Reagentes de diagnóstico

Categories: Trabalhos

0

Reagentes de diagnóstico As potencialidades de aplicação da biotecnologia são muitas e têm atraído o interesse não apenas de cientistas, mas também da indústria, de investidores privados e dos gestores de políticas públicas em todo o mundo. Os novos campos científicos da biotecnologia têm aplicações transversais e entre os principais setores impactados destacam-se agropecuária e alimentos, a indústria química e a farmacêutica. O foco deste trabalho é a biotecnologia aplicada à saúde humana.

Para esse propósito, a definição de indústria farmacêutica adotada não se restringe ao desenvolvimento e à produção e fármacos e medi segmentos nos quais um desses segulmen para diagnósticos. Um reagente de diag ua PACE 1 Sv. ipe tc view ambém outros as farmacêuticas, lvimento reagente a que é utilizada numa reação química para detectar, analisar ou produzir outra substância que indica a presença de uma condição especial. É geralmente parte de um teste diagnóstico, que fornece informações rápidas sobre a ausência ou presença de uma determinada doença.

Para cumprir adequadamente o seu papel, um reagente para diagnóstico deve possuir algumas caracteristicas básicas que eterminarão sua qualidade e terão influência decisiva nos resultados obtidos. Características Básicas de um Reagente para Diagnóstico: A biotecnologia reduziu os custos de diagnósticos ao proporcionara realização de testes diversos com uma única amostra de sangue. Permitiu o desenvolvimento dos chamados substituindo com vantagens alguns testes convencionais.

Muitos novos testes são portáteis e permitem que o médico os realize no local da consulta e decida imediatamente qual o tipo de tratamento necessário, sem que seja preciso enviar a um laboratório. Como são testes de fácil realização, baseados em ores,por exemplo, como os testes de farmácia para gravidez, naoexigem pessoal qualificado, equipamentos de laboratório ou infraestrutura cara, ampliando sua aplicabilidade. Desenvolvimento e Produção O desenvolvimento de um reagente para diagnóstico é significativamente mais barato e mais rápido do que o de uma vacina ou de um medicamento.

O fato de não serem requeridos testes pré-clínicos e, principalmente, testes clínicos, reduz consideravelmente os investimentos necessários e abrevia muito o tempo entre as fases de descoberta e de início do processo de produção. Estas fases podem levar em média de 2 a 3 anos. Na primeira fase após a descoberta científica, o pré-desenvolvimento, as atividades são realizadas pelo próprio pesquisador em seu laboratório. Nesta fase são realizadas, principalmente, a caracterização do antígeno e a seleção e definição de métodos diagnósticos.

A fase de desenvolvimento deve ser realizada em laboratórios específicos, dotados de instalações validadas, equipamentos calibrados e mediante o uso de insumos certificados. Os parâmetros utilizados nesta fase são diferentes dos utilizados na pesquisa e por isso, os profissionais de desenvolvimento tecnológico devem ossuir experiência e competências diferentes do pesquisador, requerendo, além de formação específica, maior proximidade e “intimidade” com o processo de produção e até com os usuários dos produtos e 15 proximidade e “intimidade” com o processo de produção e até com os usuários dos produtos em alguns casos.

Dentre as atividades específicas desta fase destacam-se: o estabelecimento do lote semente, o escalonamento da produção e a determinação da viabilidade econômica e tecnológica de produção. É, portanto, a fase onde se decide pela continuidade ou não do processo de desenvolvimento.

A última fase antes do início do processo produtivo é a validação do produto, onde são avaliadas e validadas, de forma ampliada, as principais características básicas do produto, ou seja, a sensibilidade, a especificidade, a reprodutibilidade e a estabilidade. Nesta fase também é avaliada a adaptação do produto à rede de usuários-alvo, com objetivo de garantir as condlçbes de implantação do produto.

Etapas de Desenvolvimento de um Reagente para Diagnóstico: O processo de produção do reagente para diagnóstico deve atender os requisitos de Boas Práticas de Fabricação (BPF) – instalações adequadas e alidadas, equipamentos calibrados, validados e dedicados por linha de produção, insumos certificados, documentação do processo produtivo lote a lote (dossiê de produção), uso de procedimentos operacionais padronizados (POP) em todas as atividades relacionadas ? produção, pessoal qualificado e permanentemente submetido a treinamentos entre outras.

O produto deve estar registrado pela autoridade regulatória, que no Brasil é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Os lotes de produção devem ser submetidos obrigatoriamente a testes de controle de qualidade elo produtor, por profissionais e em instalações independentes dos da área de produção e à autoridade regulatória. As instalações e independentes dos da área de produção e à autoridade regulatória.

As instalações e procedimentos devem ser inspecionados regularmente pela ANVISA. Tecnologias em Uso As principais tecnologias de diagnóstico laboratorial atualmente em uso podem ser divididas, de uma forma geral, em três grupos: 1 – os convencionais, em geral de menor conteúdo tecnológico, uso mais simples, menor preço e, por conseguinte, usados em maior escala, como a Aglutinação, a Imunofluorescência e o ELISA.

Ainda neste grupo enquadram-se os ensaios Western Blot e Dot Blot, que, no entanto, possuem maior conteúdo tecnológico, custo e complexidade de produção e realização; 2 – os testes rápidos, de tecnologias mais recentes, são de utilização simples, leitura fácil e, depende do de seu tipo e finalidade, com grandes variações de preços, e 3 – ensaios moleculares, de alto conteúdo tecnológico, geralmente de maior sensibilidade, exigindo equipamento especiais para sua utilização, preços altos e, por isso, utilizados em pesquisas e para testes especiais ou em confirmatórios.

A seguir são detalhadas as características pnncpais de cada uma destas tecnologias: Na técnica de Aglutinação o antígeno é particulado e o anticorpo apresenta ligações cruzadas com essas partículas e as aglutina, quando a amostra é reagente. Procedimento manual, sem uso de equipamentos, leitura visual de fácil interpretação, porém subjetiva nas amostras pouco reagentes. Por sua simplicidade e baixo custo é defendida como opção para aplicação em saúde pública por algumas correntes.

Na de Imunofluorescência a técnica compreende um procedimento em que as reações ntígeno-anticorpo podem ser observadas por microscopia através da utilização de reaçoes antigeno-anticorpo podem ser observadas por microscopia através da utilização de um anticorpo (especifico ou não) marcado com um corante fluorescente. Os complexos imunes contendo estes anticorpos marcados com fluorescência podem ser detectados pela emissão de luz colorida quando excitadas por uma luz de comprimento de onda apropriado.

A luz emitida pode ser vista com o auxílio de um microscópio de fluorescência equipado com uma fonte de luz UV. Os corantes podem ser conjugados à uma molécula de anticorpo sem afetar sua especificidade. A coloração do anticorpo fluorescente pode ser direta ou indireta. Na coloração direta, o anticorpo especifico é conjugado diretamente com fluoresceína, na coloração indireta um segundo anticorpo (anti-anticorpo) é marcado com fluoresceína. A coloração da imunofluorescência indireta tem duas vantagens sobre a coloração direta.

A primeira delas é que o anticorpo primário não necessita estar conjugado e a segunda vantagem é que os métodos indiretos aumentam a sensibilidade da coloração porque as moléculas múltiplas do reagente de fluorocromo se ligam a cada molécula do nticorpo primário, aumentando a quantidade de luz emitida no local de cada molécula de anticorpo primário. É muito utilizado no diagnóstico de antígenos virais (vírus respiratórios, raiva, HIV) em secreções ou células do paciente , assim como no diagnóstico de Doença de Chagas e Leishmaniose. ? uma técnica altamente sensível e especfica, permite um resultado em poucas horas e de fácil realização. A interpretação é subjetiva em amostras pouco reagentes e depende da experiência do observador. já a técnica de Ensaio Imunoenzimático (EIE) utiliza anticorpos marcados com enzima p observador. Já a técnica de Ensaio Imunoenzimático (EIE) utiliza anticorpos marcados com enzima para detectar a reação antígeno- anticorpo.

Ao ser adicionado o substrato dessas enzimas, há a formação de um produto colorido que pode ser medido pelo espectrofotômetro- É uma técnica senslVel e especifica, a leitura é feita por espectrofotômetro, e de fácil interpretação. No caso da técnica de Western glotting uma mistura de proteínas dos antígenos é separada eletroforéticamente em um gel de poliacrilamida na presença de um agente dissociante. As bandas de prote(na são transferidas para uma membrana de itrocelulose por eletroforese.

A membrana é cortada em tiras que são utilizadas para diagnóstico, como um teste de Ellsa. É muito sensível e utilizada como teste confirmatório. Não utiliza aparelho para a leitura. O incoveniente é o custo elevado desse teste. No Teste Rápido (técnica Lateral Flow) todos os componentes são forçados a migrar em sentido lateral por imunocromatografia, passando pelo antígeno que se encontra fixo. O complexo de ant[geno e anticorpo é revelado por conjugado de proteína A com Ouro coloidal, que também se agrega ao complexo deixando-o visível (corado).

Procedimento manual em dispositivo especifico, leitura visual, de fácil interpretação. Resultado em aproximadamente 5 minutos. Como inconveniente, o custo do teste que é ainda elevado. Por fim, no Teste Molecular – PCR (Polymerase Chain Reaction), o princípio da hibridização de ácido nucleico é que uma fita simples de ADN se hibridizará com formação de pontes de hidrogênio pareando-se à outra fita si moles do ADN (ou ARN) que tenha sequencia de bases complementares.

O principio da reação de hibridização consiste e PAGF 15 ARN) que tenha sequencia de bases complementares. O princípio da reação de hibridização consiste em se”produziõ’ sondas, que são sequencias complementares ao ADN ou ARN alvo, marca do com radioisótopos ou enzimas e posterior revelação desta, determinando a presença do ácido nucleico pesquisado.

A técnica de PCR constitui no maior avanço da biologia molecular desde o advento da tecnologia do ADN recombinante. Ela permite que uma simples cópia de qualquer sequencia de gene seja amplificado “in vitro” a milhões de cópias em poucas horas. Então,o ADN viral extraído de uma quantidade muito pequena de virions ou células infectadas pode er amplificado ao ponto em que ele pode ser detectado por ensaios de hibridização.

Mais ainda, o PCR pode ser modificado para a detecção de ARN, incorporando um passopreliminar no qual a transcriptase reversa é usada para converter o ARN para ADN. Esta técnica tem alta sensibilidade devido a amplificação exponencial da fita de ADN e altamente específica devido a especificidade do primer. As desvantagens, além do alto custo, são pequenas quantidades de contaminação podem levar a resultados falso positivos e a presença de inibidores da reação de PCR podem resultar em falso negativos.

O Contexto Internacional O contexto internacional do segmento de reagentes para diagnóstico tem sido marcado por um grande dinamismo e pelo domínio de um pequeno grupo de grandes empresas de alta tecnologia que atuam no setor farmacêutico. Estimativas recentes apontam que em 2003 as dez maiores empresas que atuam no setor concentraram cerca de 90% do mercado mundial, dos quais 60% foram dominados pelas cinco maiores. Segundo Gadelha (2002), as estratégias de liderança no foram dominados pelas cinco maiores.

Segundo Gadelha (2002), as estratégias de liderança no mercado envolvem desde o stabelecimento de vínculos estreitos com a infra-estrutura de C, permitindo uma rápida absorção e lançamento de novos produtos e processos no mercado, até uma atuação importante de marketing junto aos laboratórios de análises clinicas e aos serviços de saúde em geral (como os de hemoterapia), envolvendo a cessão de equipamentos em regime de comodato (uso vinculado dos reagentes ao equipamento disponibilizado), o financiamento de congressos científicos e os instrumentos tradicionais de propaganda junto a classe médica e outros profissionais de saúde. O Gráfico 1 mostra as dez maiores mpresas em 2000 e as respectivas estimativas de vendas do segmento de reagentes.

O crescimento do mercado global de reagentes para diagnóstico in vitro vem se mantendo em cerca de 5% ao ano, segundo relatório da Clinica Reports (2001 motivado, principalmente, pela introdução de novas tecnologias e pela maior preocupação com as questões de saúde nos países em desenvolvimento. A Tabela 1 mostra que as vendas mundiais de reagentes para diagnóstico in vitro em 2000 chegaram a US$ 22,47 bilhões e que embora os grandes mercados estejam ainda concentrados nos países desenvolvidos, esta tendência stá se alterando e as projeções para 2005 apontam queda na participação de mercado destes países e aumento da participação dos países em desenvolvimento. Atualmente os Estados Unidos são o maior mercado neste segmento.

A despeito dessa grande concentração, o segmento de reagentes para diagnóstico é considerado como de significativo potencial de mercado para pequenas e médias empresas em função da pres como de significativo potencial de mercado para pequenas e médias empresas em função da presença vanada de nichos e da especialização das empresas locais em atividades de menor onteúdo tecnológico. No entanto, as principais indústrias deste segmento caracterizam-se como intensivas em tecnologia, baseadas nas ciências e com alto potencial de articulação com instituições científicas. Além disso, por não ser um produto terapêutico ou de prevenção, como os medicamentos e as vacinas, possui menos restrições na legislação sanitária, como a necessidade de testes clínicos para sua aprovação. Isso diminui consideravelmente os custos e os prazos de desenvolvimento do produto, propiciando menores barreiras de entrada para empresas de menor porte. ?? esta caracteristica, segundo Gadelha (2002), que fez com que o segmento fosse líder na entrada das empresas de novas biotecnologias, intensivas em tecnologia e de pequeno porte,utilizando largamente inovações em anticorpos monoclonais e engenharia genética. Mesmo assim, o potencial de desenvolvimento na área de biotecnologia ainda é muito grande. Outra característica observada no mercado internacional é a atuação das empresas líderes, em segmentos espec(ficos de especialização diagnóstica, com estratégias de diferenciação de produtos caracterizadas por forte atuação de P. Dentre as áreas de especialização diagnóstica, a de imunoquímica e a de química clinica respondem por cerca de 65% do mercado global atual.

Esta situação tende a ser alterada em função dos avanços nas tecnologias diagnósticas estarem possibilitando mudanças nas abordagens de tratamento das doenças e no perfil de realização dos testes, com perspectivas de aumento de participação no merc doenças e no perfil de realização dos testes, com perspectivas de aumento de participação no mercado dos testes moleculares e dos testes rápidos e do tipo “point of care”. O Gráfico 2 apresenta sltuaç¿o atual das diferentes especialidades neste mercado. O grande dinamismo e competitividade mencionados antenormente podem ser também observados pelas constantes mudanças na configuração das empresas do setor, num processo de concentração que vem se acelerando nos últimos anos. Essa é uma tendência que pode ser considerada normal num segmento onde os gastos em P são elevados, o regime de apropriabilidade é, segundo Teece (1985), relativamente forte9 e os mecanismos de proteção legal são eficazes, principalmente nos países desenvolvidos. ara adquirir novas competências e alcançar novos mercados, as grandes mpresas deste segmento vêm usando como uma de suas estratégias corporativas a aquisição de empresas, as fusões, as alianças ou a criação de novas empresas em associação entre si (jointventures). Basicamente o que se busca nestes casos é um alargamento da base tecnológica e da área de comercialização da empresa, eliminação de barreiras de entradas através da aquisição de ativos intangíveis (patentes, conhecimentos tácitos ou segredos industriais), ou ainda a própria eliminação da concorrente. O Contexto Nacional O mercado nacional segu -ca, com domínio de

Propriedades coligativas

0

PROPRIEDADES COLIGATIVAS ar 8 to view nut*ge Colégio: Grupo Alfredo Backer de ensino Turma: 231 Grupo: Beatriz Rodrigues Fabrício. NO:07.

Read More

Politica de saúde – trajetória e perspectivas

0

serviço social ana maria teou politica de saúde – trajetória e perspectivas Vitória-ES 2011 politica de saúde – tr ar

Read More