britânica, porém essa situação só foi reconhecida pelo Estado Britâncio em 1949. E em relação ao Ulster, o governo inglês só concendeu uma certa autonomia, passando a denominar-se como Irlandoa do Norte. Entretanto, o Eire era um pala agrário, compossiblidades econômicas limitadas e uma taxa de crescimento demográfico e elevada para os padrões da Europa Ocidental.

Por essa razão, muitos católicos do Sul migraram para a Irlanda do Norte em busca de trabalho; atualmente consitituem quase 40% da opulação local, mas sofrem forte discriminação por parte da maioria protestante. quase 40% da população local, mas sofrem forte discriminação por parte da maioria protestante. Violência A partir dos anos 60, devido a divisão da Irlanda a situação começa a ficar mais tensa, tornando a região palco de violentos disturbios provocados pelas reivindicações da minoria católica pró unificação.

A existência de uma só Irlanda não é interessante para os protestantes, pois se tornariam minoria, daí o motivo de serem contra. A luta contra o separatismo é disputada entre vários partidos, prós e contras. Alguns legalmente constituídos, outros clandestinos que combinam estratégias políticas elou militar- terrorista. No ano de 1 968, percebe-se uma enorme instabilidade no norte da Irlanda, ocorrendo manifestações pelos direitos civis, que são depois violentamente reprimidas.

Tropas são enviadas, em 1969, a Derry e Belfast, legitimando o IRA Provisional por Tom Maguire O Exército Republicano Irlandês (IRA), ressurge, depois de fracassadas as medidas pacíficas. Surge, então, em 1969, o IRA “oficial” que condena o terrorismo eo IRA “provisório”, dominante na Irlanda do Norte, que pratica ações terroristas rdenadamente, como forma de chamar a atenção da opinião pública internacional e pressionar o governo britânico, visando a soberania da Irlanda do Norte em relação a Grã-Bretanha, e em última instância, a integração com a República da Irlanda.

Outro episódio ocorrido, devido a ação das forças britanicas e irlandesas foi o “Bloody SundaY em Londonderry. No dia 30 de janeiro, quatorze civis católicos morreram sob os disparos dos pára-quedistas britânicos. No dia 30 de janeiro de 19 católicos morreram sob os disparos dos pára-quedistas britânicos. No dia 30 de Janeiro de 1972, na cidade de Derry, a Irlanda do Norte, foi realizada uma passeata pelos direitos humanos. Sem motivo aparente, soldados brltânicos atiraram e mataram treze pessoas desarmadas e, a princípio, sem qualquer conexão com o IRA.

Esse fato ficou conhecido como ‘Domingo Sangrento”, e marcou o começo do conflito que transformou-se em guerra civil. Em 21 de novembro de 1974 é realizado outro ataque em Birmingham. Uma das piores atrocidades cometidas pelo IRA na Inglaterra. As explosões em dois bares no centro da cidade, deixou 21 mortos e dezenas de feridos. Seis homens foram presos, conhecidos como Birmingham Six, mas foram soltos 16 nos depois por falta de provas. Em 5 de outubro um novo atentado, uma explosão no Guildford pub. Quatro irlandeses foram presos – conhecidos como Guildford Four – no que e se transformou num dos maiores erros da Justiça do Reino Unido.

Gerry Conlon, Paul Hill, Paddy Armstrong e Carole Richardson, jovens irlandeses, foram presos, torturados, interrogados e condenados à prisão perpétua. Toda a família de Gerry foi presa como cúmplice: o pai Giuseppe, a tia Anne Maguire, seu filho de quatorze anos e seu marido. Passaram mais de dez anos na prisão, acusados de participação no ataque do IRA, em 1974, contra o “pub” (bar) “Horse and Groom”, de Guildford, nos arredores de Londres. O atentado matou quatro soldados e um civil. No tribunal, foi descoberto que, entre as provas obtidas mediante procedimento secreto, havia prova da inocência de Gerry Conlon.

Essa prova fora surrupiada da defe PAGF40F17 Essa prova fora surrupiada da defesa, dos autos e do magistrado. Em outubro de 1989, o Tribunal de Apelação de Londres anulou as sentenças dos “quatro de Guildford” devido às dúvldas surgidas sobre as provas obtidas pela Polícia de Surrey (arredores de Londres), utilizadas para condená-los. Gerry Conlon e Paul Hill nao se conformaram com simples ndenização (mais de 500. 000 libras). Eles começaram a lutar pela publicidade dos processos indenizatórios nos casos de erro judiciário e esperaram pedido de desculpas do governo britânico.

Em junho de 2000, Tony Blair escreveu à esposa de Paul Hill, americana, aliás filha de Robert Kennedy, carta de desculpas pelo erro judiciário. Os outros não receberam desculpa alguma e nenhuma ajuda governamental, fora a indenização (segundo o jornal Guardian, de 6 de junho de 2000). O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pediu em 9 de fevereiro de 2005, perdão aos chamados “quatro de Guildford”, ondenados erroneamente por um atentado do IRA, num dos maiores erros da Justiça do Reino Unido. É preciso lamentar quando alguém sofre um erro da Justiça. Houve um erro judicial no caso de Gerard Conlon e todos os ‘quatro de Guilford’, como também de Giuseppe Conlon, Anne Magulre e todos os Maguire”, disse Blair. n”Reconheço o trauma que a condenação causou aos Conlon e à família Maguire, e o estigma associado incorretamente a eles até o dia de hoje”, afirmou. A anulação somente foi possível depois que uma nova investigação, de outra força policial, a de Avon e Somerset (sudeste da Inglaterra), encontrou erros g

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