Obesidade infantil e atividade fisica

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Centro Universitário Jorge Amado Faculdade de Educação F[sica Obesidade Infantil nas Escolas Particulares Uma Proposta de Educação Física Preventiva Lanssa Souza Salvador 2010 INTRODUÇÃO Como as aulas de educação física poderiam contribuir para que haja a redução nos níveis de obesidade na infância? Este artigo não somente respon identificar a importâ de prevenir a obesid conteúdos trabalhad de um maior conheci PACE 1 OFIR juda a ão física como meio contribuição dos to view litem a construção No decorrer dos anos, a educação t sica passou por profundas mudanças.

Diversas abordagens foram seguidas e hoje está engajada em uma proposta conhecida como “sócio- construtivista”. Nessa visão, as aulas de educação física, devem oportunizar o aluno a construir o conhecimento tendo como princípio o movimento. Mas o que se observa na realidade é que não há, de fato, a preocupação com o movimento, e com isso não há como se estabelecer a importância desse na vida das crianças. A obesidade é normalmente tratada como um problema estético, o que de fato não é verdade.

Ela é considerada uma doença crônico-degenerativa, e em decorrência dela pode vir a ocorrer utras doenças que podem levar o individuo à morte. Uma criança é considerada obesa quando possui 20% a mais do peso ideal para sua idade. O cálculo é feito através do Índice de ma massa corporal (IMC), calculado através da divisão do peso pela altura ao quadrado. Os fatores que influenciam o desenvolvimento da obesidade são vários.

No caso da criança, os períodos mais propícios para o surgimento é no prmeiro ano de vida e na fase pré- escolar, principalmente pelo consumo de alimentos com alto teor de gordura saturada ofertadas pela cantina dessas escolas e até mesmo enviadas pelos pais para lanche. Através deste estudo pretendemos demonstrar a importância de fazer com que a criança compreenda os riscos que trazem a obesidade, e como o movimento pode amenizar esses riscos.

No que diz respeito à educação física, os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) auxiliam na orientação do professor de como se deve proceder em sala de aula, dividlndo- a em blocos de conteúdos como: a) esportes, jogos, lutas e ginástica; b) atividades rítmicas e expressivas; c) conhecimento sobre o corpo. Ainda há a orientação através de temas transversais, em que foram apresentados questões de ética, eio ambiente, saúde, pluralidade cultural, orientação sexual, trabalho e consumo.

Nosso trabalho tem como proposta, fazer a relação destes conteúdos, principalmente utilizando-se dos temas saúde e conhecimento sobre o corpo, com a obesidade infantil. Que ao estabelecer essa relação, o educando pode compreender a importância da prática de atividade física e de se adquirir hábitos de vida saudáveis, por fim, esclarecer a importância do movimento e o gasto calórico que este proporciona, podendo dessa forma contribuir para a redução dos níveis de obesidade na 13 ue este proporciona, podendo dessa forma contribuir para a redução dos níveis de obesidade na Infância.

Abordaremos a obesidade infantil e sua possfru’el prevenção a partir das aulas de educação física, através de uma revisão de literatura, em que irá descrever o processo da construção das aulas de educação física e sua relevância na prevenção da obesidade. Após a leitura crítica das referências, pretende- se redigir o texto de maneira clara e objetiva o que foi interpretado, proporcionando ao leitor uma visão fiel das idéias abordadas pelos autores dos textos, bem como nossas próprias considerações.

Causas e consequências da obesidade infantil Hoje a obesidade é um problema de saúde pública mundial, que atinge principalmente os países industrializados. De acordo com Kaufman (1995), há no Brasil cerca de três milhões de crianças com menos de 10 anos de idade que sofrem de obesidade. A principal preocupação está no fato de que a população de obesos dobrou em relação a vinte anos atrás. A obesidade infantil vem crescendo de forma significativa e ela determina várias complicações na infância e na idade adulta.

Na Infâncla, lidar com essa questão pode ser ainda mais difícil do que na fase adulta, ois está relacionado com mudança de hábitos e disponibilidade dos pais, além de uma falta de entendimento da criança quanto aos danos da obesidade. Fisberg(1995), conceitua a obesidade como acúmulo de tecido gorduroso, regionalizado ou em todo corpo. É um problema que não pode ser considerado apenas por fim estético, e sim como um grande problema de saúde problema que não pode ser considerado apenas por fim estético, e sim como um grande problema de saúde pública.

A obesidade relacionada ao público infantil, pode acarretar em distúrblos psicológicos, pode afetar seu desenvolvimento motor, omprometer sua auto-estima, implicar em problemas de saúde como hipertensão arterial, doenças cardíacas, osteoartrites e diabetes do tipo II entre outros fatores. Todas as doenças crônico-degenerativas citadas acima, antigamente eram mais comuns serem vistas em pessoas idosas, devido ao próprio quadro do envelhecimento que as torna mais susceptiveis ao aparecimento dessas doenças.

Com o avanço da tecnologia, o aumento das redes de fast foods e o constante aumento do sedentarismo se tornou comum vermos crianças obesas. A organização mundial de saúde considera um individuo beso a partir do índice de massa corporal (WC) acima de 30kg/ m2, este é considerado obeso. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de obesos entre 1995 e 2000 passou de 200 para 300 milhões, perfazendo quase 15% da população mundial. (3) Estimativas mostram que em 2025, o Brasil será o quinto país no mundo a ter problemas de obesidade em sua população.

Assim, a obesidade é considerada em países desenvolvidos e em desenvolvimento, um importante problema de saúde pública. (BOUCHARD, 2000; DAMASO,2003). (3) As questões de ambiente podem ser consideradas como uma as principais causadoras de obesidade infantil, pois atualmente, nas grandes cidades, as crianças não têm quase espaço para atividades físicas, as brincadeiras que ante cidades, as crianças não têm quase espaço para atividades fisicas, as brincadeiras que antes eram um atrativo do público infantil ficaram em segundo plano, perdendo espaço para os jogos eletrônicos, internet, etc. que conduz ao sedentarismo. Além disso, os pais destas crianças têm cada vez menos tempo para seus filhos, fazendo com que não haja uma fiscalização dos hábitos alimentares destes, levando-os a uma dieta hipercalórica, ica em alimentos industrializados. O estudo de Oliveira (4) verificou que a obesidade infantil foi inversamente relacionada com a prática da atividade física sistemática, com a presença da TV, computador e videogame nas residências.

Além do baixo consumo de verduras, o melo ambiente influencia o desenvolvimento no excesso de peso em nosso meio. Nos estudos realizados por Mello (5),ela relaciona o tempo gasto assistindo televisão e a prevalência da obesidade. A taxa de obesidade em crianças que assistem menos de uma hora diária é de 10%, enquanto que o hábito de persistir por 3, 4, ou mais horas por dia ,vendo televisão, está associado a uma prevalência de cerca de 25%, 27% e 35%, respectivamente.

A respeito da influência da televisão sobre a má alimentação da criança, o estudo de Almeida, Nascimento e Bolzan (2) Quaioti afirma que: Uma exposição de apenas 30 segundos a comerciais de alimentos é capaz de influenciar a escolha de crianças a determinado produto, 1 0 que mostra que o papel da TV, no estabelecimento de hábitos alimentares, deve ser investigado. Diante da TV, uma criança pode aprender concepções inc alimentares, deve ser investigado.

Diante da TV, uma criança pode aprender concepções incorretas sobre o que é um alimento saudável, uma vez que a maioria dos alimentos veiculados possui elevados teores de gorduras, óleos, açúcares e sal. Além de influenciar negativamente no que condiz a hábitos alimentares, a televisão ocupa horas vagas em que essas crianças poderiam estar praticando algum tipo de atividade física. Foi realizado um estudo por Pimenta e Palma (2001) que comprova a substituição da prática de atividade física pelo hábito de assistir televisão.

Com relação ao hábito de assistlr à TV, tanto os meninos quanto s meninas relataram dedicar mais de duas horas por dia, em média, a este passatempo, caracterizando a tendência de se ocuparem com uma atividade que demande menos energia, inclusive porque o tempo semanal destinado a atividades físicas foi bem menor, e a correlação entre ambas as atividades foram fortes e em sentidos opostos.

Com essa diminuição aumenta a probabilidade de acúmulo de gordura no tecldo adposo e posteriormente a obesidade. Segundo Mauricio de Arruda, a massa do tecido adiposo pode aumentar de duas maneiras: os adipócitos existentes aumentam de volume ou ficam túrgidos com mais gordura, num processo enominado de hipertrofia das células de gordura, ou também pelo aumento do numero total de células adiposas, em um processo chamado hiperplasia.

Isso nos leva a concluir que uma criança que na sua infância foi obesa tem três vezes mais chance de ser obesa na fase adulta, pois a obesidade na infância facilita o proce PAGF 13 três vezes mais chance de ser obesa na fase adulta, pois a obesidade na infância facilita o processo de hiperplasia dos adipócitos e assim a pessoa se torna adulta com maior numero de células para acumular gordura.

Katch e McArdle (1996) (4) afirmam que pode haver três eríodos críticos da vida, nos quais pode ocorrer o aumento do número de células adiposas, ou seja, a hiperplasia (e também estão relacionados com os períodos críticos de surgimento da obesidade), são eles: último trimestre da gravidez (os hábitos nutricionais da mãe durante a gravidez podem modificar a composição corporal do feto em desenvolvimento), o primeiro ano de vida e o surto de crescimento da adolescência. ma prova disso, é que há estudos mostrando que cerca de 50% de crianças obesas aos seis meses de idade e cerca de 80% das crianças obesas aos cinco anos de idade permanecerão besas na adolescência e vida adulta. Ainda segundo Mauricio, o numero de células adiposas em crianças obesas pode chegar a três vezes mais do que em crianças não-obesas. Alem disso, em paralelo à obesidade, apresentam varias doenças crônico- degeneratlvas como a hipertensão arterial e dislipidema. ABRANTES et al. , 2002, PARENTE et al. , 2006). Balaban e Silva (2004) verificaram que cerca de um terço dos pré- escolares e metade dos escolares obesos tornaram-se obesos na idade adulta. Os autores estimaram, a partir dessas observações, que o risco de obesidade na idade adulta era duas vezes maior ara as crianças obesas em relação às não obesas. O trabalho de Souza Leão et al. (5) publicado neste as crianças obesas em relação às não obesas. O trabalho de Souza Leão et al. 5) publicado neste número dos ABE;M, mostrou uma prevalência de 1 5, 8% de obesidade em 387 escolares de Salvador, sendo que esta foi significatlvamente maior nas escolas particulares (30%) em relação às públicas O fato de a criança estudar em escola privada, ser unigênita, ter maior acesso a jogos eletrônicos, maior facilidade de freqüentar rede de fast foods, pode ser considerado os rincipais fatores preditivos na determinação do ganho excessivo de peso, demonstrando a influência do fator socioeconômico e do micro-ambiente familiar.

Com relação à condição socioeconômica, sobrepeso e obesidade mostraram-se mais prevalentes no grupo de indivíduos de melhor condição socioeconómica, o que esta de acordo com literatura. Martorell et al. referiram que, na América Latina, a obesidade infantil é mais prevalente em famílias com nível socioeconômico e de escolaridade materna mais elevados. 6) É importante ressaltar que não existe incidência de obesidade penas nas escolas particulares como revela o estudo de Silva, Balaban e Motta (7) Fonte: Como podemos observar, no gráfico da página anterior ocorre também a prevalência de obesos na classe de baixa renda , e isso se deve principalmente ao fato de os alimentos com maior qualidade nutricional, incluindo frutas e verduras, terem custo elevado para as famílias de menor poder aquisitivo.

Ao mesmo tempo, a indústria alimentícia coloca à disposição vários almentos com densidade energética aumentada, que promovem sacied alimentícia coloca à disposição vários alimentos com densidade nergética aumentada, que promovem saciedade, são mais palatáveis e de baixo custo, o que os torna acessíveis às classes de alta e baixa condlção socioeconómica. A mudança nos hábitos alimentares, também é um fator que contribui para o aumento da obesidade no Brasil. Apregoa-se que o aleitamento materno seja um fator protetor importante para a obesidade.

Fisberg (1995) e Sigulem et al. (2001 ) afirmam que o aumento da obesidade em lactantes é resultado de um desmame precoce e incorreto, de erros alimentares no primeiro ano de vida, presentes, principalmente, nas subpopulações urbanas, s quais abandonam de forma precoce o aleitamento materno, substituindo- o por almentação com excesso de carboidratos, em quantidades superiores que as necessárias para seu crescimento e desenvolvimento. Há um grande apelo pela mídia, ao consumo de produtos ricos em carboidratos simples, gorduras e calorias.

O fato de estar cada vez mais aumentando a incidência de crianças obesas no Brasil é obsen,’ado por Escrivão et. al. (2000, p. 5306) .. com o aumento do acesso a alimentos industrializados que acompanha a urbanização e com a falta de informação adequada, ocorrem erros alimentares no consumo de alimentos ricos em sal gordura. ” A disponibilidade nas cantinas das escolas a produtos ricos em gorduras saturadas e a omissão dos pais em relação a esses fatores estão diretamente associadas a essa condição.

Vários fatores influenciam o comportamento alimentar, entre eles fatores externos (unidade familiar fatores externos (unidade familiar e suas características, atitude dos pais e amigos, valores sociais e culturais, mídia, alimentos rápidos e mamas alimentares) e fatores internos (necessidades e características psicológicas, imagem corporal, valores e experiências pessoais e preferências alimentares). Sobre a questão da diminuição da prática de atividade fisica na infância, é de suma importância relatar a relação direta entre ser ativo na infância e adolescência e manter-se ativo na vida adulta.

Confirmando estas informações sobre a prática de atividade física, estudos sugerem que a obesidade infantil está mais relacionada ao sedentarismo do que à alimentação e atualmente as cnanças gastam menos 600Kcal diárias, em média, comparando com 50 anos atrás (ALVES, 2003; OLIVEIRA, 2006) (10). Dessa forma é necessário que haja conscientização em relação a hábitos de vida saudável já nessa fase. A atividade física é um dos fatores que combatem e previnem a obesidade infantil.

Partindo desta premissa, Alves (2003) nos leva a acreditar que: ser fisicamente ativo desde a infância apresenta muitos benefícios, não só na área física, mas também nas esferas sócio e emocional, e pode levar a um melhor controle das doenças crônlcas da vida adulta. Além dlsso, a atividade física melhora o desenvolvimento motor da criança, ajuda no seu crescimento e estimula a participação futura em programas de atividade física. É indiscutível a importância de sair da posição de hipocinesia, pois além do ganho físico,

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