Relaxantes musculares

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Relaxante muscular de ação central: uso e abuso. Um estudo farmacoepldemiológico Moraes, Amanda Ferreira; Oliveira, Carlos Rocha 1 1 Orientador do projeto Farmacologia Aplicada Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos — CBES – São Paulo Resumo – Atualmente, o uso abusivo e incorreto de relaxantes musculares de ação central aumentou muito. Os principais motivos de uso são enxaqueca e dores lombares. Os pacientes que fazem uso destes fármacos, não necessariamente possuem receituário médico, f maneira, é viável real relatando as imprud- Incorreto destes fár pacientes que usam OF6 edicaçao.

Desta epidemiológico, azerem uso alizado com 100 camentos que apresentam orfenadrina ou carisoprodol em suas formulações. Esses pacientes foram submetidos à um questinário sobre o uso e a posologia destes fármacos, onde pode-se verificar que cerca de 68% dos pacientes faziam uso da auto-medicaçào necessitando de orientação farmacêutica. Abstract – Currently, the abuse wrong of muscle relaxants action central soared. The main reasons for use are migraine and back pain. Patients who use these drugs do not necessarily have medical prescription, thus making self-medication.

Thus, it is conducting a feasible study pharmacoepidemiological, reporting the imprudence of patients to make misuse of these drugs. This study was conducted with 100 patients who use drugs on a continuous showing orphenadrine or carisoprodol in thei formulations. These patients were subjected to a some questions use and dosage ofthese drugs, where can verify that about 68% of patients made use of self-medication in need of guidance pharmaceuticals. (Palavras-chave:relaxante muscular de ação central, carisoprodol, orfenadrina, ação anticolinérgica, miorrelaxante) ntroduçao

Atualmente o consumo de medicamentos sem orientação médica é notável. Os medicamentos de maior consumo são os de ação terapêutica relaxantes musculares. Isso talvez seja explicado pelo stress diário que a população é submetida hoje em dia, onde dores lombares, enxaqueca ou contusões são os principais motivos para o aumento desse consumo. Com base nessas informações é necessário realizar um estudo farmacoepldemiológico, para que se conheça os possveis erros que pacientes cometem com o uso abusivo de relaxantes musculares.

Pode-se citar como exemplos de fármacos relaxantes usculares de ação central, carisoprodol e orfenadrina. Esses fármacos estão presentes em formulações de medicamentos de maior uso habitual por pacientes que apresentem sintomatologia de dor. O mecanismo de ação desses farmácos ainda permanece não totalmente explicado, mas por desenvolverem uma ação anticolinérgica acredita-se que eles atuam estimulando os receptores a-2 pré-sinapticos, promovendo a inibição da liberação de neurotransmissores excitatórios que possam estimular outros receptores.

Dessa maneira, a transmissão do sinal polissináptico dos neurotransmissores espinhais, (responsáveis pelo tônus uscular excessivo) é inibida e assim diminuindo o tônus musculara (KARPATI, 2005) O carisoprodol por exemplo é um miorrelaxante de ação central que reduz indiretamente a tensão da musculatura esquelética em seres humanos. Apenas sa central que reduz Indiretamente a tensão da musculatura esquelética em seres humanos. Apenas sabe-se que a ação do carisoprodol está em aliviar o espasmo muscular agudo de origem local.

No mercado farmacêutico há a disposição de pacientes que sofrem de dores lombares ou de qualquer contratura muscular a associação do carisoprodol com diclofenaco sódico e paracetamol. (GARCIA, 2006) A orfenadrina também desenvolve ação miorrelaxante de ação central, além de apresentar propriedades anti-histamínicas fracas, porém não atua diretamente na contratura muscular, e o seu efeito na sintomatologia dolorosa explica-se pelas suas propriedades analgésicas.

O principal consumo de orfenadrina é diante de crises de enxaqueca, tensão muscular e cólicas menstruais. É válido ressaltar que a ação da orfenadrina é potencializada pela junção de dipirona sódica e cafeína anidra, presentes nas formulações comercializadas. (GARZA2008) Por se tratarem de fármacos anticolinérgicos, os efeitos olaterais que podem apresentar são típicos, como: boca seca, sede, enjôo, cefaléia, constipação intestinal, irritação gástrica, taquicardia, retenção urinária, dilatação da pupila, tontura, sonolência e hipotensão ortostática.

Tais efeitos podem ter maior significado caso as doses administradas sejam superiores às recomendadas pela literatura. (GARZA,2000) Pacientes que façam uso incorretos desses fármacos podem apresentar esses efeitos colaterais, mas dificilmente relacionam com o uso abusivo do miorrelaxante, e acabam por fazer uso de outros fármacos de forma errônea, na tentativa de amenizar ou iquidar o sintoma indesejado.

A sonolência é o efeito colateral mais preocupante dos relaxantes musculares de ação 3 A sonolência é o efeito colateral mais preocupante dos relaxantes musculares de ação central. Estudos realizados comprovam que a sonolência é um fator de risco de acidentes para pacientes que façam uso desses fármacos, principalmente do carisoprodol, uma vez que a associação da orfenadrina com caféina, diminui esse efeito de forma significante. BARROSO, 2006) A constipação intestinal também é notada, principalmente em mulheres, porém como esse sintoma muitas vezes já é aracterístico da paciente, dificulta a caracterização do uso abusivo dos relaxantes musculares. Os relaxantes musculares de ação central podem ainda ocasionar alterações laboratoriais em pacientes que façam uso o abusivo e crônico, como hepatoxicidade e aumento nas concentrações de uréia e creatinina e insuficiência renal. REEVES, 2007) Método Este estudo foi realizado com a participação de 100 pacientes usuários de relaxantes musculares de ação central (carisoprodol e orfenadrina), sendo 68 mulheres na faixa etária de 22 a 58 anos, e 32 homens na faixa etária de 20 a 35 anos. Os pacientes foram submetidos à um questionário aplicado no ato da compra do medicamento em uma drogaria. O questionário compreendia em perguntas simples e objetivas quanto ao motivo de uso do medicamento, se o consumo era ou não proveniente de receituário médico, tempo e frenqüência de uso e apresentação de efeitos colaterais.

Resultados A partir da coleta de dados mediante a aplicação do questionário, os seguintes resultados foram obtidos: – 57% dos pacientes entrevistados (57 pacientes) faziam uso de medicamentos que apresentavam em sua formulação orfenadrina e 43% dos pac istados (43 pacientes) presentavam em sua formulação orfenadrina e 43% dos pacientes entrevistados (43 pacientes) faziam uso de medicamentos que apresentavam em sua formulação carisoprodol. Dos motivos para utilização da orfenadrina, 84% (48 pacientes) foi por cefaléia, 9% (5 pacientes) por dor lombar e 7% (4 pacientes) por cólica menstrual.

Dos motivos para utilização do carisoprodol, 63% (27 pacientes) foi por dor lombar, 25% (11 pacientes) por tendinite e 12% (5 pacientes) por dores nas articulações. Quando indagados sobre a posologia adotada para os medicamentos, os resultados foram: – 100% dos pacientes que faziam uso de orfenadrina, eram por uto-medicação, tomando doses de 1 a 2 comprimidos enquanto permanece a dor. – 35% (15 pacientes) faziam uso do carisoprodol por intermédio de prescrição médica, na posologia de 1 comprimido a cada 12 horas, por um período de 7 a 15 dias. 39% (17 pacientes) davam continuidade a prescrição médica, porém em apenas episódios das dores. – 26% (1 1 pacientes) faziam uso pela auto-medicação, em posologia de 1 comprimido a cada 12 horas ou apenas durante o episódio da dor. Em relação aos efeitos colaterais encontrados, pode-se citar: – 60% dos pacientes relataram dor estomacal ao fazerem uso dos edicamentos. – 20% dos pacientes que faziam uso do carisoprodol, relataram sonolência. – 15% dos pacientes relataram constipação – 3% dos pacientes relatarm boca seca.

Discussões e Conclusões Através da realização deste trabalho, pode-se concluir que o uso abusivo de relaxantes musculares de ação central acontece de forma rotineira, onde a ma ientes estabelece de S de forma própria a posologia do seu tratamento, e assim desenvolvendo efeitos colaterais concomitantes. Cabe aplicar a esses pacientes uma atenção farmacêutica mais direcionada orientando quanto ao uso abusivo e errôneo de tais armácos, alertando a severidade dos efeitos colatenas ocasionados por esses miorrelaxantes.

Referências 1. BARROSO, A. B; LIMA, V; GUZZO, G. C; MORAES, R. A; VASCONCELOS, M. C; BEZERRA, M. M; VIANA, F. X Efficacy and safety of combined piroxicam, dexamethasone, orphenadrine, and cyanocobalamin treatment in mandibular molar surgery. Braz J Med Biol Res; 39(9): 1241-1247, set. 2006. 2. BRAMNESS, J. ; FURO, K. ; ENGELAND, A. carisoprodol use and abuse in Norway: a pharmacoepidemiological study. BrJ Clin Pharmacol, 64(2): 210-8, ago. 2007. 3. GARCIA, R. , KORUKIAN, M. Ensaio clínico randomizado, duplo. go, comparativo entre a associação de cafeína, carisoprodol, diclofenaco sódico e paracetamol e a ciclobenzaprina, para avaliação da eficácia e segurança no tratamento de pacientes com lombalgia e lombociatalgia agudas. Acta Orto aras, v. 14,n. 1, 2006. 4. GARZA, MB. ; RUTSTEIN, R. Central anticholinergic syndrome from orphenadrine in a 3 year old. Pediatr Emerg Care, abr. 2000 5. KARPATI, E. ; PARKAS, S. Simple pharmacological test battery to assess efficacy and side effect profile of centrally acting muscle relaxant drugs. J Pharmacol 2005. 6. REEVES, R. ; HAMMER,J oxjcol Methods, out. R. Is the frequencv of

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