Gestão democrática: um estudo de caso

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INTRODUÇÃO Segundo Mograbi (2002): Teorizar é tematizar, trazer a consciência o que usamos como pressupostos. As teorias podem iluminar nossos caminhos. Conhecê-las, ter sensibilidade e compromisso político nos levam a buscar caminhos pr de nossas práticas co uma educação inclusl desafio. (Nós da Esco Ian ar 27 S”ipe to view desenvolvimento ar voltadas para te é o nosso grande É a partir dessa reflexão que parti em busca de uma teorização do trabalho de Gestor dentro de uma escola pública que está na busca de uma escola inclusiva e de qualidade.

Cada vez mais os profissionais de hoje, em especial os de ducação, estão se defrontando com novos desafios, tais como a globalização, a descentralização, as novas tecnologias de informação, a terceirização… As próprias noções de trabalho e emprego estão mudando e conseqüentemente, a própria formação para o trabalho e vida em sociedade. emocrática e participativa não pode haver imposição, senão deixa de sê-la. O presente trabalho visa mostrar que o Diretor, além de seu papel de administrador, tem também uma função transformadora, necessitando, portanto, de um novo perfil, caracterizado pela necessidade de mudar a sua maneira de islumbrar o processo de gestão, preocupando-se com as transformações cotidianas que acontecem dentro da Escola. ara Wittman e Franco (1998), administração é entendida: Como uma instância inerente à prática educativa, que abrange o conjunto de normas/diretrizes e práticas/atividades que garantem, de um lado, o significado ou o sentido histórico do que se faz e, de outro lado, a unidade do conjunto da diversidade de sua concretização. A administração da educação engloba as políticas, o planejamento, a gestão e a avaliação da educação. (p. E o que é Gestão? Gestão é administração, tomada de ecisão, organização e direção.

Ela está relacionada à atividade de impulsionar uma organização a atingir seus objetivos, cumprir sua função e desempenhar seu papel. Nesse ponto pode-se perceber que administração, entendida aqui no termo mais restrito de gerir um bem, defendendo os interesses daquele que o possui, afasta- se da Gestão, principalmente de Gestão Escolar. E, enquanto Gestor do CIEP Mário de A nho poupado esforços PAGF enquanto transformadora social e a função social da Escola.

Já o Capítulo III é dedicado a lançar um olhar apurado sobre a Gestão Democrática, a autoridade e o poder do gestor escolar. Por último, mas não menos importante, serão as conclusões onde me deterei, sobretudo, a ação gestora no Ensino Médio, meu campo de atuação e sobre as reflexões que surgiram durante a pesquisa e escrita desse diálogo com inúmeros pensadores, que tenho certeza lançarão novas questões sobre minha prática cotidiana.

CAPÍTULO I TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO APLICADAS À GESTÃO ESCOLAR O termo “gestor”, amplamente utilizado na atualidade, amplia as competências exigidas deste profissional, demandando uma visão ampla, dinâmica e articulada, conjugando decisão avaliação constantes. Seja qual for a concepção utilizada, entendido que o conhecmento histónco das Teorias da Administração, aplicando-as à realidade escolar, é fundamental para a formação do gestor. Apresentarei a seguir as diversas teorias agrupadas em três grandes blocos históricos, como o fazem Ferreira et al (2000): 1.

Teorias Tradicionais de Gestão 2. Teorias Modernas de Gestão 3. Teorias E-mergentes de Gestão estruturada e a divisão de tarefas. Tais teorias tiveram enorme importância histórica e ganharam destaque até a década de 60. São as principais: 1 . 1. 1 Administração Científica Seu principal teórico é Taylor, que analisando as tarefas dos operários, elaborou um modelo onde deveria contemplar a identidade de interesses entre patrão e empregado (o máximo de prosperidade), conjugando o baixo custo da produção, desejado pelo empregador, aos altos salários, anseio dos empregados.

Taylor separou as atividades de planejamento e supervisão (administração), das atividades de execução (operários), propondo uma “Organização Racional do Trabalho” (ORT), cujos princípios eram: seleção científica do trabalhador; estabelecimento de um tempo padrão para execução de cada arefa; plano de incentivos salariais; divisão do trabalho (cada tarefa deve ser dividida o maior número possivel em subtarefas, pois assim o trabalhador se especializará ao máximo); controle rígido dos funcionários – supervisão funcional; padronização das tarefas; estabelecimento de boas condições físicas de trabalho. . Teoria Clássica da Administração: Fayol defendia princípios semelhantes a Taylor, mas com uma ênfase maior na estrutura. Segundo Chiavenato (1998, p. 87): funções da gerência administrativa, como ele mesmo chamou. Elas possuem bastante atualidade embora, posteriormente, correram profundas mudanças no que concerne às funções do gestor. São cinco essas funções: • Planejar ou prever – estabelecer os objetivos e as formas de execução, visualizando o futuro e traçando as formas de ação. • Organizar – coordenar todos os recursos em função dos objetivos definidos. ?? Comandar – fazer com que as pessoas executem as tarefas que lhes são atribuídas, respeitando a hierarquia existente. • Coordenar – articular as atitudes e esforços de toda a organização • Controlar — estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam verificar que tudo ocorra de acordo om as regras estabelecidas e as ordens dadas. 3. Escola de Relações Humanas: Seu principal teórico foi Elton Mayo e marcou, na década de 30, o início da preocupação com o fator humano na administração. A partir de um ex erimento[2] Mayo definiu os princípios da chamada ‘ ações Humanas”.

São PAGF s OF insatisfeito com a inadequação do modelo de relações humanas à realidade empresarial e influenciado pela Teoria Comportamental[3] focou seus estudos na relação entre o sucesso de uma organização e a capacidade que ela tem de prever e controlar o comportamento. Ele construiu duas teorias contrastantes: a Teoria X, em que a autoridade determina a direção e o controle, e que ele considera inadequada, e a Teoria Y, em que é a integração que legitima a autoridade e busca-se a integração entre os objetivos pessoais e organizacionais. . 1. 5 Teoria Sistémica: A Teoria Sistêmica, que teve destaque na década de 60, parte do estabelecimento de um paralelo entre os organismos vivos e as organizações. Nessa teoria as organizações são consideradas sistemas abertos (sistemas que apresentam relações de intercâmbio com o ambiente, através de entradas e saídas) e ompostos por cinco parâmetros: entrada ou impulso (input); saída, produto ou resultado (output), processamento; retroação, retroalimentação ou retroinformaçao (feedback); ambiente. 1 . Teorias Modernas de Gestão Este paradigma teórico ganhou tal complexidade que não se trata de apenas mais modelos de gestão, mas de conhecimentos envolvendo aspectos técnicos, humanos e estratégicos das organizações. gestão como uma tarefa criativa, e não apenas adaptada ao que já existe e está definido. • Desenvolvimento pessoal – enfatiza a ampliação e o aprimoramento dos recursos humanos da empresa. ?? Descentralização administrativa – promove o aperfeiçoamento da organização. • Autocontrole • Autoridade e liderança 1*2. Administração Contingencial: Surgiu como um aprofundamento sobre a Teoria Sistêmica[4]. A Abordagem Contingencial enfatiza que não é possível atingir a eficácia organizacional seguindo um modelo único e exclusivo, visto que não existe forma única para atingir os diversos objetivos das organizações situadas em um ambiente altamente variado. Esta abordagem marca uma nova etapa do estudo das administrações no momento em que passa a levar em conta iversas variáveis que podem influenciar ou não uma empresa.

Algumas dessas variáveis podem ser: relativas ao ambiente geral (condições tecnologias, econômicas, polticas, legais, demográficas, ecológicas, culturais… ) ou relativas ao ambiente da tarefa (fornecedores, clientes ou usuários, concorrentes, entidades reguladoras… ). 1. 2. 3 Administração Estraté ica: PAGF 7 controle estratégico. 1. 2. 4 Administração participativa: A participação dos trabalhadores nas decisões da empresa vem sendo um ponto extremamente discutido nas últimas duas décadas.

Este modelo de administração consolidou-se como um atalisador da produtividade e do avanço tecnológico de alguns parses orientais. A administração participativa tem como objetivos, segundo Mendonça (1987): • Ampliar a responsabilidade social das empresas; • Equilibrar os interesses dos vários setores envolvidos; • Desenvolver uma cultura organizacional democrática; • Reduzir a alienação; • Utilizar totalmente o potencial humano; • Diminuir os conflitos, estimulando a cooperação; • Aumentar a satisfação das pessoas; • Obter maior competitividade da organização. . 2. 5 Administração Ja PAGF 8 OF empresa ao ambiente. Entre as mudanças profundas, provocadas pela reengenharia, podemos citar como exemplos: os papéis dos trabalhadores ganham maior autonomia; o enfoque de mero treinamento para as tarefas, muda para educação; as estruturas da organização mudam de hierárquicas para niveladas; os gerentes mudam de supervisores para capacitadores; os critérios de promoção mudam de desempenho para habilidade ou competência. (FERREIRA et al, 1997, p. 23). . Administração Virtual: A Administração Virtual é realizada por pessoas reais, que dominam a informação em tempo real e estabelecem relacionamentos confiáveis. Requer uma preparação mais primorada dos trabalhadores e a configuração passa a ser on- line. 1. 4 Relação com a Gestão Escolar: Pretendemos estabelecer aqui algumas analogias entre as Teorias da Administração apresentadas e a Gestão Escolar, ou seja, como as formas de administração contribuem para a gestão escolar.

Apresentaremos alguns dos impactos que os três grandes paradigmas da administração – Tradicional, Moderno e Emergente — causaram na administração escolar. e controlando todos os recursos para tal. Devido à sua posição central na escola, o desempenho de seu papel exerce forte influência (tanto positiva quanto egatlva) sobre todos os setores e pessoas da escola. E do seu desempenho e de sua habilidade em influenciar o ambiente que depende, em grande parte, da qualidade do ambiente e clima escolar, do desempenho do seu pessoal e da qualidade do processo ensino-aprendizagem. p. 16-17) A escola foi influenciada, em um momento posterior, pela Escola de Relações Humanas de Fayol e pela Teoria Y de McGregor, surgindo uma gestão, preocupada com a integração social, com os aspectos ligados à criatividade e motivação e com os grupos informais existentes na escola, enfatizando aspectos emocionais em detrimento de outros, puramente objetivos. A década de 70 e o Tecnicismo, que dominou o cenário educacional brasileiro, marcaram a influência da Teoria Sistêmica sobre a Gestão Escolar.

Utilizavam fartamente planilhas para elaboração de planejamentos, e nestas viam os inputs, outputs e do feedback obtido por meio da avaliação. Infelizmente, isto não tornou a escola mais dinâmica, eficaz e democrática. Ao contrário, o diretor tornou-se mais impessoal e friamente técnico, às vezes, perdldo em uma infinidade de fluxogramas e papéis que pouco contribuíram para a qualidade da educação no Brasil. Em meados da década escolar começou a

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