Resenha do filme show de trumam

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Com o filme O Show de Truman, é à luz de referências da literatura e do cinema que podemos fomentar uma reflexão sobre o filme e buscando uma melhor compreensão sobre aspectos relevantes da relação de poder e do paralelo dele com relação à mídia. A primeira que destacaremos será a correlação imediata que se tem com o mito das sombras nas paredes das cavernas relatado por Platão, no qual a verdade, em última análise, é refletida na realidade percebida.

No cinema, teremos o to filme o Matrix, a realidade “real” e ar totalmente diferente O filme conta a histó num mundo falso, no qual toda a aspecto natural d or7 de m em planos um personagem real ele é artificial (desde ambiente (o mar, sol, lua etc) às relações sociais (pais, amigos, esposa), criada por um diretor de um programa de W para ser exibida no mundo inteiro um entretenimento, o que seria até válido, desde que não fosse feito de forma escondida, deixando o Truman acreditar, que aquela era sua vida e que ele preferia viver ali a ter que salr para o mundo real.

No filme o personagem tem sua vida dirigida tal como em uma ficção, o diretor controla sua vida em todos os aspectos, sentimentais, familiares e esmo psicológico, quando ainda em sua infância p para que ele não queira sair daquele “mundo” foi criado um trauma, na cena em que ele sai para velejar com o pai e acontece um acidente eo pal morre, isso trás para ele um trauma de ter contato com o mar.

Podemos, então fazer menção à obra “1984” do escritor de George orwell (1903- 1950), indiano que se criou na Inglaterra e ficou muito conhecido pelo personagem “O Grande Irmão” (ou Big Brother, do original em inglês). No livro o autor apresentava um universo ficcional imaginado por ele sobre o futuro: no ano de 1984 viveríamos em uma itadura totalitária, na qual o Estado, pela figura do Grande Irmão, controlaria toda a sociedade. Sendo ele, o centro do poder, é uma figura abstrata.

Não era possível conhecê-lo pessoalmente, mas todos os cidadãos vêem seu rosto em telões, instalados em locais públicos e nas salas das residências. Também seria impossível se esconder do Grande Irmão, pois, por meio de telões, ele também poderia ver seu interlocutor e era importante ter cautela ao se expor. A idéia de que o mundo seria constantemente observado por um grande “olho”, que teria conhecimento da vida de todos e não poderia sofrer nfluências externas.

Mais tarde, vamos perceber que as cêmeras serão os “olhos” nos reality shows, como BBB (Big Brother Brasil), que ganha esse nome fazendo uma alusão ? obra e ao personagem destacado, só que nesse caso a midia tem o poder e PAGFarl(F7 nome fazendo uma alusão à obra e ao personagem destacado, só que nesse caso a midia tem o poder e fazer dos participantes o que quiser, sempre visando o lucro e a divulgação de marcas e produtos que financiam toda aquela encenaçao. No filme O Show de Truman não é diferente, Truman é a estrela do programa e ão sabe que está sendo vigiado (o que ocorre de forma contrária no BBB).

Com isso, pode-se perceber de forma mais ampla, como os estudos puderam ser apresentados no cinema e na televisão, que era uma previsão dos teóricos e o que se temia com o poder da midia aconteceu e o filme é tido como o show da vida. Nesse caso, a vida se torna algo banal, acaba sendo espetacularizada e vira produto nas mãos daqueles que só tem a lucrar com toda aquela demonstração de vida, não consegue gozar de nenhuma privacidade e expõe o ser humano como mais um produto na prateleira.

Outro fator interessante do filme é que ele nos faz pensar em como aginamos agiríamos se estivéssemos no lugar do Truman, ou seja, ele consegue mexer com nossos aspectos psicológicos, nos remete aos valores da realidade que vivemos, ou pensamos que vivemos, já que esse conceito de realidade ainda é tão discutivel – teremos subsidio no filme Matrix para conseguir repensar o nosso mundo e o que fazemos dele. partimos então para um questionamento usado o conceito de simulacro, bastante utilizado por Jean PAGF3rl(F7 Jean Baudrillard.

Será que assim como Truman vamos conseguir os liberar do simulacro de realidade que possivelmente fazemos parte? Porque com o advento das TCIS (Tecnologias da comunicação e informação) estamos sendo vigiados e rastreados o tempo todo, só não percebemos a “bolha” que nos envolve porque ela está ficando cada vez mais extensa. Com a internet principalmente, achamos que tudo está tão perto que não nos importamos mais em fazer parte da realidade local e sm da global, e não nos damos conta do quanto estamos sendo observados através do que fazemos usando a web.

Retomando o mito de Platão, acredito que conseguimos traçar um paralelo entre Truman e os homens da caverna. Dentro do cenário artificial gigantesco criado, nosso personagem vive na “caverna” do mundo midiático que projeta para ele uma realidade “perfeita”, para que ele não sinta vontade de sair e viver sua vida fora dali. Da mesma forma temos no mito da caverna, quando a visão da realidade de fora que os homens tinham era aquela projetada nas sombras.

Entretanto em ambos, a vontade de conhecer novos horizontes e conquistar novas “cavernas” prevaleceu e eles buscaram a liberdade. Diante disso, podemos ainda fazer a ligação do trauma de Truman com o alto mar a projeção das sombras dos homens do mito da cavern ligação do trauma de Truman com o alto mar e a projeção das sombras dos homens do mito da caverna, ambos tinha uma barreira para passar, quando eles teriam que se soltar da Vlda cotidiana e ousar.

Assim como ocorreu com Truman, a midia usa de estratégias para que não saiamos do simulacro, criando medos e inseguranças diante da realidade – a estética da violência estandardizada pela midia, através do jornalismo, contribui para isso. A imagem violenta que se constrói de grandes cidades como Rio e São Paulo, dessa forma fazemos de ossas casas nossas próprias gaiolas e temos, cada vez mais, medo de sair, de viver o mundo lá fora. Porém, um aspecto importante que diferencia Truman dos homens da Caverna, sendo dúvida é a presença da audiência.

No mundo de Truman os telespectadores do reality show se dividem e nutrem um misto de emoções em relação a ele: enquanto uns torcem para que ele fique no show, por já terem se acostumado a vê-lo diariamente na W, e nutrem também essa “paixão” ou vício praticamente fraternal pelo rapaz, sentindo pena da sua condição e até torcendo pra que ele saia de lá algum ia, outros poucos que fazem parte da construção do espetáculo ficam “torcendo” para que tudo aquilo acabe e a parcela poderosa artlcula fórmulas de aumentar a audiência usando o personagem para o que lhe vier em mente.

Na condição citada, percebemos a “lógica dos usos o personagem Na condição citada, percebemos a “lógica dos usos”, que os espectadores fazem com toda aquela informação, que tipo de uso eles fazem da midia? por que é mais fácil pensar em Truman como personagem do que como ser humano, porque para a audiência que lhe assistia a vida dele era mais importante quando ra espetáculo, pois na realidade a maioria gostaria de estar lá, na m[dia, aparecer e fazer uso da mídia para se promover.

Isso foi algo que Andy Warhol pensou quando disse que todas as pessoas um dia teriam IS minutos de fama, de fato, estamos na Era do “eu mídia”, onde tudo vale a pena quando a idéia é auto-promoção e divulgação pública de atos do cotidiano. O pesquisador Gustavo Cardoso, em seu livro A midia na Sociedade em Rede (2007), apresenta a estrutura tridimensional da sociedade em rede que podemos encontrar na hipermídia internet, quando percebemos nesse ambiente um local de xplosão de conteúdo sem censura ou limitações de espaço- tempo.

As relações interpessoais passaram a ser feitas de maneira virtual e as pessoas passaram a ter duas vidas, a real e a virtual, ou seria aquela Matrix que falamos anteriormente? Penso que ainda não chegamos na Matrix, porque ainda conseguimos, de uma certa forma, distinguir o que é ou não virtual em nossa vida. Entretanto, como vamos perceber se o virtual entrou no real ou vice-versa PAGFsrl(F7 virtual em nossa vida. Entretanto, como vamos perceber se o virtual entrou no real ou vice-versa ou mesmo se a Matrix entrou no homem ou o omem entrou na Matrix?

Retomando o que foi exposto e fazendo uma conexão com a realidade politica no cenário da globalização, é possível observar que da perspectiva da pílula vermelha, as opiniões sobre a realidade reforçada pela m[dia todos os dias – como no filme Matrix — não passa de uma falsa aparência coletivamente fabricada. Semelhante ao personagem Neo, muitos vivem submergidos num mundo imagináno e não conseguem ver além das sombras do mito, além dos discursos polltico-ideológicos, além das personas disfarçadas de verdade que, estão em busca de votos e fazem parte da etórica oficial e são amplificadas pelo mass media.

Em contrapartida, sob o ponto de vista da pílula azul, governantes e oposicionistas são inimigos e cada lado tenta convencer de que sabe como implantar uma sociedade melhor. Percebemos então que em Matrix existe o real e o simulacro, enquanto em O Show de Truman real e simulacro estão misturados, como anteviu Baudrillard. Foi preciso que o personagem percebesse aquela realidade fantasiosa ao qual ele fazia parte e procurasse buscar conhecer novos muitos e viver novas experiências de vida fora daquele “mundo”.

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