Preconceito linguístico em língua inglesa

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Formação Histórica e Sintática da Língua O inglês originou-se no início do século IX como um grupo de dialetos Anglo—Saxônicos na área conhecida como Reino Unido, entretanto, enquanto o anglo-saxão da Escócia desenvolveu- se independentemente e tornou—se conhecido como o escocês, os dialetos britânicos foram eventualmente organizados sob o padrão de um idioma. Os ataques e a dormnação dinamarquesa na maior parte das regiões orientais da Bretanha, resultaram em influências consideráveis da língua germânica nos primeiros dialetos do inglês.

Após a invasã francesa tinha um st s s inglesa esteve em pe o de dominação tempor enormes e permane 16 aq a em 1066, a língua -saxão, e a lingua tempo. Entretanto, xou marcas nglesa, privando- a da maior parte de sua antiga complexidade morfológica, causando a perda da flexibllidade de sua sintaxe, mas, ao mesmo tempo, favorecendo a flexibilidade lexical. Seu começo e desenvolvimento inicial como uma língua hlbrida fizeram dela, uma língua adaptável a vários ambientes linguísticos e culturais.

O exemplo de sucesso do inglês como uma língua internacional é, ainda mais notável considerando-se que sua ortografia conservou-se imutável desde meados do século W. Um grande úmero de palavras deriva do vocabulário de línguas que fizeram parte do processo de formação histórico do inglês. A dlversidade dialética do Inglês é enorme mas está diminuindo. A maioria dos dialetos do inglês ao redor do m SWipe to page mundo são primariamente baseados no inglês colonial. Os dialetos da Austrália e Nova Zelândia são também baseados no inglês colonial porém com influências de línguas indígenas e de imigrantes.

Os dialetos da América do Norte são razoavelmente diversificados, especialmente ao longo da costa leste. A diversidade do inglês norte-americano é devida à influência as línguas indígenas, africanas, espanhol, francês (do Canadá e sudeste dos EUA), além de numerosos idiomas de imigrantes. Os EUA desenvolveram seu padrão próprio de variação ortográfica do inglês, mas as diferenças entre ele e seus equivalentes não- americanos é relativamente insignificante. Dialetos da região caribenha são razoavelmente diversos e também influenciados por línguas nativas.

Status O Inglês tem status oficial no Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia além de outros países que formavam as antigas colônias britânicas. A República da Irlanda dá status nacional ao rlandês (gaélico), mas a totalidade dos habitantes usa o inglês como primeira língua. O Canadá é oficialmente bilíngüe: inglês e francês, mas o inglês predomina na maor parte do pais. O inglês é uma das línguas oficiais da África do Sul e após da queda do apartheid, tem ganhado força como lingua franca.

O inglês também serve como uma das línguas oficiais em países como índia, Paquistão, Bangladesh, Israel, Cingapura e nas Filipinas. Em quase em todas as partes do mundo a proficiência na lingua inglesa é um requisito de graduação escolar e é um pré-requisito m muitas transações comerciais e carreiras profissionais. O conhecimento de inglês como uma segunda lingua é prestigioso em to comerciais e carreiras profissionais. O conhecimento de inglês como uma segunda lingua é prestigioso em todas as partes do mundo, e a fluência no idioma tende a sinalizar uma educação superior.

Isto aplica-se, inclusive a países que não têm laços históricos próximos com o mundo anglófono, incluindo locais onde francês, espanhol, português, dinamarquês ou russo dominam oficialmente como línguas coloniais. O inglês substituiu o francês como língua franca oficial do sistema ostal mundial e nas relações diplomáticas, além de ser a Ifngua do controle de tráfego aéreo. Variedades Linguísticas Da mesma forma que a humanidade evoluiu e se modificou com o passar do tempo, a lingua acompanhou essa evolução e varia de acordo com as diversas culturas pertencentes à comunidade universal.

Existem quatro modalidades que explicam as variantes linguísticas: variação histórica: palavras e expressões que caíram em desuso com o passar do tempo; variação geográfica: diferenças de vocabulário, pronúncia e construções sintáticas em regiões falantes do mesmo idioma; variação social: a capacidade inguística do falante provém do meio em que ele vive, sua classe social, faixa etária, sexo e grau de escolaridade e variação estilística onde cada indivíduo possui uma forma e estilo de falar próprio, adequando-o de acordo com a situação em que se encontra. Toda variedade linguística atende às necessidades da comunidade de seres humanos que a empregam. Quando deixar de atender, ela inevitavelmente sofrerá transformações para se adequar as novas necessidades. ” (BAGNO, Marcos, Preconceito Linguistico o que é, como se faz, 44a edição, p. 4 necessidades. ” (BAGNO, Marcos, Preconceito Linguistico o que é, omo se faz, 44a edição, p. 7) O preconceito linguístico Entretanto, mesmo que as variantes acima descritas expliquem as variações linguísticas, o falante que não domina a língua denominada “padrão” por sua comunidade linguística, sofre preconceitos e é excluído da classe social dominante. Esse tipo de preconceito é denominado preconceito linguístico. Segundo os linguistas que são favoráveis à essa tese, a noção correta imposta pelo enslno tradiclonal origina um preconceito contra as variedades não-padrão; para eles, é necessário que se compreenda que não existe língua certa ou errada, mas odalidades mais ou menos prestigiadas.

O apagamento de uma modalidade em favor de outra é despersonalizador, pois cada indivíduo possui um repertório cultural formado pelo seu meio. O importante é que os indivíduos possam ser capazes de compreender as linguagens formal e informal e adequá-la às diversas situações que se lhes apresentem. Há também a necessidade de fazê-los refletir que não existe “certo e errado” no ato linguístico, mas sim variantes decorrentes dos diversos aspectos que a linguagem possul. O fato é que o preconceito linguístico existe. O uso da linguagem sempre foi marcado por intolerância e preconceito.

O uso de diferentes itens lingu[sticos por um falante para comunicar a mesma mensagem em situações sociais diferentes deu à luz a idéia de desigualdade lingü(stica e social. Quando este falante faz uma escolha de palavras, a seleção feita pelo locutor denota o seu grau de preferência o que signlfica dizer que as pessoas têm diferente 16 grau de preferência o que significa dizer que as pessoas têm diferentes níveis de competência e desempenho linguístico que proporcionam a base para a noção de desigualdade linguística. ? reconhecldo que a desigualdade linguística e soclal afeta a inguagem e seu uso em grande extenção. É uma noção muito comum que as pessoas sejam consideradas mais ou menos inteligentes ou amigáveis de acordo com a forma como elas falam. A desigualdade linguística relaciona-se aos itens lingüísticos que demonstram a habilidade de uso da língua pelo falante.

Este usa a linguagem como fonte de distinção social, para identificar o grupo a que pertencem ou gostaria de pertencer, comunica- se de modo que as outras pessoas saibam distinguir sua posição, embora a natureza multidimensional das vanantes linguisticas possa colocar um indivíduo em vários grupos ao mesmo tempo. Assim, podemos concluir que a habilidade de uso da língua seja o mais importante fator para alinhavar os limites para a cultura, linguagem e representação da desigualdade social.

O filme “My Fair LadY’ aborda as questões relativas às variedades linguísticas do inglês, mostrando que são tratados com indiferença aqueles cujo dialeto não corresponde aos preceitos da língua padrão considerada culta. Além disso, o filme mostra também a proporção do desnível entre a língua padrão e a não- padrão com toda sua influência estruturalista, que nos remete a Saussure, quando demonstra a importância da gramática para a quisição de uma linguagem correta, culta e prestigiada.

Vivenciamos no filme, o drama de uma jovem vendedora de flores, dona de um dialeto cheio de vocábulos “errados” que so filme, o drama de uma jovem vendedora de flores, dona de um dialeto cheio de vocábulos “errados” que sofre com o preconceito da sua fala “errada”, e é impulsionada pelo desejo de adquirir uma nova lingua que lhe desse uma imagem social diferente da sua.

O filme retrata uma visão romantizada do preconceito linguístico, pois ao final, vemos a personagem adquirir a nova língua, usando-a como objeto de prestígio, transitando entre a lite da sociedade como uma dama, despertando o desejo de vários homens, inclusive o do próprio professor que, depois de “transformar” uma mulher ignorante e humilde em uma beldade da cultura prestigiada apaixona-se. A percepção da linguagem Foram realizados dois estudos na Universidade de Oxford para se determinar a influência do sotaque na percepção alheia.

No primeiro estudo, o pesquisador Giles Fitzpatrick investigou as reações de alunos de uma escola britânica à uma variedade de sotaques inglêses. Esses sotaques incluíam o sotaque educado e vários sotaques rurais e urbanos. Giles descobriu que as essoas que falavam com o sotaque educado, padrão do inglês brltânico, foram consideradas as mais inteligentes e competentes e que aquelas que falavam com sotaque interiorano foram consideradas menos inteligentes. or outro lado, ele descobriu que os alunos achavam que aqueles que tinham o sotaque similar ao seu, não importando se estes fossem rurais ou urbanos, soavam como mais honestos e mais receptivos. A segunda parte da pesquisa apresentou relatos, em diferentes variedades do Inglês, à uma seleção de adolescentes de dezessete anos. Os argumentos foram apresentados em quatro diferentes PAGF dolescentes de dezessete anos. Os argumentos foram apresentados em quatro diferentes sotaques: padrão educado, País de Gales, Somerset e Birmingham (um condado predominantemente rural, no sudoeste da Inglaterra).

Neste estudo, os adolescentes consideraram que a argumentação apresentada em padrão educado foi mais inteligente do que o argumento apresentado no sotaque regional. No entanto, eles acharam que os argumentos apresentados nos sotaques regionais foram mais convincentes. Este resultado sugere que as pessoas podem soar inteligentes para outras embora não sejam eficazes em sua argumentação; ao mesmo tempo, pessoas que ão são consideradas tão inteligentes podem ser persuasivas. Se pensarmos que Iguns sotaques soam mais ou menos inteligentes do que outros, isso mostra que somos linguisticamente preconceituosos.

Variações Linguísticas da Língua Inglesa O inglês é falado de maneiras diferentes nos dois lados do Atlântico. O inglês britânico moderno é altamente influenciado pelo inglês americano, fazendo com que muitos contrastes desapareçam e embora a pronúncia seja dlferente, os cidadãos americanos e britânicos entendem facilmente uns aos outros. Durante a maior parte do século XIX, os cidadãos ingleses efendiam a opinião de que os americanos estavam “corrompendo” sua lingua-mãe.

Se interpretarmos “corrompendo” por “mudando”, então estes puristas ingleses estavam mesmo corretos. Ainda se ouve pessoas comparando o inglês britânico ao americano e discutindo qual é o “melhor inglês”. Tais discussões revelam nada mais que uma preferência pessoal, porém, as variedades de Inglês que as pessoas usam muitas vezes são mais que uma preferência pessoal, porém, as variedades de Inglês que as pessoas usam muitas vezes são consideradas como indicadores de inteligência, competência, motivação e oralidade.

Tais premissas, são baseadas em mitos e equívocos sobre a natureza da linguagem levam a práticas discriminatórias. Alguns autores sustentam que a versão falada do inglês americano está se tornando cada vez mais dominante por diversas razões. Um exemplo que ilustra porque o inglês americano tem um maior impacto sobre o inglês britânico seriam os programas e filmes transmitidos em sua versão original, ou seja, americana.

Consequentemente, aqueles que assistem TV irão absorver muito do vocabulário e expressões idiomáticas norte-americanas, que são facilmente internalizadas e utilizadas omo se fossem de sua própria língua, fato este que torna o inglês britânico muito mais passível de ser influenciado pelo inglês americano do que vice-versa. Hoje em dia, o inglês ocupa a posição que na Idade Média pertenceu ao latim e tornou-se uma L[ngua Franca. Em vista dessa diversidade cultural, a discussão sobre “melhor tipo de inglês” está ultrapassada.

O inglês britânico é simplesmente uma dentre as muitas variedades que existem hoje. Os lingUistas sabem que variedade linguistica não se correlaciona com a inteligência ou competência, no entanto, as associações opulares de certas variedades de Inglês com competência profissional e intelectual são tao profundas que um mito lingüístico está quase universalmente conectado às minorias, a população rural e aos menos instruídos – em especial as variedades do Sul e Nova York. Em um estudo quantitativo co menos instruídos – em especial as variedades do Sul e Nova York.

Em um estudo quantitativo conduzido por William Labov, socio- linguista, foram entrevistadas cerca de 1 50 pessoas do sudeste do estado do Michigan (de etnia européia-americana, de ambos os sexos e de todas as idades e classes sociais) solicitando que ossem atribuídos conceitos (em uma escala de 1-10) para o grau de “correção” do Inglês falado nos cinqüenta estados, Washington, DC e Nova York. As respostas confirmam o que todos os americanos sabem — as piores avaliações são para o Sul e Nova York (e a vizinha Nova Jersey, infectada pela sua proximidade à área metropolitana de Nova York).

Somente essas áreas pontuaram abalxo de 5; O Alabama, no coração do Sul, pontuou 3. Embora não seja o foco principal, é evidente que os habitantes do Michigan avaliaram muito bem a si mesmos e dão ao seu estado uma classificação na faixa 8, a única area assim classificada. Os lingüistas chamam isso de “segurança lingu[stica” Quando os entrevistados do Michigan realizaram outra tarefa, que pedia a eles para que desenhassem em um mapa em branco dos EUA, onde eles acham que as áreas de diferentes dialetos estavam e rotulá-las notamos que o número de entrevistados que enfatizaram a região Sul é gigantesco – 94%.

Mesmo a área local (que abriga o Michigan) é registrada como uma região de fala separada por apenas 61% dos inquiridos. A terceira área mais freqüentemente desenhada é, a área que contém Nova York com 54%. Os entrevistados parecem, portanto, ouvir as diferenças dialetais ão como os linguistas fazem – baseados em diferenças objetivas no sistema de linguagem – ma como os lingüistas fazem – baseados em diferenças objetivas no sistema de linguagem – mas com base em suas próprias avaliações.

Os habitantes do Michigan não são os únicos com essa percepção, em outras áreas onde esse trabalho foi feito, o Sul é sempre atraído pelo maior percentual de respostas. Rótulos negativos são atribuídos às áreas do discurso que em geral receberam baixa pontuação. Um entrevistado da Carolina do Sul identificou tudo ao norte da linha Mason-Dixon com denominação ‘os-bandidos’, em contraste rotulou todo o Sul (região onde ele vive) como ‘os mocinhos’. Outros sulistas afirmam que o discurso do Norte é “cruel” ou “rude”.

Uma caricatura comum do discurso de Nova York refere-se a sua pronúncia anasalada além da velocidade (rápida), enquanto os sulistas, tem sua fala taxada como arrrastada e lenta. Os entrevistados do Sul, no entanto, também acham que quase inexiste Inglês correto em sua região, ou seja, o Mississippi, Louisiana e Texas, foram classificados como 4, porém, as melhores classificações ficaram com Maryland e a capital do país, Washington, DC, ambas áreas dentro de uma região de discurso mais sulista.

Os sulistas sofrem com o que os linguistas chamam de insegurança linguística e embora não se classifiquem no topo da pirâmide como os habitantes do Michigan, eles encontram consolo quando definem a ‘simpatia’ da linguagem. Assim como os habitantes do Michigan acharam que sua variedade era a mais correta (8), os sulistas acham a sua variação a mais agradável (também 8). Conforme nos movemos para o norte, surge o repúdio ao aspecto “amigável” da fala, deixando o Michigan em uma área de pontuação

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