Monopólio e oligopólio

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INTRODUÇÃO Competir ou cooperar é um dilema sempre atual, estudado por administradores, economistas, matemáticos e cientistas sociais. Apesar de perene, tal conflito não admite solução trivial. Indivíduos, famílias, empresas e nações se têm defrontado com a gangorra do poder, ora dos compradores, ora dos vendedores.

Fazer concessões para alcançar acordos, negociar para produzir benefícios mútuos, obter informações para gerar vantagens são táticas que produzem resultados muito distintos: algumas visam à substância negociada — ganhos tangíveis de curto prazo; outras, o relacionamento entre as partes – ganhos intangíveis de longo prazo. Nas últimas décadas grandes mudanças. fatores estruturais, e atraindo novos agent desenvolvidas têm d caç or 18 mpresas apresenta s advindas de irram a competição, as economias mpos e as ameaças inesperadas que trazem consigo o fantasma da recessão.

Os oligopólios vivem crises transformadoras. No atual cenário globalizado muitas indústrias de renome, que lideravam o mercado, são frontalmente ameaçados por desconhecidos fabricantes, substitutos com desempenho superior, e preços incomparavelmente baixos. Outros concorrentes simplesmente ucumbiram diante da competição. Em economias emergentes como o Brasil, foram marcantes as mudanças. O ambiente dos anos 70, que se organizava com poucos fornecedores, torna-se altamente concorrencial nos anos 90.

A estrutura estável de mercado, antes garantida por reservas de mercado e alianças de coopera Swlpe to vlew next page cooperação, dá lugar à iniciativa individual e acirradas disputas. Enquanto os agentes econômicos aprendem no novo ambiente, os lucros se redistribuem entre os diferentes grupos de interesses, modificando a atratividade dos setores e desafiando as escolhas dos investidores. Com o objetivo de identificar os beneficios e os beneficiários do valor gerado em um oligopólio, examinou-se neste estudo o efeito, ora da cooperação, ora da competição, para diversos grupos de interesses (stakeholders).

CONCEITO DE OLIGOPOLIO Um Oligopólio corresponde a uma estrutura de mercado de concorrência imperfeita, caracterizada pelo fato do mercado ser dominado por um número reduzido de empresas produtoras pelo que, uma única empresa tem algum poder para sozinha influenciar o preço do bem. Num oligopólio, os bens produzidos podem ser homogêneos ou apresentar alguma diferenciação endo que, geralmente, a concorrência se efetua mais ao n[vel de fatores como a qualidade, o serviço pos-venda, a fidelização ou a imagem, e não tanto ao nivel do preço.

Uma característica importante dos oligopólios é o fato de estarem em setores com fortes barreiras à entrada, sejam elas os elevados custos de entrada, a existência de uma escala mínima de eficiência muito elevada, a existência de fortes economias de experiência, as limitações legais, ou outras. Os oligopólios são muito comuns, sendo muito frequente encontrá-los em alguns setores da indústria, transportes e comunicações, nos quais as arreiras à entrada são elevadas.

Uma tendência de evolução dos oligopólios é para os oligopólios de conluio (ou cartel), nos quais os oligopolistas se organizam entre si e em conjunto tomam decisões sobr 18 cartel), nos quais os oligopolistas se organizam entre si e em conjunto tomam decisões sobre a oferta e os preços. Em situações de cartel, os preços e quantidades transacionadas no mercado tendem a aproximar-se dos preços e quantidades que ocorreriam numa situação de monopólio.

Geralmente, este tipo de práticas é ilegal pelas leis anti-trust devido aos efeitos nefastos ue origina na economia e aos prejuízos que acarreta para os consumidores. DEFINIÇÃO E PRINCIPAIS CARACTERíSTICAS As organizações podem fazer parte do mercado oligopolista das seguintes formas: oligopólio concentrado (onde um pequeno número de empresas domina um determinado setor) e oligopólio competitivo (onde um pequeno número de organizações domina um setor com muitas empresas).

Os principais fatores que irão funcionar como barreira na estrutura oligopolista, são: a proteção de patentes, controle de matérias-primas chaves, tradição e oligopólio puro ou natural. Este último ocorre porque alguns produtos só podem ser produzidos por empresas de grande porte, pelo fato de exigirem um grande arcabouço tecnológico, o que amplia os custos de produção e força, naturalmente, a baixa concorrência, uma vez que apenas um pequeno número de empresas suporta esse formato. A indústria automotiva é um exemplo de oligopólio natural.

Por conta da existência de um reduzido número de empresas dominantes no mercado, elas têm o poder de fixar os preços de venda nos seus termos. O objetivo é antecipar-se ao movimento do concorrente para agir de forma eficaz. Uma vez que, nessa strutura, há uma interdependência entre as empresas, a alteração de preço ou qualidade de uma afeta, diretamente, as demais organizações a alteração de preço ou qualidade de uma afeta, diretamente, as demais organizações de um determinado ramo.

Na qual pode-se afirmar que o oligopolista é bastante cônscio da concorrência. O oligopólio é a estrutura que prevalece no Ocidente, incluindo o Brasil, em mercados como o de transporte aéreo e rodoviário, nos setores químico e siderúrgico, por exemplo. Em resumo, são descritos como características das organizações oligopolistas os seguintes pontos: Existe um pequeno número de firmas produtoras, ou mesmo existindo um grande número de empresas, poucas dominam o mercado; * As empresas produzem um produto homogêneo (Ex. aço) ou um produto dlferenciado (Ex. : automóveis), embora com substitutos próximos (o que caracteriza uma alta elasticidade cruzada); * As firmas têm uma considerável influência sobre os preços dos produtos no mercado. As empresas podem discriminar preços e não há uma teoria geral do oligopólio, apenas casos, porque eles são muito diferentes entre si; * Existem barreiras (obstáculos) de entrada e saída de firmas rodutoras no mercado. Os lucros podem ser econômicos tanto no curto como no longo prazo.

As barreiras podem ser naturais ou artificiais. No longo prazo, são possíveis alguns ajustamentos na indústria, sob a forma de entrada de novas firmas e saída das antigas. I Sobre essas características, assegura-se não ser possível adotar uma rigorosidade na determinação das peculiaridades das organizações em oligopólio e as estruturas oligopolistas não se caracterizam por fatores determinantes puros e extremados. Os tipos possíveis e, de fato, observados na realidade são de alta vanabllidade.

Em todas as caracteristicas d possíveis e, de fato, observados na realidade são de alta variabilidade. Em todas as caracteristicas desta estrutura de mercado, os conceitos são mais flexíveis, comparativamente aos casos extremados de concorrência perfeita e de monopólio e ainda não existe um modelo ou teoria geral do oligopólio, porque eles são muito diferentes entre si (os produtos podem ser homogêneos ou diferenciados, podem ter um pequeno ou grande número de empresas, podem concorrer ferozmente ou formar cartéis, etc. . Cada caso é um caso, tornando impossível criar uma teoria geral do oligopólio. MODELOS DE OLIGOPÓLIO podemos classificar as empresas oligopolistas através das seguintes determinações: ‘k Teoria Marginalista (neoclássica ou microeconomia tradicional): prega a maximização dos lucros no curto prazo igualando receita marginal e custo marginal, ou seja, maximizar o lucro total. Essa hipótese exige que as empresas tenham um conhecimento adequado de suas receitas (portanto, da demanda por seu produto), bem como de seus custos.

Os modelos mais significativos são o cartel perfeito (oligopólio conivente e organlzado), o duopólio, a liderança de preço (oligopólio conivente não organizado) e a rigidez de preços ou demanda quebrada (oligopólio não conivente e não organizado). * Teoria da Organização Industrial (moderna): objetiva maximizar o crescimento da empresa mantendo uma margem (mark-up) sobre os custos (princípio do custo total). Exemplo de Empresas que praticam Oligopólio: * Empresas aéreas* – GOL, TAM, Varig. Empresas de telefonia móvel e celular – Claro, Oi, Tim, Telemig Celular. * Empresas de Gases Industriais e hospitalares – White Martins, Oximil. Telemig Celular. CONCEITO DE MONOPOLIO Um Monopólio corresponde a uma estrutura de mercado xtrema de concorrência imperfeita, caracterizada pelo fato de que o bem transacionado nesse mercado é oferecido por uma única empresa. Nesta situação, essa empresa tem o poder para, sozinha, determinar o preço do bem.

Pelo fato de ser a origem de importantes ineficiências de mercado, os governos têm vindo ao longo dos anos a desenvolver esforços no sentido de evitar ou pelo menos atenuar os efeitos desta forma extrema de concorrência imperfeita. Uma das medidas adotadas é a criação de leis anti-trust que impedem ou dificultam a fixação coordenada de preços ou a divisão do mercado pelos concorrentes. No caso dos monopólios naturais e monopólios criados pelo próprio Estado, são geralmente adotadas medidas de regulamentação dos preços e até mesmos dos resultados das empresas que detêm os monopólios.

AS VARIAS FORMAS DE MONOPOLIO. Praticar monopólio é ilegal, diversos países têm se voltado contra esse tipo de procedimento, embora sem alcançar grandes resultados, pois grandes corporações empresariais encontram maneiras de “dribla”‘ as leis dos países nos quais estão instaladas. Um dos princípios do capitalismo é a livre concorrência, no entanto, um elevado percentual de grandes empresas pratica lgum tipo de monopólio com o objetivo de atingir maiores margens de lucro.

O monopólio pode ser executado de diversas maneiras, essa variação desencadeia o surgimento de nomes diferentes. Hoje existe uma forma mais atual de monopólio, denominada de oligopólio. A distinção entre o mona ólio e o oligopol PAGF 18 mais atual de monopólio, denominada de oligopólio. A distinção entre o monopólio e o oligopólio está basicamente no número de empresas envolvidas, o primeiro é praticado por uma unica empresa e o segundo por várias.

Desse modo, as principais práticas monopolistas são: Truste: é uma forma de oligopólio desenvolvida a partir da junção de um grupo de empresas que se anulam quanto às suas respectivas autonomias para compor uma única corporação de maneira que possa se fortalecer, além de obter uma hegemonia em determinado mercado, controlando a disponibilidade de mercadorias e preços. Existem dois tipos de trustes, o vertical (atua em vários ramos) e horizontal (atua no mesmo ramo).

Cartel: corresponde a uma prática ilegal que fere o direito do consumidor, ocorre a partir do encontro de empresas autônomas e independentes de um mesmo setor de atividade que discutem depois estabelecem acordos para fixar preços praticados a fim de não haver variação dos mesmos, dessa forma exerce também domínio na oferta de um determinado produto. Holding: palavra inglesa que traduzida para português significa sociedade gestora de participações socials. Essa prática é considerada como a forma mais evoluída de acumulação de capital.

Holding é uma espécie de empresa criada com a finalidade de dirigir outras empresas de atividade produtiva. Holding corresponde à formação de uma sociedade, no qual se adquire ações de forma majoritária de um grupo de empresas. O ato de possuir a maioria das ações condiciona a obtenção maior do poder, então passa a gerir todas as suas subordinadas. A intervenção apresentada visa ampliar a composição do captal das empresas parceiras. Há duas formas de intervenção apresentada visa ampliar a composição do captal das empresas parceiras.

Há duas formas de aplicação do holding, a pura (participa apenas no capital de empresas) e a mista (participa financeiramente e também produtivamente). EXEMPLO DE EMPRESAS QUE PRATICAM MONOPÓLIO: * A Petrobrás no que tange a exploração do petróleo em águas profundas no Brasil. De certa forma, mesmo que a legislação já permita que outras empresas explorem petróleo no Brasil a Petrobrás é grande o suficiente para que, se quisesse, controlar o preço da comódite. * A Celg no que tange a distribuição de energia elétrica em Goiás. * Determinada empresa de ônibus que serve a um determinado bairro.

Normalmente isso acontece em grandes centros urbanos, nos bairros mais afastados, onde há apenas uma linha de ônibus (uma única viação), que presta o serviço àquela comunidade ou bairro. O mesmo acontece na maioria das concessões de linhas entre cidades no país. ESTRUTURAS DE MERCADO Na concorrência pura ou perfeita, um número elevado de empresas produz bens idênticos em ambiente de simetria informacional, ou seja, todas as empresas sabem onde comprar insumos baratos e todos os consumidores onde comprar produtos baratos (ex: estrutura teórica ideal).

Na concorrência monopolista ou imperfeita, várias empresas competem com produtos diferenciados, embora substitutos próximos (ex: cigarros, refrigerantes e sabonetes). No oligopólio, que prevalece no Brasil, há um número pequeno de empresas cujos produtos são diferenciáveis, de acordo com preços, quantidades roduzidas, modelos, esforços promocionais e pontos de venda (ex: transporte aéreo, rodoviário, química, siderurgia e micro e pontos de venda (ex: transporte aéreo, rodoviário, química, siderurgia e microcomputadores). No monopólio o setor é a própria corporação, pois há um único vendedor sem produtos substitutos.

Corporações operando em regime de concorrência pura são tomadoras de preços’, definidos pelo equilíbrio entre oferta e demanda. Quando operam em mercados imperfeitos (concorrência monopolística, oligopólio ou monopólio) tornam- se ‘formadoras de preços’ e podem ajustá-los segundo seus nteresses. Nestas, a assimetria informacional constitui fonte de poder. Quando se estuda um mercado, busca-se identificar o preço e a quantidade em situação de equilíbrio. Num mercado de concorrência pura encontra-se o preço de equilíbrio, quando as quantidades ofertadas e demandadas são iguais. ara os agentes ofertantes, quando a curva da demanda é idêntica à da receita marginal, o lucro econômico tende a zero. O equilíbrio num monopólio ocorre, quando a receita marginal se iguala ao custo marginal, anulando o lucro incremental. Como neste caso as curvas de demanda e de receita marginal são iferentes, o monopolista obtém lucros econômicos positivos com um preço de equillbno supenor ao da concorrência pura, resultando quantidades demandadas inferiores. Na concorrência monopolista, o equilíbrio no longo prazo ocorre, quando novas empresas entram no mercado, forçando os lucros a zero.

Nesses mercados, cada empresa assume como premissa o preço ou a demanda, sem preocupar-se com os concorrentes. No mercado oligopolista a empresa determina preço e volume com base na expectativa de comportamento dos concorrentes. AMEAÇAS E OPORTUNIDADES PARA A SOCIEDADE, EMPRESARIOS E GOVERNO Nessas formas de me concorrentes. AMEAÇAS E OPORTUNIDADES PARA A SOCIEDADE, EMPRESÁRIOS Nessas formas de mercado, temos duas vertentes para discutir o dilema sempre atual enfrentado por firmas formadoras de preços: cooperar tacitamente pelos lucros (conluio) ou competir agressivamente pelo mercado (combate).

A competição prejudica gestores (lucros negativos), governo (menos tributos) e investidores (diminuição no preço das ações). Em contrapartida produz alguns benefícios não sustentáveis: consumidores compram mais produtos a preços menores; aumento no numero e centros de distribuição e de vendedores e elevação da sua renda significativamente; produz-se mais bens; contrata-se mais operários e investe-se mais recursos em tecnologia.

Conclui-se que para neutralizar os malefícios da competição e promover crescimento econômico sustentável deve-se buscar formas legais de cooperar na competição, assegurando atratividade ao setor, melhoria salarial com responsabilidade social, criação e manutenção de empregos, produtos de qualidade, preços baixos e direitos do consumidor. portanto os resultados mercadológicos, operacionais e inanceiros produzidos na cooperação e na competição causam impactos nas ações gerenciais sobre os resultados para cada grupo de interesse distinto.

A competição produz simultaneamente ganhos e perdas para os acionistas. Os dividendos totais pagos são maiores na competição. Entretanto o preço médio da ação é menor, e o número de ações em circulação é maior, e assim diminuindo o lucro total da indústria, e reduzindo seu valor de mercado. para os consumidores, a competição é positiva. preços menores, qualidade do produto maior e maior capilaridad

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