Os pré-socráticos

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SUMÁRIO Introdução História da Filosofia e dos filósofos pré- socráticos — … 33 Escolas Escola Jônica . C] Escola Pitagórica 8 Escola Eleata g C] Escola Atomista A Transadministraçã filosofia na vida de u Filosofia e Complem Administração Conclusão . 17 I – INTRODUÇAO orig 16 Referências dução a uma idéia: A importância da resas ensar da nova No final do século VII a. C. e meados do VI a. C. no chamado Período Arcaico da antiga Grécia, surgiram os Swipe to vlew next page os primeiros filósofos conhecidos como pré-socráticos. Receberam esse nome por antecederem Sócrates. Mas essa divisão se dá mais propriamente ao objeto de sua filosofia, em relação à novidade introduzida por Platão, do que à simples cronologia, já que há relatos de que alguns dos ditos pré- socráticos são contemporâneos a Sócrates, ou até posteriores a ele (os sofistas). Os principais filósofos pré-socráticos (e suas escolas) foram- . nna Escola Jônica com os principais filósofos Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso; Escola Pitagórica (ou Itálica) com os representantes principais Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona, Alcmeão de Crotona e Árquitas de Tarento; Escola Eleata cujos filósofos principals são Xenófanes de Colotão, Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia e Melisso de Samos E por fim, a Escola Atomista com os filósofos principais Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.

A característica comum aos pré-socráticos é a preocupação com a natureza, com o mundo natural. Por isso, são também chamados de “fisiólogos”. A partir do momento em que procuram explicar a natureza das coisas reduzindo sua multiplicidade a um só principio, eles acabam rompendo com a forma de pensamento do mundo antigo e passam a se basear na azão e não mais na tradlção mítica e no sobrenatural.

II – HISTÓRIA DA FILOSOFIA E DOS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS Su gidos no Período Arcaico, primeiramente, os pré-socráticos recebem o nome de naturalistas ou filósofos da physis (natureza – entendendo-se este termo não em sentido corriqueiro, mas como realidade primeira, originária e fundamental, ou o que é prim em sentido corriqueiro, mas como realidade primeira, originária e fundamental, ou o que é primário, fundamental e persistente, em oposição ao que é secundário e transitório) e tinham como escopo especulativo o problema cosmológico.

Buscavam a arché (ou princípio) das coisas. Posteriormente, com a questão do princípio fundamental único entrando em crise, surge a sofistica (a arte e a sabedoria para falar em público), transferindo o foco do cosmo para o problema moral e o homem. 3 Os filósofos pré-socráticos são chamados com propriedade de “os pais da filosofia”. Motivo: foram os responsáveis pela mudança de pensamento que antes era mítico e sobrenatural para o pensamento crítico racional e filosófico. Isso ficou conhecido como o “milagre grego”, alcançando a maturidade nas obras de Platão e Aristóteles. or isso, essa nova forma e pensamento ficou conhecida como Filosofia (filo = apego, amor, amizade, sofia sabedoria). Tales de Mileto, Anaximandro e Anax[menes, da Escola de Mileto, colônia grega da Ásia Menor, estão entre os primeiros pré-socráticos. A partir deles, se seguiram diversos outros, até o surgimento de Sócrates, quando os historiadores, então, estabeleceram um novo período filosófico. Mas chamá-los de pré-socráticos pode até ser considerado uma forma pejorativa, visto que tanto e tão diversas foram as suas teorias, cabendo a certeza de que cada um deles merece um espaço único na filosofia.

No entanto, e considerando ue grande parte dos historiadores os inclui num só grupo, apesar de em escolas diferentes, não fugiremos ao tratamento destinado e os chamaremos pré-socraticos ao nos referirmos ao todo. Esse não fugiremos ao tratamento destinado e os chamaremos pré- socráticos ao nos referirmos ao todo. Esse tratamento coletivo a eles é justificado no fato de que tudo o que temos sobre as ideias e a vida de cada filósofo pré-socrático ser apenas pequenos fragmentos de suas obras, que chegaram a nós por meio de Aristóteles e Platão. Talvez algumas dessas obras possam ter chegado à Biblioteca de Alexandria.

Na Escola de Alexandria circulavam compilações conhecidas posteriormente como doxografias, que vem do grego e significa opinião escrita. Em particular, era atribuída a Teofrasto uma doxografia com o nome de Opiniões dos físicos, que seria uma compilação de fragmentos de pré-socráticos. Hermann Diels começou no final do século XIX uma compilação de testemunhos e fragmentos dos pré-socráticos espalhados por várias obras antigas, publicando esse material com o nome de Die Fragmente der Vorsokratiker (tradução: Os fragmentos dos présocráticos) que se transformou na obra de referência sobre o tema.

Posteriormente, Walther Kranz organizou novas edições dessa obra, que passou a ser conhecida como Diels-Kranz. No meio acadêmico é comum utilizar a citação padronizada de Diels-Kranz para os présocráticos. Por exemplo, DK22B53 é o fragmento 53 de Heráclito no qual expressa que a guerra é o pal de todas as coisas. Para nos situarmos, é essencial que mencionemos os demais períodos da história da filosofia grega: 4 Período Homérico (1200 a. C. à 800 a. C. ): Recebeu este nome devido às obras narradas por Homero, as aventuras dos gregos na Ilíada e na Odisséia; Cl Período Clássico (século V a. C. ao século IV a. C. : Neste per(odo teriam v Ilíada e na Odisséia; C] Período Clássico (século V a. C. ao século IV a. C. ): Neste período teriam vivido Sócrates, Platão e Aristóteles; C] Período Helenístico: Quando a Grécia perde sua independência para a Macedônia e, depois, para Roma. III – ESCOLAS São apontadas quatro principais escolas pré-socráticas, divididas em razão da physis (fonte originária de todas as cosias, a força que as faz nascer, brotar, desenvolver-se, renovar-se incessantemente) de cada filósofo. Eis as escolas: C] Escola Jônica: om Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto e Heráclito de Éfeso. . Tales de Mileto Nascido na Jânia, Ásia Menor, pro volta de 624 a. C. Sua arché (florescimento filosófico) ocorreu por volta de 585 a. C. Provavelmente, Tales seja o primeiro filósofo grego, investigador das coisas da natureza como um todo. Não há fragmentos de seus estudos. O que se conhece sobre ele provém do que nos foi transmitido pelos doxógrafos. Segundo o histonador Heródoto, ele foi um dos Sete Sábios da Grécia arcaica. E, ao que consta, foi político, engenheiro e comerciante. Fez algumas descobertas stronômicas e matemáticas, razão pela qual Aristóteles o consagra como fundador da teoria cosmológica.

Atribui-se a Tales a afirmação de que “todas as coisas estão cheias de deuses”, o que provavelmente se associa à ideia de que o imã tem vida, pois move o ferro. Ele ainda elaborou uma teoria para explicar as cheias do Rio Nilo. Na matemática, o Teorema de Tales é o que mais se conhece sobre ele. Tales foi um dos filósofos que acreditava que as coisas têm por trás de si um princípio matéria, físico, a arché. E essa arch fisico, a arché. E essa arché seria a água, que, para ele, era o rincípio do Universo.

Ele obseNou que o calor necessita de água, que o morto resseca, que a natureza é 5 úmida, que os germens são úmidos, que os alimentos possuem seiva, concluindo seu princípio. A água seria um momento no todo em geral, um elemento. Por isso, ela (a água) é o principio do devir, isto é, da mudança e do movimento. Para Marilena Chauí, “Tales considera que as coisas são viventes ou animadas e por isso se transformam e se conservam. A água faz todas as coisas e é a matéria e a alma de todas elas. ” Principais fragmentos: . a água é o principio de todas as coisas.. ” ” s coisas estão cheias de deuses… 2. Anaximandro de Mileto . todas Nasceu por volta de 610 a. C. e morreu por volta de 547 a. C. e de sua vida pouco se sabe. Viveu em Mileto, sendo discípulo e sucessor de Tales. Foi geógrafo, matemático, astrônomo e politico. Alguns relatos constam que escreveu um livro, que depois foi chamado de “Sobre a natureza”. Anaxmandro achava que nosso mundo seria apenas uma infinidade de mundos que evoluiriam e se dissolveriam em algo chamado por ele de ilimitado ou infinito, o aperron. Esse apeíron seria uma “massa geradora” dos seres, contendo em si, todos os elementos ontrários.

Talvez ele não pensasse em uma substância conhecida, tal como Tales concebeu. Talvez queria dizer que a substância que gerou todas as coisas seria algo diferente das coisas criadas. Fica evidente que esse elemento não poderia ser algo tão comum como a água. Anaximandro se recusa a ver a PAGF Ig elemento não poderia ser algo tão comum como a água. Anaximandro se recusa a ver a origem do real em um elemento particular; todas as coisas são limitadas, e o limitado não pode ser a orgem das coisas. Do ilimitado surgem diversos mundos e se estabelece a multiplicidade.

Anaximandro tinha um argumento contra Tales: o ar é frio, a água é úmida e o fogo, quente. Essas coisas são antagônicas entre si, portanto, o elemento primordial não poderia ser um dos elementos visíveis. Teria que ser um elemento neutro, presente em tudo, mas invisível. Esse filósofo foi o iniciador da astronomia grega. Foi também o responsável pela confecção de um Mapa-Múndi com o mundo então conhecido. Ampliando a visão de Tales, foi o primeiro a formular o conceito de uma lei universal presidindo o processo cósmico total. 6 Principais fragmentos: ” o ilimitado é eterno… ” o ilimitado é mortal e indissolúvel. 3.

Anaxímenes de Mileto Nasceu por volta de 585 a. C. e morreu próximo a 528 a. C. Foi discipulo e continuador de Anaximandro. Sua akmé (arché) se dá em 546-545 a. C. Foi o primeiro a afirmar que a Lua recebe luz do Sol. para ele a origem de tudo teria de ser o ar ou o vapor. Por isso, mesmo sendo discípulo de Anaximandro, discorda deste pelo fato de não achar que a natureza seja indefinida. Ele acreditava que a água seria o ar condensado e que o fogo seria ar rarefeito. Por isso, o ar constituiria a origem do fogo, do vento, da nuvem, da água, da terra, enfim, de tudo. No entanto, isso deixava sem solução o problema da mudança.

Como uma substâncla podena repentinamente se transformar em outra? 4. Heráclito de Éfeso Nasc Como uma substância poderia repentinamente se transformar em outra? Nasceu em Éfeso, cidade da Jânia, por volta de 540 a. C. Foi descendente de uma família que ainda conservava prerrogativas reais. Sua arché se deu entre 504 e 500 a. C. Embora incluído na Escola Jônica, por sua descendência, Heráclito não teve nenhum mestre e desprezava os filósofos de seu tempo. Assim como o Anaximandro e Anaxímenes, escreveu um livro ambém intitulado de “Sobre a natureza”, mas de forma muito conclsa que recebeu o nome de “O obscuro”. ? conslderado o maior filósofo pré-socrático, por formular vigorosamente o problema da unidade permanente do ser diante da pluralidade e mutabilidade das coisas particulares e transitórias. Estabeleceu ainda a existência de uma lei universal e fixa que rege os acontecimentos particulares e fundamenta a harmonia universal. Heráclito propunha que a matéria básica do Universo seria o fogo primordial que arde eternamente. O mundo, para ele, seria um devir eterno. Ele pensava também que a mudança constante ena a característica mais elementar da natureza. para Heráclito, “tudo flui”, ou seja, tudo está em constante movimento.

Segundo ele, “não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, pois o rio nunca é o mesmo e nós também nunca mais somos os mesmos”. 7 Escola Pitagórica: com Ptágoras de Samos, Alcmeão de Crotona, Filolau de Crotona e Arquitas de Tarento. 1. Pitágoras de Samos Nasceu em Samos, cerca de 580 a. C. e, por sua importância, dá o nome à Escola Pitagóri seguidores e a maioria seguidores e a maioria desenvolvia conhecimentos em matemática. Pouco se conhece da vida deste filósofo e atemático. Há quem duvide de sua existência ou se o nome Pitágoras foi dado aos estudiosos de ciências matemáticas do período.

Por isso, trataremos aqui não só de Pitágoras, mas de toda a Escola Itálica (Pitagórica). Ele defendia uma doutrina ligada à metafísica e na filosofia dos números e da música como essência de tudo que existe e também da própria Divindade. O ponto central da doutrina religiosa é a crença na transmigração das almas ou metempsicose. Em 532-31 foi para a Itália e fundou em Crotona, colônia grega, uma associação metafisico-cient(fico- ?ticopolítica, que foi o centro de irradiação da escola e encontrou partidários entre os gregos da Itália Meridional e da Slcília.

Pitágoras conseguiu fazer com que a educação ética da escola se ampliasse e se tornasse reforma política; porém, houve oposições contra ele e foi constrangido a deixar Crotona, mudando-se para Metaponto. O pitagorismo influenciou muito os pensadores posteriores como Platão, um de seus principais herdeiros. Tanto que, mesmo após a crise do Pitagorismo (em face do famoso teorema, que, maliciosamente recebeu o nome de Teorema de Pitágoras) e de sua quase extinção. A phisis de Pitágoras era os números.

Segundo ele, o um é o princípio de todas as coisas, assim como a matemática. Os números estão em todos os lugares e em todas as coisas, tanto visíveis como invisíveis. O número produz a unidade e a diversidade das coisas e por isso as torna conhecíveis por nossa alma. 2. Alcmeão de Crotona É um dos principais discípulos de Pitágoras. Foi jo por nossa alma. É um dos principais discípulos de Pitágoras. Foi jovem quando seu mestre já era avançado em anos. Interesse principal: ligado à Medicina, de que resultou a sua doutrina sobre o problema dos sentidos e da percepção.

Alcmeão disse que só os deuses tem um conhecimento certo; aos homens, só presumir é permitido. 3. Filolau de Crotona Viveu no século V a. C. Tradicionalmente se aceita que este filósofo tenha escrito um livro em que expunha a doutrina Pitagórica (reservada apenas aos discípulos). Os fragmentos do livro conservam os mais antigos relatos sobre o pitagorismo e influenciaram fortemente Platão que, segundo a tradição, mandou comprar o referido livro, pagando por ele razoável quantia. Filolau dizia que a harmonia resulta da união dos contrários, a união da multiplicidade e o acordo das iscordâncias.

Para ele, há quatro princípios nos seres dotados de razão: cérebro, coração, umbigo e órgãos geradores. O cérebro é o princ[pio do entendimento; o coração, o da alma e da sensibilidade; o umbigo, o do enraizamento e do crescimento do embrião; e os órgãos geradores, o da seminação e criação. O cérebro indicaria o princípio do homem; o coração, o dos animais; o umbigo, o das plantas; e os órgãos geradores, o de todos, pois tudo floresce e cresce das sementes. 4. Árquitas de Tarento Viveu entre 428 a. C. a 347 rado o mais ilustre dos

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