Jovens e cidadania

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Relatório do trabalho “Jovens e Cidadania” No âmbito da disciplina de Sociedade Portuguesa e Multiculturalidade, foi-nos proposto pela docente, que a partir do texto “Jovens e Cidadania”, elaborássemos um diagrama visual. Nesse diagrama deveriam figurar aspectos que nos remetessem de imediato para o tema em abordagem. O diagrama que se segue foi o nosso esquema inicial. Aquando a apresentação para a turma, cada um destes rectângulos tinha respectiva definição e imagem correspondente. pic] or7 to view nut*ge Uma das críticas feita pela professora foi que retirássemos todas s informações que dissessem respeito à cidadania fluida e empática, deixando apenas a cidadania participada e a abstracta e estática. posteriormente concordámos com a sua opinião e achamos pertinente a sua proposta. cidadania de “cepa torta”. A Assembleia da República é um exemplo deste tipo de cidadania. No que concerne ao alargamento da cidadania podemos afirmar que se não sonharmos, então nada se fará e o país nunca mais sairá da cepa torta, é neste sentido que assenta a base do esquema e do texto.

Contrariamente à polis, temos a urbs. PAGFarl(F7 nunca foi atacar alguém, mas demonstrar que o poder está nas ãos dos cidadãos. Os cidadãos dispõem hoje de novas formas de se agregarem, e mesmo que não se consigam impor, estão dispostos a não se deixarem submeter. Podemos então afirmar que do lado da polis a cidadania que persiste é uma cidadania abstracta e estatica, esta é imóvel e o indivíduo apenas a conhece na perspectiva de pensamento metafísico. Já, no lado urbs, a cidadania que é valorizada é a participada, pois os direitos são conquistados, o indivíduo tem poder de criação na sua cidade.

PAGF3rl(F7 século WIII, quando o topos urbano se vê aprisionado nas marras engendradas por engenheiros, arquitectos e higienistas. ” In “Jovens e Cldadania”, José Machado pais “Somos cidadãos na medida em que sejamos capazes de levar em conta a atitude do outro, num reconhecimento que pressupõe intersubjectividade, trajectividade. nem sempre as preocupações e aspirações dos jovens são levadas em linha de conta. Por isso são criticos em relação a direitos que não os fazem passar da “cepa torta”. Em que se traduz essa cidadania da “cepa torta”?

Em direitos civis de propriedade entre quem nada tem. Em direitos políticos de voto entre quem nunca é otado. Em direitos sociais como os de livre acesso à educação que por sistema têm o condão de repelir os que a ela acedem com mais dificuldade. É que a cidadania da “cepa torta” é regida por princípios universalistas que ignoram as necessidades particulares a que respeitam as diferentes identidades. É uma cidadania que tende a olhar os cidadãos como iguais quando, na realidade, eles são diferentes.

Enfim, é uma cidadania que abraça os mitos homogeneizadores perante uma realidade heterogénea, de diferentes grupos culturais e sociais. ” In “Jovens e Cidadania”, José Machado pais A oposição urbs/polis é análoga à que Espinoza propôs entre potência e poder. A urbs é uma otência espinoziana, uma energia criativa. Os movim s mostram quanto o à sua maneira, anunciam outros modos de vida. Quando a polis ganha consciência da urbs criam-se reais condições para o exercício da cidadania participada. ” In “Jovens e Cidadania”, José Machado Pais .

Com a Revolução Francesa, a ideia de cidadania apareceu associada à da expressão mais acabada do universalismo revolucionário. A luta pela emancipação foi feita em nome de direitos universais, em virtude de uma ideologia assimilacionista , de modo algum, por respeito a uma pluralidade de culturas, cuja ideia, decerto, jamais passou pela cabeça de qualquer jacobino (Ferry, 1990; e craith, 2004). ” ‘Tradicionalmente, o conceito de cidadania estabelece fronteiras e margens entre sociedades e grupos. Uns são enquadrados (os “incluídos”), outros desenquadrados (os excluídos, os marginais).

Mas as margens são definidas a partir do centro, isto é, de valores que são próprios de “nós” (os en uadrados) por contraposição a “eles” (os excluídos). Evid ue há uma cidadania de PAGF domínio das quadraturas formadas pelo “poder arquitectónico” as cidades. ” “O skater recusa aceitar o espaço como um dado pré-existente. Dá-lhe uma existência própria quando o desafia a usos diferentes dos previstos ou pré-estabelecidos. ” “À sua maneira, escrevem a cidade, embora a uma escala micro- espacial, criando registos, traços, sinais reveladores, como também o fazem os jovens graffiters. “Num certo sentido, a cultura diz-nos de onde viemos e para onde vamos. No caso da cultura rave não é assm, tudo parece resumir-se a sensações, perdem-se os referentes e os significados. Os signos não se concebem imobilizados em qualquer significado (signo-ficado). São livres de fluir com as sensações (não ficam, vão). Os aspectos intransitivos da cultura rave – o melhor dos caminhos é o que leva a lado nenhum – encontram-se presentes nos efeitos da química das drogas que lhes dão suporte.

O ecstasy incita a uma espécie de fervor flutuante, a uma energia que se mobiliza para lado nenhum: ou melhor, para a depressão, a ressaca, a fragilidade mental, a melancolia. Por aqui vemos que nem sempre as culturas de fuga à banalidade da vida urbana se traduzem em emancipação. Muitas vezes, elas são manifestações alienantes de resistência a essa mesma banalização de vida. ” idadania de novos direitos conquistados, cuja premência é justificada pelas circunstâncias ou necessidades mutáveis da vida. “Um modelo de cidadania participada é-nos dado por um jogo de computador que tem entusiasmado muitos jovens, ao verificarem que detêm o poder de participar na criação da sua cidade. Refiro- me ao SimCity, lançado em 1990, por Will Wright. ” “É por esta razão que sugiro o conceito de grounded policies – isto é, políticas de intervenção que tenham sempre por referência o chão que elas pisam, os contextos de vida (objectivos, subjectivos e trajectlvos) daqueles a quem elas se dirigem. “

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