Psicomotricidade na adolescencia

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CENTRO DE CIКNCIAS HUMANAS – CCH CURSO: PSICOLOGIA PSICOMOTRICIDADE NA ADOLESCENCIA 0 p Fortaleza – CE Junho, 2009 SUMБRIO contestaзгo й um momento tambйm de auto-conhecimento e transformaзгo na imagem corporal levando o individuo a ter uma nova identidade e й por isso que existe um diferencial na prбtica trabalhada com esse pъblico.

Atravйs da entrevista realizada com o profissional da бrea podemos perceber que o papel do psicomotricista para com o adolescente й oferecer um apoio para o mesmo que propicie a assimilaзгo dessa nova fase de vida, trabalhando a aceitaзгo a nova imagem adquirida atravйs da aprendizagem da relaзгo, observaзгo de si mesmo e promover uma conscientizaзгo de quem o adolescente й e o que ele quer ser. 20F 10 corporais resultantes da aзгo hormonal. Este processo traz ? tona questхes pessoais, morais e existenciais, numa retomada da predominвncia da afetividade.

Na adolescкncia, os sentimentos se alternam procurando buscar a consciкncia de si na figura do outro, contrapondo-se a ele, alйm de incorporar uma nova percepзгo temporal O meio social e cultural passam a ser de grande importвncia. Os adolescentes tornam-se intolerantes em relaзгo аs regras mpostas pelos pais e pela sociedade, e necessitam identificar-se com seu grupo de amigos. Para Wallon, o processo de socializaзгo da pessoa nгo se dб apenas no seu contato com o outro nas diversas etapas do desenvolvimento e da vida adulta, mas tambйm no contato com a produзгo do outro.

Segundo Wallon, a cultura geral aproxima os homens, а medida que permite a identificaзгo de uns com outros. O adolescente, muitas vezes, sente-se desorientado, pois o corpo se modifica com tal rapidez que pode abalar sua estrutura de eu, pode abalar seu esquema corporal por ser um ponto de referкncia no espaзo. Inicialmente ele questiona estas mudanзas, entretanto apуs algum tempo ele vai aceitando-as e se harmonizando com ele mesmo.

Um grande aliado, ou inimigo neste perнodo conturbado й o espelho, visto que ele se olha constantemente, observa suas mudanзas, vai estudando quais os seus melhores вngulos, testando olhares, sorrisos e poses para que se apresente da melhor forma possнvel para os outros. O espelho pode ser um reforзador da formaзгo da sua auto- imagem ou nгo, dependendo de como ele se vк neste espelho. Ele precisa se sentir bem com a sua imagem corporal para melhor nteragir com o meio. O sujeito se vк como um adulto, mas nгo й reconhecido como tal, em um momento ele й adulto, em outro momento ainda se sente crianзa.

Todos esses conflitos interiores 30F 10 й adulto, em outro momento anda se sente crianзa. Todos esses conflitos interiores criam uma desorganizaзгo e transformaзгo na imagem corporal, culminando com a emergкncia de uma nova identidade. “A adolescкncia й uma etapa evolutiva peculiar do ser humano… Atй hб algum tempo atrбs, a adolescкncia era considerada meramente uma etapa de transiзгo entre a infвncia e a idade adulta [… Nas ultimas dйcadas, contudo, a adolescкncia vem sendo considerada o momento crucial do desenvolvimento do individuo… (Osуrio, 1989: 10) 10 desenvolvimento corporal do sujeito, sua aprendizagem, afetividade e sociabilidade, para que o mesmo sinta-se seguro e confiante. Os aspectos trabalhados na psicomotricidade sгo: qualidade fisica (forзa, flexibilidade, agilidade, velocidade, coordenaзгo motora, equilнbrio, noзхes de espaзo e tempo e lateralidade); aspecto afetivo e social (socializaзгo e desenvolvimento de traзos de personalidade como organizaзгo, disciplina, responsabilidade, oragem e solidariedade); e caracteristicas cognitivas (capacidade de anбlise e desenvolvimento de memуria).

Na infвncia, a psicomotricidade й de vital importвncia para o desenvolvimento e aprendizagem da crianзa, tendo como pilares: o querer fazer (emocional), o poder fazer (motor) e o saber fazer (cognitivo). O corpo й um universo particular, um pуlo de movimentos, sensaзхes, sentimentos, aзхes, percepзхes e descobertas. Tudo fica gravado nesse corpo, sendo na infвncia o perнodo em que se determina o que serб gravado e como. A psicomotricidade ossibilita que esse universo se descubra por inteiro, atravйs de estimulaзгo e exploraзгo concreta do mundo.

A estruturaзгo do sujeito estб intrinsecamente relacionada com a forma de sentir esse universo e de partilhб-lo com outros. Na adolescкncia inicia-se uma nova fase na vida do sujeito, neste perнodo que surgem alguns conflitos, tais como: perda do corpo infantil, perda da identidade infantil, perda dos pais infantis. Outro aspecto importante a salientar nesta fase, й a tensгo gerada por novas prioridades, tais como c[rculos de amigos, relaзхes afetivas, escolha profissional, acarretando stress e ulminando num descontrole tфnico e emocional com prejuнzos ? saъde.

Esta nova fase pode ser melhor assimilada com a ajuda da psicomotricidade, ela propicia, pelo reequilнbrio e reorganizaзгo do corpo, que 0 assimilada com a ajuda da psicomotricidade, ela propicia, pelo reequilнbrio e reorganizaзгo do corpo, que o adolescente observe a si mesmo, tenha consciкncia de quem й e do que quer, e fortaleзa sua auto-imagem. O adolescente compreende que o seu universo nгo se alterou, ocorreu apenas uma transformaзгo, onde o concreto infantil darб lugar а subjetividade do adulto.

Na prбtica psicomotora, deve-se levar em conta as instituiзхes que os adolescentes integram, como famнlia, escola, clubes recreativos, comunidades etc. Os sintomas apresentados pelos adolescentes podem estar relacionados com dramas familiares ou com sentimentos de inadequaзгo com as instituiзхes as quais eles fazem partem. Sгo comprovados os кxitos, quando estabelecidos vнnculos entre estas instituiзхes e a prбtica psicomotora.

O psicomotricista deve estar atento ao melhor mйtodo de trabalho com seu cliente. Alguns adolescentes nao conseguem interagir com outros, logo respondem com mais eficiкncia ? erapia psicomotora individual. A terapia psicomotora de grupo sгo para aqueles que se envolvem em atividades corporais com espontaneidade. As atividades psicomotoras favorecem a harmonizaзгo do corpo, o contato fisico e o desenvolvimento afetivo entre as pessoas. 0 dos direitos e dos sentimentos no qual o individuo pode se mostrar por inteiro, com os seus desejos, com seus medos, fantasias e ambivalкncia, na relaзгo consigo, com os outros e com o meio, potencializando o desenvolvimento global, a aprendizagem, o equilibro da personalidade e facilitando as relaзхes afetivas e sociais. Utiliza em sua prбtica o jogo espontвneo em que o corpo participa em todas suas dimensхes, privilegiando a comunicaзao nгo verbal. Nossos atos mais que nossas palavras sгo carregados de significaзхes inconscientes.

Nгo existe ato gratuito. Num espaзo simbуlico, onde tudo pode se jogar, o imaginбrio se expressa simbolicamente atravйs do corpo e o encontro consigo mesmo, desmistificando conflitos e potencialidades pessoais para melhor integraзгo da personalidade. “Em nosso dia-a-dia nos deparamos com problemas interrelacionais que se manifestam atravйs de inseguranзas, ngustias e, principalmente, o estresse, que em vгo tentamos encontrar justificativas no mundo externo, quando na verdade a resposta estб em nуs mesmos. Leopoldo Vieira, diretor do CIAR Nossa entrevista ocorreu com um profissional desse centro, Marcelino Viana[2]. Onde descreveu que os trabalhos com adolescentes sгo realizados em grupos, sem um nъmero especifico de participantes, onde nesse espaзo ocorrem dinвmicas, jogos e “brincadeiras”. Marcelino nos relatou que os encaminhamentos se dгo atravйs da escola, profissionais da бrea mйdica, fam[lia e meio social, mas que tambйm ocorre demanda do adolescente ao entir necessidade de procurar o centro.

A primeira visita ao CIAR ocorre na presenзa dos pais, onde se dб o contato com dess cente com o profissional contato com desses e do adolescente com o profissional em psicomotricidade relacional, atravйs de uma anamnese, a partir desta o profissional encontra dados para que num segundo momento possa acomodar este adolescente em um determinado grupo de trabalho. A aceitaзгo do adolescente novato perante o grupo, segundo relato de nosso entrevistado, se dб de maneira bastante positiva, pois, para ele existe certa “cumplicidade” na adolescкncia.

O entrevistado enfatiza reiteradas vezes a disponibilidade do adolescente em estar lб e saber que aquele momento й seu e que nele ele pode expressar seus conflitos, angъstias, tristezas e alegrias. E que neste momento atravйs do facilitador psicomotricista o adolescente pode se expressar de maneira plena sem medos e restriзхes, pois o mesmo nгo estб ali para julgб-lo ou repreendк-lo, e sim, para acolhк-lo. Com prбticas terapкuticas que estimulam a capacidade relacional, a adaptaзгo sуcio-emocial e psicomotora atravйs dos jogos simbуlicos.

Existem alguns fatores que levam o adolescente a ingressar esse centro, dentro delas podemos salientar: Dificuldades de comportamento tais como agressividade, limites, frustraзгo, medos, dependкncia e auto-estima. Dificuldade de socializaзгo, tais como inibiзгo, timidez, isolamento, falta de iniciativa, passividade, tensгo e stress. Dificuldades de aprendizagem, tais como expressхes motoras, grбfica e verbal, criativa e cognitiva. Entre outros.

Nosso entrevistado expфs que algumas queixas trazidas pelos pais nem sempre sгo o ponto-chave da problemбtica do indivнduo, mas sim atravйs da psicomotricidade relacional ele realmente estimula o seu bem-estar social. 0F 10 que a psicomotricidade na adolescкncia ainda й infante diante do grande universo de material impresso sobre psicomotricidade infantil. A psicomotricidade й de suma importancia em qualquer estбgio de nossas vidas, seja na infвncia, na adolescкncia, na fase adulta ou na velhice.

Por ser uma ciкncia bastante recente tivemos muitas dificuldades em encontrar referenciais teуricos e atй organizacхes e profissionais que atuam nesta бrea. Vimos que й de grande importancia o trabalho da imagem corporal na adolescкncia, pois nesse periodo й predominante no adolescente onflitos tanto intra-psiquicos quanto sociais. Conforme SOUZA e GODOY (2005), A psicomotricidade visa facilitar a interaзгo entre a motricidade, a afetividade e a mente, pois acredita que o desenvolvimento motor normal estб diretamente relacionado com esses trкs fatores que devem ser observados durante a abordagem psicomotora.

Os participantes de uma terapia psicomotora sгo estimulados a interferir em cada exercнcio proposto, pois o objetivo final da tarefa й proporcionar experiкncias significativas aos participantes. Como podemos perceber, a nossa imagem corporal й lбbil; stб sempre em transformaзгo. Nas vбrias fases da nossa vida, os contextos emocionais vividos, vгo se chocando com os nossos sentimentos, emoзхes e valores, fazendo novas associaзхes simbуlicas e imagens, criando, assim, um novo corpo representativo.

Esse processo de transformaзгo da imagem poderб ser auxiliado pela psicomotricidade a qualquer tempo. A Psicomotricidade nos faz voltar ao inнcio de todas as sensaзхes, ao corpo onde se inscreve tudo o que verdadeiramente somos. Aires: Editorial Pados, 1969 MOLINARI, Вngela Mana da SENS, solange Mari. A Educaзao Fнsica e sua Relaзгo com a Psicomotricidade. Rev. PEC, Curitiba, v. 3, n. 1, p. 93-93, jul. 2002-jul. 2003. CARVALHO, Elda Maria Rodrigues.

Tendкncias da educaзao psicomotora sob o enfoque walloniano. Psicol. cienc. prof. v. 23 n. 3 Brasнlia set. 2003. ALVES, Ricardo C. S. psicomotricidade II, R], 2007. Disponнvel em: Acesso em: 22/05/2009. FERREIRA, C. A. M; THOMPSON, R. ; MOUSINHO, R. Psimotricidade Clinica, sao Paulo: LOVise, 2002. OTONI, Barbara B. Valle. A Psicomotricidade na Educaзгo Infantil. Sociedade Brasileira de Psicomotricidade, Marзo de 2007. MANNONI, O. (1996). A adolescкncia й analisбvel? (Telma Queiroz, trad. In A. l. Corr кa (Org. )Mais tarde й agora! Ensaios sobre a adolescкncia. Salvador: Agalma. GALVГO, Isabel. Henri Wallon: uma concepзгo dialйtica do desenvolvimento infantil. Petrуpolis, Vozes, 1995. OSУRIO, L C. Adolescente hoje. Porto Alegre: Ed. Artes mйdicas, 1989. SOUZA, Hugo Alves; GODOY, Josй Roberto Pimenta. A psicomotricidade como coadjuvante no tratamento fisioterapкutico, Univ. ci. Saъde, Brasilia, v. 3, n. 2, p. 287-296, Jul. / dez. 2005. Disponнvel em: Acesso e 0 10

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