Filósofos pré-socráticos
Sumário Introdução 2 Período pré-socrático (séc. VII-V a. C. ) 3 Tales de Mileto – (+ ou- 640-548 a. C)- 3 Anaximandro – (+ ou – 610-547 a. C)4 Anaxímenes – (+ ou – 588-524 a. Heráclito – (+ ou – 540-470 a. C) 4 Pitágoras (século VI a. C. ) 5 Demócrito oU • 460-370 a. C) 6 Zenão, de Eléia (século V a. C)- 6 conclusá08 Bibliografia 9 Introdução O objetivo desse tra período pré-socrátic to view nut*ge reve estudo sobre o ticos são os filósofos que surgiram antes de Socrates, que deram início à primeira fase da filosofia.
Sócrates foi um filósofo ateniense, e um dos mais importantes ?cones da tradição filosófica ocidental. É considerado por muitos filósofos como o modelo de filósofo. Seus estudos foram voltados para os problemas metafísicos. período Sistemátlco ou Antropológico enquanto no período pré- socrático os estudos foram voltados para a natureza do mundo e o surgimento do universo. Período pré-socrático (séc. VII-V a. C. Período Naturalista pré-socrático, em que o interesse filosófico é voltado para o mundo da natureza. O primeiro período do pensamento grego toma a denominação substancial de período naturalista, porque a nascente porque precede Sócrates e os sofistas, que marcam uma udança e um desenvolvimento e, por conseguinte, o começo de um novo período na história do pensamento grego. Esse primeiro período tem início no alvor do VI século a. C. , e termina dois séculos depois, mais ou menos, nos fins do século V.
Surge e floresce fora da Grécia propriamente dita, nas prósperas colônias gregas da Ásia Menor, do Egeu (Jônia) e da Itália meridional, da Sicília, favorecido sem dúvida na sua obra crítica e especulativa pelas liberdades democráticas e pelo bem-estar econômico. Os filósofos deste período preocuparam-se quase exclusivamente com os problemas cosmológicos. Estudar o mundo exterior nos elementos que o constituem, na sua origem e nas contínuas mudanças a que está sujeito, é a grande questão que dá a este período seu caráter de unidade.
Pelo modo de a encarar e resolver, classificam-se os filósofos que nele floresceram em quatro escolas: Escola Jônica; Escola Itálica; Escola Eleática; Escola Atomística. Tales de Mileto – (+ ou- 640-548 a. C) -Fenício de origem, é considerado o fundador da escola jônica. É o mais antigo filósofo grego. Foi o primeiro dos filósofos pré-socráticos a buscarem explicações de todas as coisas através de um princípio ou origem ausal diferentemente do que os mitos antes mostravam. Ospensadores de Mileto iniciaram uma física e uma cosmologia.
O universo eraconsiderado um campo com pares opostos das qualidades sensíveis. É de Talesa frase de que á água é a origem de todas as coisas. Tudo seria alteração daágua, em PAGF70F11 sensíveis. É de Talesa frase de que á água é a origem de todas as coisas. Tudo seria alteração daágua, em diversos graus. O alimento de toda a coisa é úmido. A terra era concebida como um disco boiando sobre a água, no oceano. Aristóteles afirmou que ele foi o primeiro a atribuir uma causa material para a origem ouniverso.
Cultivou também as matemáticas e a astronomia, predizendo, pela primeira vez, entre os gregos, os eclipses do sol e da lua. No plano da astronomia, fez estudos sobre solst[cios a fim de elaborar um calendário, e examinou o movimento dos astros para orientar a navegação. Provavelmente nada escreveu. Por isso, do seu pensamento só restam interpretações formuladas por outros filósofos que lhe atribuíram uma ideia báslca: a de que tudo se origina da água. Segundo Tales, a água, ao se resfriar, torna-se densa e dá origem a terra; ao se aquecer transforma-se em vapor e ar, que retornam como chuva quando ovamente esfriados.
Desse ciclo de seu movimento (vapor, chuva, rio, mar, terra) nascem as diversas formas de vida, vegetal e animal. A cosmologia de Tales pode ser resumida nas seguintes proposições: A terra flutua sobre a água; A água é a causa material de todas as coisas. Todas as coisas estão cheias de deuses. O imã possui vida, POIS atrai o ferro. Anaximandro -(+ ou – 610-547 a. C) é um filósofo da escola jônica, natural deMileto e discípulo de Tales. Foi geógrafo, matemático, astrônomo e político. Escreveu um livro, Sobre a natureza, que se perdeu. ? considerado autor deum mapa do mundo ha PAGF30F11 livro, Sobre a natureza, que se perdeu. É considerado autor deum mapa do mundo habitado e iniciador da astronomia. Afirmou que a origem de todas as coisas seria o apeíron, o infinito. O mundo se dissolveria neletambém. É apenas um mundo dentre muitos. Ao contrário de Tales não deu àgênese um caráter material. O apeíron é eterno e indivisível, infinita e indestrutível. O principio é o fundamento da geração de todas as coisas, a ordem do mundo evoluiu do caos em virtude deste princípio.
Teve comodiscipulo Anaxímenes. Anaxímenes – (+ ou – 588-524 a. C) foi um filósofo da escola ônica, que temcomo caracteristica básica explicar a origem do universo ou arché a partir de uma substância única fundamental. Refutando a teoria da água de Tales, e do ápeiron de Anaximandro, Anaxímenes ensinava que essa substância era o ar infinito, pneuma ápeiron. O universo resultaria das transformações do ar, da sua rarefação, o fogo, ou condensação, o vento, a nuvem, a água e a terra e por último, pedra.
Esse era o processo por qual passava uma substância primordial, e resultava na multiplicidade, os quatro elementos. O ar tinha o eternoelemento. Escreveu uma obra, como Anaximandro: Sobre a natureza. Dedicou-se àmeteorologia, foi o primeiro a considerar que a lua recebe a luz dosol. Era companheiro de Anaxmandro. Hegel diz que Anaxímenes ensina que nossa alma é ar, e eles nos mantêmunidos, assim um espírito e o ar mantém unido o mundo inteiro. Espírito e ar são a mesma coisa. A substância da origem volta a ser uma coisa determinada como em Ta PAGFd0F11 Espírito e ar são a mesma coisa. m Tales. Anaxímenes identificou o ar talvez porque tenha visto seu movimentoincessante, e que a vida e o ar andam juntos, na maioria dos casos. A respiração é um processo vivificante, dependemos dela durante toda a nossa vida. Ele via que no céu existem nuvens, e que a matéria possui diferentes graus de solidez. Outra frase que consta nos fragmentos é “O sol largo como uma folha”. Heráclito – (+ ou – 540-470 a. C)nasceu em Éfeso, cidade da Jânia, descendente do fundador dacidade. É considerado o mais importante dos pré-socráticos. É dele a frase de que tudo flui.
Não entramos no mesmo rio duas vezes e o sol é novo a cada dia. É o filósofo do devir, a lei do universo, tudo nasce se transforma e se dissolve, e todo o juízo seria falso, ultrapassado. Desprezava a plebe, não participou da pol[tica e desprezou a religião, os ntigos poetas e os filósofos de seu tempo. É o primeiro pré- socrático com um número razoável de pensamentos, que são um tanto confusos, e por isso tem o nome de Heráclito, o obscuro. São afonsmos. Foi muito critico. Chama a atenção, além da pluralidade, para os opostos. Tanto o bem como o mal são necessáriosao todo.
Deus se manifesta na natureza, abrange o todo e é crivado de opostos. O logos é oprincípio cósmico, elemento primordial, e a razão do real, a inteligência. A verdade se encontra no devir, não no ser. Com sentidos poderosos, poderíamos vê-lo. O pensamento humano participa e é parte do pe Com sentidos poderosos, poderíamos vê-lo. O pensamento humano participa e é parte do pensamento universal. O fogo é eterno, um dia tudo se tornará fogo. O sol seria da largura de um pé humano. A felicidade não está nos prazeres do corpo. A morte é tudo que vemos despertos, e tudo o que vemos dormindo é sono.
Existe a harmonia vislVel e a invisível. A alma não tem limites, pois seu logos é profundo e aumenta gradativamente. O pensar é comum a todos. A terra cria tudo, e tudo volta para ela. Hegel identifica em Heráclito à dialética: Heráclito concebe o absoluto como processo, com a dialética, exterior, um raciocinar e cá para lá e não a alma da coisa da coisa dissolvendo- se a simesma, a dialética imanente do objeto, situando- se na contemplação do sujeito, objetividade de Heráclito, compreendendo a dialética como princípio. O ser não é mais que o não ser.
O fogo condensa-se, e apagado vira água. Encontramos em Heráclito algo comum entre os sábios: o desprezo pelo populacho, (como era comum Nietzsche dizer) e instituições dominantes. Ele pode ter contemplado com os seus próprios olhos o devir, movimento inteligente do universo e maravilhoso. Encontrou fogo na alma humana, comparou-a com uma chama que se paga na morte. Identificou o infinito na natureza, não apenas o matemático, mas o que constitui a essência das coisas. Pois todas as coisas têm uma essência, e o fluxo da alma é tão fundo que não tem fim. Pitágoras – (século VI a. C. Conhece-se muito pouco sobre a vida desse filósofo, pois foi uma figura legendária, e é VI a. C. ) Conhece-se muito pouco sobre a vida desse filósofo, pois foi uma figura legendária, e é difícil distinguir o que é verdade e o que é mentira. Nasceu em Samos, em uma época em que na Grécia estava instituido o culto ao deus Dioniso. Os órficos (de Orfeu) acreditavam na imortalidade da alma e em reencarnação (metempsicose), e para se livrar desse ciclo, necessitava da ajuda de Dioniso, deus libertador. Pitágoras postulou como via de salvação em vez desse deus, a matemática. Acreditava na divindade do número.
O um é o ponto, o dois determina a linha, o três gera a superfície e o quatro produz o volume. Os pitagóricos concebem todo o universo como um campo em que se contrapõe o mesmo e o outro. É de Pitágoras o teorema do triângulo retângulo. Fundou uma seita, em que a salvação dependia de um esforço humano subjetivo, e que tinha iniciação ecreta. Os números constituem a essência de todas as coisas segundo sua doutrina, e são a verdade eterna. O número perfeito é o dez, por causa do triângulo místico. Os astros são harmônicos. Foi Pitágoras que inventou a palavra filosofia – (amizade ao saber).
A escola de Pitágoras gerou os pitagóricos, que procuraram aperfeiçoar o sistema filosófico original. Eles floresceram em uma colônia grega na Itália. Pregavam o ideal da salvação do homem, tinham um caráter místico e espiritualista, e davam à matemática um caráter matemático. Muitos filósofos foram também matemáticos, que atribuem o universo à lógica dos números e em muitos pontos de sua doutrina buscam a matemática para f atribuem ao universo à lógica dos números e em muitos pontos de sua doutrina buscam a matemática para fundamentar a sua lógica. ? uma visão mecanicista, que identifica no mundo o raciocínio matemático. Platão exaltava a geometria, por essa ter um caráter abstrato. Outros filósofos matemáticos importantes foram Descartes, Leibniz e Bertrand Russel. Spinoza escreveu um livro chamado À ética demonstrada pelo método geométrico, que é o método euclidiano de expor. Demócrito (+ ou – 460-370 a. C) – nasceu em Abdera (Trácia). Foi discípulo e sucessor de Leucipo, desenvolveu sua teoria atomista e participou da escola iniciada por seu mestre em sua terra natal.
De sua vida sabem-se poucas coisas seguras, mas fala-se que viajou multo, recebeu homenagens de seus concidadãos. É famosa a tradição que lhe atribui um riso constante, presente para qualquer coisa. É um dos primeiros materialistas. Teria deixado cerca de noventa obras. Para resolver o impasse surgido nas teorias de Heráclito e Parmênides, desenvolve a teoria de que tudo seria composto por partículas minúsculas indivisíveis invisíveis a olho nu, inclusive a alma. Os átomos da alma se desintegrariam no momento da morte. Portanto, não acredita na imortalidade da alma, embora gostasse de Pitágoras.
Trabalhou muito, dizia que os trabalhos feitos de bom grado fazem mais leves as cargas dos impostos a contragosto. Na sua filosofia, o trabalho continuado torna-se mais leve por causa do átomo. Um trabalho bem feito e terminado dá mais satisfação que o descanso, e um trabalho e átomo. Um trabalho bem feito e terminado dá mais satisfação que o descanso, e um trabalho em que não há retorno causa muito desprazer. O homem sensato dosa a avareza com o gasto, e suporta com brandura a pobreza. Quanto à forma, a emanação é igual às coisas.
Os átomos são indivisíveis, pois se fossem divisíveis em partículas ainda menores. A natureza acabaria por se diluir. E como nada pode surgir do nada, são eternos. O movimento existe, pois o pensamento é movimento, e também os átomos se movem. Quando os átomos estão em equilíbrio, são tão numerosos que não podem mais se mover, os mais leves sãorepelidos para o vazio exterior (portanto, o vazio existe) e os outros permanecem juntos, formando um conglomerado. Cada um desses conglomerados que se separam das massas dos corpos é um mundo, e existem infinitos mundos.
Esta é uma visão nietzschiana da teoria de Demócrito. A essência da alma está na sua natureza animadora, de movimento. A alma é feita de átomos sutis, que se movem, lisos e arredondados. O fogo faz parte da essência do homem. Se a respiração cessa, o fogo interior escapa, e ocorre a morte. O homem e infeliz porque não conhece a natureza. Temos de nos contentar com o mundo tal como ele é. Os átomos constituem a explicação última da natureza. Foi o mais lógico dos pré-socráticos. Nietzsche o onsidera um poeta, Aristóteles admira sua universalidade.
Sua doutrina seguiu adiante, e temos outros atomistas, como Epicuro. Zenão, de Eléia (século V a. C)-cerca de quarenta anos mais jovem que o seu mestre e conterr PAGF40F11 Zenão, de Eléia (século V a. C)-cerca de quarenta anos mais jovem que o seu mestre e conterrâneo Parmênides. Nasceu na Eléia, e interviu na política, dando leis à sua pátria. Zenão teria deixado cercade quarenta argumentos, sendo que nove foram conservados pelo doxógrafos. São dispostos em problemas de grandeza, do espaço, do movimento e da percepção sensível.
Ele parte da divisibilidade infinita do espaço, pois um corpo percorrendo um espaço infinito em um tempo finitoestaria imóvel. Seus argumentos constituem-se verdadeiras aporias (caminhos sem saída), indo até ao absurdo. Foi considerado por Aristóteles o inventor da dialética, no sentido de diálogo que parte das premissas do adversário e o põe em contradição, numa posição insustentável. Defendeu as teorias do ser de seu mestre, Parmênides, contra os seus adversários, notoriamente os pitagóricos, que pregavam o ser múltiplo e divislVel_ O infinito não pode ser percorrido num tempo finito, só em um tempo nfinito.
Seus argumentos ficaram conhecidos como paradoxos de zenao. Paradoxo de Aquiles: o mais lento na corrida jamais será alcançado pelo mais rápido, pois o que persegue deve sempre começar a atingir o ponto de onde partiu o que foge. Outro argumento pretende afirmar que uma flecha está em repouso ao ser projetado. É a consequência da suposição de que o tempo seja composto de instantes. Ele demonstra que quando há o múltiplo, há o grande e o pequeno. Quando grande, o múltiplo éinfinito, segundo a grandeza. Para Hegel, a dialética de Zenão possui mais objetivi