Marcadores culturais surdos – resumo

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FACLIONS – PÓSGRADUAÇÃO DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA LIBRAS Acadêmicos: Keliany Oliveira dos Santos Silv10 Gabriel da Silva Junior RESUMO: “MARCADORES CULTURAIS SURDOS: Quando eles se constituem no espaço escolar Maura Corcini Lopes Alfredo Veiga-Neto Dentre os temas a traz um dos mais pro a cultura e a identida assunto, argumenta teatro e da poesia su m ora to view next*ge lona se aquele que dos estudos surdos: lvimento deste sinais, da arte, do ecessidade de viver em grupo e a experiência do olhar; são marcadores que permite falar de identidades surdas fundadas em uma forma de ser surdo.

Para que um grupo se constitua e se configure como uma comunidade, algumas condições são necessárias, como afinidades entre os diferentes indivíduos, interesses comuns, continuidade das relações estabelecidas, assim bem como tempo e espaço comuns. O espaço que vem possibilitando a aproximação entre os surdos tem sido preponderantemente o escolar.

Com a aproximação e a convivência argumenta se que quando, a comunidade surda é constituída na escola e marcadores culturais são forjados nesse mesmo espaço, as práticas escolares acabam pedagogizando os movimentos surdos. O desenvolvimento do texto expõe em primeiro lugar o ronteiras imateriais mantém uma geografia segregacionista que se alimenta dos padrões sociais usados como marcadores para sinalizar quem são os autorizados a frequentar ou o grupo dos amigos inclu(dos ou o grupo dos excluídos.

Na relação com o ouvinte, o surdo foi ensinado a olhar-se e a narrar se como um deficiente auditivo, esta marca de deficiência determinou durante a história dos surdos e da surdez a condição de submissão ao normal ouvinte. Dessa história de submissão, criaram-se práticas corretivas derivadas de saberes que informam e classificam os sujeitos dentro de fases de desenvolvimento inguístico, cronológico e de perda auditiva.

Ter o próprio surdo como referente significa buscar nele a possibilidade de que ele mesmo sima como referencia, capaz de informar àquele que olha e se olha, sobre a condição de ser A inconformidade dos sujeitos surdos com a condição de deficiência em que sempre se foram narrados e posicionados dentro da rede social, somada as possibilidades criadas por algumas instituições – geralmente escolares que se destinavam, a educar os deficientes auditivos, gera sentimentos de inconformidade e de necessidade de luta por outras condições de ida.

Os marcadores oriundos de uma visão antropológica da surdez inscrevem-na no campo das invenções e das compreensões culturais.

Cultura pode ser entendida como um conjunto de práticas capazes de serem significadas por um grupo de pessoas que vivem e sentem a experiência visual, na ordem da essência, entre outras coisas, inscreve-se o necessitar e a impotência do sujeito; na ordem da cultura, inscrevem-se a contingência, a intencionalidad impotência do sujeito; na ordem da cultura, inscrevem-se a contingência, a intencionalidade, a identidade e a luta, vive se um ovo momento da história dos surdos; existem conquistas nesse campo que estão exigindo novas lutas.

Os surdos conformam um grupo que mostra ser feito pela cultura e pela indefinição do próprio devir cultural. A cultura surda, como qualquer outra cultura – pelo caráter da imprevisibilidade, da não territorialidade, da não precisão e do não alicerce que garanta condição de permanência e de segurança, não consegue se definir um tipo certo e definitivo de identidade. A cultura surda, assim como qualquer outra, é uma cultura que jamais conhecerá a tranquilidade do viver sem luta.

Dando ênfase os marcadores culturais surdos, estão algumas estratégias criadas pelo grupo; uma delas, e talvez a principal, é a exaltação da diferença surda. Ser surdo pode ser compreendido como a possibilidade de ter uma existência construída sobre marcadores que afirmam a produtividade da diferença, a presença imperiosa do ser sobre o si. A escola é um espaço onde o ensino se exerce de forma intencional a partir de um conjunto de princípios selecionados que guiarão professores e alunos, bem como todos aqueles que direta ou indiretamente se relacionam com ela.

Aqueles que estão na escola não conseguem passar por ela sem carregar arcas profundas que esta imprime, a escola constantemente aparece como a responsável pela criação da comunidade e pela manutenção de luta. A responsabilidade delegada e assumida pela escola traz, com ela, a pedagogização de uma comunidade que passa a se estruturar de acordo com o que é proposto PAGF3ÜFd estruturar de acordo com o que é proposto e indicado pela escola.

Muitas são as pedagogias vistas operando nos sujeitos escolares as pedagogias disciplinares, as pedagogias corretivas e as pedagogias psicológicas. A escola de surdos com o fortalecimento do movimento surdo e com a necessidade de s surdos ocuparem outros espaços sociais e no mercado de trabalho, tal escola começou a ser questionada. Não há como mudar e tirar da escola sua intencionalidade pedagógica, mas há como a comunidade surda procurar por outros espaços desvinculados da escola para existir.

Parte da pesquisa apresentada possibilita perceber que, delimitando a cultura surda, há uma grande variabilidade de marcadores. Ser surdo significa partilhar uma experiência que passa e que deixa inscrito, naqueles que a vivenciam, sinais que informam formas de viver a condição de ser surdo. Enfim, a língua de sinais, olhar surdo, a luta e a necessidade de comunidade são marcas surdas que enunciam uma diferença que precisa de movimento e de espaço para acontecer.

A diferença surda necessita ser despedagogizada; para tanto, dar autonomia e condições, inclusive financeiras, para o movimento surdo estruturar-se parece ser uma condição pela quais muitos surdos lutam. Embora a escola de surdos continue sendo um dos lugares onde a aproximação surda acontece sem gerar grandes resistências sociais e familiares, ela continua possuindo uma tarefa diferente daquela que poderíamos atribuir a uma associação de surdos organizada.

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