Nutri;’ao
Curso de Nutrição Nível de conhecimento dos hipertensos sobre o Programa de Saúde da Familia e a adesão ao tratamento de controle ? hipertensão Orientando(a): Nilson Aparecido da Silva Araujo Orientador(a): Mariana de Melo Cazal Ilhéus, BA (Nilson, você deve se é só o ano, releia as Ir ar 15 ra o TC, por ex. aqui de Saúde da Família e a adesão ao tratamento de controle ? Projeto de pesquisa do Trabalho de Conclusão do Curso de Nutrição da Faculdade de Ilhéus.
Abr/2012 Resumo A hipertensão arterial é uma doença crônica que se tornou um assistência à saúde, através de palestras educativas; tendimentos médicos e acompanhamentos para hipertensos, diabéticos, gestantes e criança. No entanto suas ações não estão focadas exclusivamente no indlviduo, e sm na familla como um todo. Portanto esta pesquisa propõe avaliar o nível de conhecimento dos hipertensos em relação ao PSF e correlacionar esse conhecimento a adesão ao tratamento de controle da doença.
Serão realizadas entrevistas utilizando um questionário semiestruturado contendo perguntas relacionadas ao PSF e a adesão ao tratamento de hipertensão. A pesquisa será direcionada para hipertensos que participam efetivamente do PSF localizado na região sul de um município do interior da Bahia, cadastrados a mais de um ano e acompanhados pela unidade de saúde Palavras chaves: Programa de Saúde da Família, Conhecimento, Hipertensão, Participação. SUMARIO INTRODUÇÃO 2. OBJETIVOS…………. 2. 1 Geral……. 2. 2 Específicos…. 3. REVISAO DE 15 6. REFERENCIAS. • • • • • • • • • • • • APENDICES… . INTRODUÇAO A instituição do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988, pela Constituição Federal, marcou a história da saúde no Brasil e foi uma grande conquista dos movimentos populares em prol da aúde, pois os mesmos lutavam por melhorias na assistência ? saúde, que até então não era um direito de todos, porém, somente da classe operária, ou seja, daqueles que tinham carteira assinada. Com o surgimento do SUS essa situação mudou, pois todos passaram a ter o direito de serem assistidos pelo serviço de saúde, com ou sem carteira assinada, pois o Estado passou a ser o responsável por garantir esse direito a todos. MATOS, 2006). Em 1994, dentro da politica do SUS surgiu o Programa Saúde da Família (PSF), com a proposta de mudança do antigo modelo e atenção à saúde que se caracterizava pela assistência centralizada na figura do médico especialista com ações curativas e tecnologias voltadas para dia násticos e tratamentos de doenças, onde o hospital io pelo qual os usuários visa prevenir as doenças e seus modos de transmissão no coletivo, através de ações de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. LEITE, 2009). A proposta do SUS para o PSF é que sejam desenvolvidas ações de promoção e proteção da saúde por uma equipe ultidisciplinar; por isso fazem parte da equipe do PSF os seguintes profissionais: Agente Comunitário de Saúde (ACS), Auxiliar de enfermagem, Médico, Nutricionista e Enfermeiro sendo esse último o responsável pela gerência da equipe. As familias acompanhadas pelo PSF devem ser cadastradas pelo ACS e residirem na área de abrangência.
Os atendimentos, tanto médlcos como de enfermagem, serão agendados no PSF pelos recepcionistas do mesmo e os procedimentos organizados conforme a demanda local, sendo que a cada dia da semana será priorizado o atendimento a um determinado grupo (gestantes/ rianças/diabetes/hipertensos). Além dos atendimentos e consultas médicas, as ações de promoção, proteção, manutenção da saúde e prevenção das doenças devem ser realizadas através de palestras educativas e visitação domiciliar, por todos os profissionais, sendo que para cada profissional existem atribuições inerentes à sua função, preconizadas pelo SUS.
Outro aspecto importante que deve ser considerado é a diferença do atendimento realizado no Hospital ou em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), com os serviços prestados pelo PSF, o qual tem sido um motivo de confusão dos usuários do serviço. No PSF só é permitido o atendimento àqueles que estiverem residindo na área de abrangência e devidamente cadastrados pelos ACS, enquanto que no Hospital e na UBS, não existem tais exigências, pois o modelo de assistência à saúde não é o mesmo preconizado pelo SUS para o PSE Embora esteja inserido na proposta do PSF um sistema de acompanham preconizado pelo SUS para o PSF. companhamento que visa controlar o agravamento dessas doenças, o programa Hiperdia, destinado para o hipertenso e diabético, ainda há usuários dos serviços, que desconhecem as propostas do mesmo, confundem com o modelo antigo e riticam os serviços a eles prestados, entre esses usuários estão os hipertensos, razão pela qual será realizado esse trabalho, pois muitos deles não conhecem profundamente as complicações da doença e por desconhecerem a proposta do PSF não adere ao tratamento de controle à hipertensão, motivo pelo qual tem se aumentado o numero de internações, episódios de AVC ou até mesmo óbito pelas complicações da doença.
Diante disso, justifica-se a realização de um estudo, em que se avalie o nível de conhecimento dos usuários hipertensos em relação ao PSF e se há correlação entre a adesão ao tratamento e controle à hipertensão e esse nível de conhecimento. Pretende-se com este estudo obter evidencias que apóiem a hipotese de que o nível de conhecimento dos usuários hipertensos em relação às propostas e ações do PSF pode influenciar na adesão ao tratamento de controle anti- hipertensivo. 2. OBJETIVOS 2. 1 Geral Avaliar o nível de conhecimento em relação ao PSF entre os usuários efetivos do SUS e a existência de correlação entre esse conhecimento e a adesão ao tratamento de controle ? hipertensão. 2. 2 Objetivos Específicos Analisar o n(vel de conheci PAGF 15 ertensos sobre o PSF. istória tem mostrado que as estratégias de saúde apresentadas pelo governo caracterizavam-se mais como interesses políticos do que com a saúde da população. (ROSA, 2005). No entanto antes da instltuição do SUS nem toda a população tinha o direito de usar os serviços de saúde, somente aqueles que tinham carteira assinada, fruto de muita luta iniciada desde a década de 20, pela classe dos ferroviários e extendida posteriormente a outras categorias profissionais os quais contribuíam com a Previdência e em contra partida recebiam assistência médica. Neste contexto histórico, a saude pública se concentrava apenas em organizar ações sanitaristas e campanhistas voltadas para o controle de doenças onde a vacinação tornou-se obrigatória.
Outros fatos importantes marcaram a histona da construção do sistema e estratégias de saúde do Brasil: a ditadura com sua repressão aos intelectuais e estudantes que eram considerados opositores ao regime ditador; o então chamado “milagre econômico” onde a prioridade dos investimentos estava focada no setor econômico, pois se acreditava que seria a solução para os problemas do país, suprimindo os nvestimentos e ações voltadas para a saúde publica tendo como conseqüências os seguintes agravos: aumento na taxa de mortalidade infantil, índices elevados de meningites, poliomielites e desnutrição conseqüente da desigualdade social provocado pela má distribuição de renda.
Essa situação tornou-se quase insustentável, pois a população estava insatisfeita, sobretudo com a questão saúde, que foi esquecida durante a ditadura. Surgem então os movimentos em prol da saúde tendo como arcabouço a luta por melhores condições de vida e saúde. (MATOS, 2006). As décadas de 70 e 80 foram cruciais no aspecto rganizacional do sistema de saúde, pois foi nesse período que aconteceu a Conferencia Internac aconteceu a Conferencia Internacional (Declaração de Alma-Ata, 1978), essa Conferencia foi importante tanto para a participação da população nas politicas publicas como para os compromissos que foram firmados em relação aos cuidados primários de saúde em vários países. (CORDEIRO, 1991).
A Reforma Sanitária foi marcada pela VIII Conferencia Nacional de Saúde na qual foi instituído o Ministério da Saúde como o órgão responsável pela administração dos serviços de saúde no Brasil. Além disso, nessa ?poca criou-se a nova Constituição Brasileira com o lema saúde como um direito de todos e dever do Estado e o surgimento do Sistema Unico de Saúde (SUS) com seus princípios doutrinários (unlversalidade, equidade e integralidade). (MS, 1991). Na década de 90, houve uma crise na saúde, pois o pais não vivia um bom momento na sua política econômica ficando impedido de empregar recursos na saúde a qual exigia suporte técnico para atender a crescente demanda. (SANTANA, 2001).
No inicio da década de 90 foi implantado no Brasil pelo Ministério da Saúde um novo modelo de atenção, não voltado ais para o indivíduo e sim para a família, a essa nova forma de atuação da saúde deu-se o nome de PSE (ROSA, 2005). O PSF trazia consigo a responsabilidade de reorganizar os serviços e orientar as ações de saúde no nível municipal a fim de fortalecer as propostas do novo modelo de assistência à saúde dando ênfase às ações de promoção e proteção da saude e prevenção contra agravos e doenças, por meio da atuação de uma equipe profissional capacitada e comprometida com as famílias que residem na área de abrangência tendo em vista as mesmas como alvo a ser assistido pelos serviços e não o individuo. (Sousa, 2008). Entre os profissionai pelos serviços e não o individuo. (Sousa, 2008).
Entre os profissionais da equipe de um PSF, o ACS é considerado a ponte que liga a comunidade ao serviço de saude, pois, o mesmo além de manter uma rotina de visitação diária a essas famílias levando todas as informações relacionadas ao serviço e ao mesmo tempo trazer essas informações à unidade, reside na mesma comunidade adscrita e conhece a realidade da mesma, com isso esse profissional consegue desenvolver uma elação de confiança com as pessoas. (fortes, 2004). Cabe ainda ao ACS prestar orientações de promoção: à saúde da criança, desde o primeiro ano de vida; à saúde do adolescente; à saúde do adulto e atenção ao idoso, principalmente portadores de doenças crônicas como Diabetes e Hipertensão. (MS, 2009). A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) por ser um agravo prevalente em vários países, tornou-se um problema de saúde publica.
Pacientes que não aderem ao controle da doença através de medicamentos e restrição de alimentos que contribuem para o aumento da pressão sanguínea podem esenvolver complicações renais, cardíacas e ate mesmo ser acometido de um episodio de acidente vascular cerebral (AVC), tornando seu estado vegetativo ou até mesmo levá-lo à morte. (KRAUSE, 2010). Segundo Strelec e cols. (2003) 30% das mortes são atribuídas ao conjunto das síndromes metabólicas destacando-se entre elas a HAS, a qual tem acometido na sua maioria os idosos. Pesquisas de âmbito nacional provaram que grande parte dos portadores de HAS não tem conhecimento sobre a doença e, por conseguinte a maioria deles não consegue controlar a pressão sanguínea. (NASCIMENTO, 2005).
Outro specto importante a ser considerado e que também está relacionado com o descontrole dos níveis pressóricos, é o comportamento do hipertenso frente às complicações da doença e sua descontrole dos níveis pressóricos, é o comportamento do hipertenso frente às complicações da doença e suas contribuições para o agravamento da mesma; isto é, o consumo de uma alimentação com excessos de sódio, gorduras saturadas, inatividade física, o consumo de bebidas e o uso do fumo. (BRASIL, 2003). No entanto, a falta de conhecimento sobre a doença ainda continua sendo uma problemática, pois o controle da ipertensão está ligada não só à adesão, mas a continuidade ao tratamento. (PlERlN, 2001 Além do mais, estudos mostram que os hipertensos podem escolher o tipo de tratamento que vão aderir se medicamentosos ou não, porém, eles devem conhecer quais são esses tratamentos e utilizá-los. (MION, 1995). Outro fator que pode ser determinante na adesão ou não ao tratamento anti-hipertensivo é a freqüência ao serviço de saúde nesse caso ao PSF. (JESUS, 2005).
Uma das estratégias do PSF seria essa de manter o acompanhamento do hipertenso monitorando frequentemente a pressão arterial (PA), a ingestão e sódio e gorduras, a regularidade na pratica de exercícios fisicos, com o objetivo não só de controlar a PA mais desenvolver hábitos alimentares saudáveis por meio de ações educativas e informativas tanto na sala de espera como em suas residências, proporcionando-lhes melhor qualidade de vida e minimizar os riscos de comprometimento em vários órgãos e de doenças cardíacas, sendo que esse acompanhamento seria através de consultas com enfermeiros e médicos que atuam no PSF. (COTTA, 2008). Dessa forma acredita-se que as açoes de promoção, prevenção e manutenção da saúde, e o conhecimento essas ações por parte dos hipertensos, por serem realizadas no PSF podem ser eficiente na adesão ao tratamento de controle ? HAS. (OLIVEIRA 2008). tratamento de controle à HAS. (OLIVEIRA, 2008). 4. Material e métodos Este estudo situa-se no campo da pesquisa social e trata-se de uma abordagem, primordialmente, qualitativa. A pesquisa será realizada com os usuários do um?
PSF localizado na zona sul de um município do sul da Bahia. Os participantes deste estudo serão pacientes portadores de HAS, com idade entre 30 a 70 anos, cadastrados no PSF há pelo menos um ano. Acredita-se que esse grupo por frequentar a unidade de saúde pelo menos duas vezes por ano? , apresenta conhecimento aprofundado do programa comparado aos outros usuários que não exibem esse caráter de frequência efetiva na unidade, razão da escolha do grupo para o respectivo estudo. Os indivíduos serão selecionados de forma aleatória, sem discriminação de género. Todos os dados serão coletas em dias úteis e em horário de expediente, adequando à disponibilidade dos pesquisados.
Essa abordagem será feita no domicllio do paciente (talvez fazer no próprio psf) contando com o auxílio do ACS, no sentido de localizar onde residem esses pacientes. Os dados serão coletados por meio de entrevistas semiestruturadas. Para isso, será utilizado um questionário (Apêndice A) contendo questões conceituais sobre o PSE relacionadas às propostas do programa, os profissionais que atuam nessa unidade de saúde e suas atribulçbes, os procedimentos prestados e a rotina diária, além de perguntas relacionadas a adesão ao tratamento de controle à doença (Apêndice X). Todos os custos da pesquisa serão de responsabilidade unica do pes uisador. Portanto, não haverá patrocinador para a realiz