Resumo celso furtado cap i até xx

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Resumo celso furtado cap i até xx Premium Ey gotia Map 08, 2012 29 pazes TE,vro 01 CARATER INICIAL E GERAL DA FORMAÇAO ECONOMICA BRASILEIRA Para se compreender o caráter da colonização brasileira é preciso recuar no tempo para antes do seu inicio. No séc. XIV mercê de uma verdadeira revolução na arte de navegar e nos meios de transporte por mar. O Primeiro reflexo desta transformação foi deslocar a primazia comercial dos territórios centrais do continente, por onde passava a antiga rota, para aqueles que formam a sua fachada oceânica, a Holanda, a Inglaterra, a Normandia, a Bretanha, e pen(nsula ibérica.

O papel de pioneiro nessa nova etapa caberá aos portugueses os to view nut*ge melhores situados g descobrirão as ilhas do séc. XV começam contornado a áfrica, as Índias das precios or2g çada pelo oceano da primeira metade ingir o oriente eito uma rota para Atrás dos portugueses lançam-se os espanh is, estes escolheram outra rota pelo ocidente e descobriram com isso a América, depois os portugueses também toparam com esse novo continente. A grande navegação oceânica estava aberta e todos procuravam tirar partido dela.

Os espanhóis situados nas Antilhas desde o descobrimento de Colombo, exploram a parte central do ontinente já os portugueses exploram o extremo norte do Brasll. A idéia de povoar não corre inicialmente a nenhum é somente o comercio que os interessa (exploração de especiarias e ouro). Colonizar era preciso, Portugal foi um pioneiro neste terreno seus primeiros passos foram nas ilhas do atlântico, seu feito em povoar e organizar a pro Swlpe to vlew next page produção nestas foi repetido brilhantemente na America.

Os problemas do novo sistema de colonização, implicando a ocupação de territórios quase desertos e primitivos, terão feição variada, o prmeiro foco será a natureza dos gêneros proveitáveis, produtos espontâneos, extrativos (madeira, tinturarias, peles) Na maior extensão da America ficou-se, a principio, exclusivamente nas madeiras, nas peles, na pesca e a ocupação de territórios. Viria depois, em substituição uma base economia mais estável, seria a agricultura. Muito diversa é a história da área tropical e subtropical da America.

Aqui a ocupação e o povoamento tomaram outro rumo. Em primeiro lugar, as condlçbes naturais, tão diferentes do habitat de origem dos povos colonizadores, repelem o colono que vem como simples povoador, da categoria daquele que procura a ona temperada. Muito se tem exagerado a inadaptabilidade do branco aos trópicos. Para estabelecer-se ai o colono tinha que encontrar estímulos, mas trazendo este agudo interesse, o colono europeu não traria com ele a disposição de por-lhe a serviço, neste meio tão dificil e estranho, a energia do seu trabalho físico.

Viria como dirigente da produção de gêneros de grande valor comercial, como empresário de um negocio rendoso. Mas só a contragosto, como trabalhador, outros trabalhariam para ele. Assim mesmo, até que se adotasse universalmente nos tropicos americanos a mão-de- bra escrava de outras raças, indígenas do continente ou negros africanos importados, muitos colonos europeus tiveram de se sujeitar, embora a contragosto, aquela condição.

Nas demais colônias tropicais, inclusive no Brasil não se chegou nem a ensaiar o trabalhador bran PAGF ag demais colônias tropicais, inclusive no Brasil não se chegou nem a ensaiar o trabalhador branco. Isto porque nem na Espanha, nem em Portugal, a quem pertencia a maior delas, havia como na Inglaterra, braços disponíveis e dispostos a emigrar a qualquer preço. Em Portugal, a população era tão insuficiente que a aior parte do seu território se achava ainda, em meados do séc.

XVI inculto e abandonado, faltava braços por toda aparte, e empregava-se em escala crescente mão-de-obra escrava. Além disso portugueses e espanhóis, particularmente estes últimos, encontraram nas suas colônias indígenas que se puderem aproveitar como trabalhadores. A colonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa colonial comercial, mais complexa que a antiga feitoria, mas sempre com o mesmo caráter que ela, destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comercio europeu.

TE,vro 02 – FALTA TEXTO 03 DA EXPSANO COMERCIAL A EMPRESA AGRICOLA A ocupação econômica das terras americanas constitui um episodio da expansão comercial da Europa. O comercio interno europeu, em intenso crescimento a partir do séc. XI, havia alcançado um elevado grau de desenvolvimento do século XV, quando as invasões turcas começaram a criar dificuldades crescentes as linhas orientais de abastecimento de produtos de alta qualidade, inclusive manufaturas.

A descoberta das terras americanas de inicio pareceu ser episodio secundário, foi para os portugueses, aos espanhóis revertem em sua totalidade os rimeiros frutos, o ouro acumulado das velhas civilizações. A legenda de riquezas inapreciáveis por descobrir corre a Europa e suscita um enorme interesse pelas novas terras riquezas inapreciáveis por descobrir corre a Europa e suscita um enorme Interesse pelas novas terras. A partir desse momento a ocupação da America deixa de ser um problema exclusivamente comercial: intervém nele importantes fatores pollticos.

Nestas prevalecia o principio de que espanhóis e portugueses não tinham direito senão aquelas terras que houvessem efetivamente ocupado. Espanha e Portugal se crêem com direito a totalidade as novas terras, direito esse que é contestado pelas nações européias em mais rápida expansão comercial na época: Holanda, França e Inglaterra. Espanha recolhe de imediato pequenos frutos que lhe permitem financiar a defesa de seu rico quinhão.

Coube a Portugal a tarefa de encontrar uma forma de utilização econômca das terras americanas que não fosse a fácil extração de metais preciosos. FATORES DO EXTO DA EMPRESA AGRICOLA Um conjunto de fatores particularmente favoráveis tornou possível o êxito dessa primeira grande empresa colonial agrícola européia. Os portugueses haviam já iniciado há algumas dezenas e anos a produção em escala relativamente grande nas ilhas do atlântico do açúcar.

Sem o relativo avanço técnico de Portugal nesse setor, o êxito da empresa brasileira teria sido mais dificil ou mais remoto. A contribuição dos holandeses para a grande expsano do mercado do açúcar constitui um fator fundamental do êxito da colonização no Brasil. Especializados no comércio intra-europeu, grande parte do qual financiavam, os holandeses eram nessa época o único povo que dispunha de suficiente organização comercial para criar um mercado de grandes dimensões para um produto praticamente novo, como era o çucar.

Mas não bastavam a ex grandes dimensões para um produto praticamente novo, como era o açucar. Mas não bastavam a experiência técnica dos portugueses na fase produtiva e a capacldade comercial e o poder financeiro dos holandeses para tornar viável a empresa colonizadora agrícola das terras do Brasil, existia o problema da mão-de-obra. As condições era tais que somente pagando salários bem mais elevados que os da Europa seria possível atrair mão-de-obra dessa região.

A possibilidade de reduzir os custos, retribuindo com terras o trabalho que o colono realizasse durante um certo umero de anos, não apresentava atrativo ou viabilidade, pois, sem grandes concentrações de capital, e terras praticamente não tinham valia económica. por ultimo, havia a considerar a escassez de oferta de mão-de-obra que prevalecia em Portugal. Não há duvida que por trás de tudo estavam o desejo e o empenho do governo portugueses de conservar a parte que lhe cabia das terras da America, das quais sempre se esperava que um dia sairia o ouro em grande escala.

RAZOES DO MONOPOLIO Os espanhóis continuaram concentrados em sua tarefa de extrair metais preciosos. Esse afluxo de metais preciosos lcançou enormes proporções relativas e provocou profundas transformações estruturais na economia espanhola. O poder econômico do estado cresceu desmesuradamente, e o enorme aumento no fluxo de renda gerado pelos gasto públicos, ou por gastos privados subsidiados pelo governo, provocou uma crônica inflação que se traduziu em persistente déficit na balança comercial.

Tudo indica que os espanhóis podiam haver dominado o mercado de produtos tropicais – particularmente o do açucara A razão pnncpal de que isso não haja ac PAGF s OF ag produtos tropicais — particularmente o do açúcar. A razão principal de que isso não haja acontecido foi provavelmente a própria decadência econômica da Espanha. Cabe portanto admitir que um dos fatores do êxito da empresa colonizadora agricola portuguesa foi a decadência da mesma economia espanhola, a qual se deveu principalmente a descoberta precoce dos metais preciosos.

TE,vro 04 DESARTICULAÇÃO DO EMA Quadro político-econômico, absorção de Portugal na Espanha. A guerra que contra este ultimo pais promoveu a Holanda, repercutiu profundamente na colônia portuguesa da America. Os começos do século xvi’ os holandeses controlavam raticamente todo o comercio dos países europeus realizado por mar. Distribuir o açúcar pela Europa sem a cooperação dos comerciantes holandeses evidentemente era impraticável. Durante sua permanência no Brasil, os holandeses adquiriram o conhecimento de todos os aspectos técnicos e organizacionais da indústria açucareira.

Esses conhecimentos vão constituir a base para a implantação e desenvolvimento de uma indústria concorrente, e apartir deste momento estaria perdido o monopólio. Com a depreciação dos preços do açúcar observa-se claramente a enorme importância para a balança de pagamentos de Portugal. AS COLONIAS DE POVOAMENTO DO HEMISFERIO NORTE O principal acontecimento da historia americana no século XVII foi, par ao Brasil, o surgimento de uma poderosa economia concorrente no mercado dos produtos tropicais.

Três potencias cujo poder crescia na mesma época: Holanda, França e Inglaterra, a idéia destes era apode-se da rica presa, que era o quinhão espanhol da America, porém não chegou a concretizar-se graças a rivalidade e presa, que era o quinhão espanhol da America, porém não chegou a concretizar-se graças a rivalidade entre França e Inglaterra, então estes dois países trataram de apoderar-se as estratégicas ilhas do caribe par anelas Instalar colônias de povoamento com objetivos militares.

Estes se empenham, em concentrar nas Antilhas importantes núcleos de população européia, essa colonização deveria basear-se no sistema de pequena propriedade, a cada um se atribuía um pedaço de terra limitado que deveria ser pago com o fruto de seu trabalho futuro. As Antilhas inglesas se povoaram com maior rapidez que as francesas e com menos assistência financeira do governo, provavelmente devido a maior facilidade de recrutamento de colonos que apresentavam as ilhas britânicas.

Ao contrario do que ocorrera com a Espanha e Portugal, que se haviam visto afligidos por uma permanente escassez de mão- de-obra quando iniciaram a ocupação da America, a Inglaterra do século XVII apresentava um considerável excedente da população. A pessoa interessada assinava um contrato na Inglaterra, pelo qual se comprometia a trabalhar para o outra por um prazo de cinco a sete anos, recebendo em compensação o pagamento da passagem, manutenção e, ao final do contrato, um pedaço de terra ou uma indenlzaç¿o em dinheiro.

A busca de artigos capazes de criar mercados em expansão onstitui a preocupação dos novos núcleos coloniais. Era necessário encontrar artigos que pudessem ser produzidos em pequenas propriedades, a qual perduraria o recrutamento de mão-de-obra. Os núcleos situados na região norte da America Setentrional encontraram serias dificuldades, portanto sua colonização constitui um efetivo fracas PAGF 7 ag Setentrional encontraram serias dificuldades, portanto sua colonização constitui um efetivo fracasso.

Não foi possivel encontrar nenhum produto, adaptável a região, que alimentasse uma corrente de exportação para a Europa capaz de remunerar s capitais invertidos. Com efeito, o que se podia produzir na nova Inglaterra era exatamente aquilo que se produzia na Europa. As condições climáticas das Antilhas permitiram a produção de um certo numero de artigos: algodão, anil, café e principalmente o fumo. A produção desses artigos era compatiVel com o regime da pequena propriedade agrícola.

Os esforços para recrutar mão-de-obra no regime prevalecente de servidão temporária, se intensificaram com a prosperidade do negoc10. CONSEQUENCIAS DA PENETRACAO DO AÇUCAR NAS ANTILHAS Do ponto de vista das companhias interessadas no comércio as novas colônias, a solução natural do problema estava na introdução da mão-de-obra africana escrava. Surge assim uma situação completamente nova no mercado dos produtos tropicais: uma intensa concorrência entre regiões que exploram mão-de-obra escrava em grandes unidades produtivas, e regiões de pequena propriedade.

A partir deste momento se modifica o curso da colonização antilhana, e essa modificação será de importância fundamental para o Brasil. Ao Brasil cabia o monopólio de produção açucareira. As colônias antilhanas ficavam reservados os demais produtos tropicais. A expulsão definitiva dos holandeses do nordeste brasileiro. Senhores da técnica de produção e muito provavelmente aparelhados para a fabricação de equipamentos para a industria açucareira, os holandeses se empenharam firmemente em criar fora do Brasil um import PAGF 8 OF ag fora do Brasil um importante núcleo produtor de açúcar. ? tão favorável a situação que encontraram nas Antilhas, as colônias inglesas acolheram com grande entusiasmo a possibilidade de um intenso comercio com os holandeses. Estes não somente deram a necessária ajuda técnica, como também proporcionaram rédito fácil para comprar equipamentos, escravos e terra. Menos de um decênio depois da expulsão dos holandeses do Brasil, operava nas Antilhas uma economia açucareira de consideráveis proporções, cujos equipamentos eram totalmente novos, e que se beneficiava de mais favorável posição geográfica.

Se a economia açucareira ao florescer nas Antilhas fez desaparecer as colônias de povoamento que se havia tentando instalar nessas ilhas,por outro lado contribuiu gradamente para tornar economicamente viáveis as colônias desse tipo que os ingleses haviam estabelecido na região norte do continente. O açúcar desorganizou e, em algumas partes, eliminou a produção agrícola de subsistência. As ilhas se transformaram em grandes importadora de alimentos, e as colônias setentrionais, que há pouco não sabiam que fazer com seu excedente de trigo, se constituíram em principal fonte de abastecimento das prósperas colônlas açucareiras.

As colônias do norte dos EUA se desenvolveram graças as regiões antilhanas, ou seja a região produtora de artigos para exportação (Antilhas) e a região abastecedora (America Setentrional). Essa separação, torna possível o desenvolvimento de uma economia grícola não-especializada na exportação de produtos, marca o inicio de uma nova etapa da ocupação econômica das terras americanas. E produtos, marca o inicio de uma nova etapa da ocupação econômica das terras americanas.

Essa economia produziria principalmente para o mercado interno, alem que o prolongado período de guerras que a Inglaterra manteve com a França tornou precário o abastecimento das Antilhas com gêneros europeus, criando para os colonos do norte a situação favorável de abastecedores regulares das ilhas inglesas e ocasionais das francesas. As colônias da nova Inglaterra continuaram avançando omo economias de produtividade baixa, contudo era compatível com pequenas unidades produtivas, de base familiar, por outro lado a abundancia de terras torna atrativa a imigração européia no regime de servidão temporária.

ENCERRAMENTO DA ETAPA COLONIAL A evolução da colônia portuguesa na America, a partir da segunda metade do sec. XVII, será profundamente marcada pelo novo rumo que toma Portugal como potencia colonial. Na época em que esteve ligado à Espanha, perdeu esse pais o melhor de seus entrepostos orientais, ao mesmo tempo em que a melhor parte da colônia americana era ocupada pelos holandeses. Ao recuperar a independência, Portugal encontrou-se em posição extremamente débil, e compreendeu, assim, que para sobreviver como metrópole colonial deveria ligar o seu destino a uma grande potencia.

Os acordos concluídos com a Inglaterra estruturaram essa aliança que marcará profundamente a vida política e economia de Portugal e do Brasil durante os dois sec. seguintes. Os privilégios conseguidos pelos comerciantes ingleses em Portugal foram de tal ordem – incluía extensa jurisdição extraterritorial, liberdade de comercio com as colônias, contra sobre as tarifas que as mercadorias import

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