A importância da lógica

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NOÇÕES RUDIMENTARES SOBRE LÓGICA CONCEITO, DEFINIÇÃO, OBJETIVO, IMPORTÂNCIA E NATUREZA DA LOGICA 1. É pelo pensamento que se consegue demonstrar e convencer. Para isso, é necessário que nele se ponha ordem, que começa pelo conhecimento da realidade das coisas e dos fenômenos. Esse conhecimento leva às idéias, que podem se repelir entre si ou se harmonizar e combinar umas com as outras, de tal modo que seja possível a distinção entre o verdadeiro e o falso.

Essa “ordem no pensamento” é obtida por meio de processos Intelectuai e também as formas, onde, com e quando com a coisa ou objet eva a demonstrar e org Io qual se raciocina s operaçoes por em concordância menta” – que tribui o nome de Lógica. Um pensamento gico ou racional, portanto, é aquele que exprime uma realidade que foi apreendida com certeza demonstrável. Se assim não acontecer, isto é, não for o pensamento coerente com a realidade perceptível, será ele ilógico ou irracional por faltar-lhe determinação, conformidade lógica. 2.

Desse conceito extrai-se uma definição: Lógico é o conhecimento demonstrável pela palavra ou discurso, e que convence pela razão ou pensamento cntico, chamado bom senso. Van Acker define a Lógica como “ciência Swipe to vlew next page “ciência da consequência e da verdade da argumentação” R Jolivet prefere defini-la como “a ciência das leis ideais do pensamento e a arte de aplica-las corretamente à procura e ? demonstração da verdade” 3. O objetivo da lógica é o pensamento enquanto busca a demonstração da verdadeira natureza dos objetos, das leis que os regem e as ações humanas. ? pela consciência que chega o homem a conhecer-se através de operações mentais que se resumem em ser a noção (conceito), o juízo (proposição) e o aciocínio (conclusão lógica). Como a Lógica, frente a um objeto que está sendo conhecido, estabelece as leis e as diferentes aplicações a que ele se subordina, o seu objetivo final resume-se em, por meio das operações racionais ordenadas e corretamente aplicadas, levar o ser humano a chegar à verdade e evitar o erro ou falsidade. . A importância da Lógica está em que, ocupando-se do conteúdo do pensamento, leva à investigação dos fenômenos da vida, ao conhecimento em sua natural complexidade, e daí a razão de ser de sua extraordinária conveniência. Fica articularmente dimensionada essa importância quando se chega à constatação irrefutável de que a Lógica conduz a um conhecimento verdadeiro, passlVel de reconhecido por todos, e portanto, a uma verdade universalizada.

Leva ao conhecimento porque é capaz de demonstrar por meio da crítica do conhecimento. Conhecendo e avaliando, pode a Lógica levar ? descoberta da crítica do conhecimento. Conhecendo e avaliando, pode a Lógica levar à descoberta da relação entre os fatos e apontar qual o fenômeno, quando, onde, por quê e como ele se manifesta e qual a sua origem. Resume-se, então, a Lógica, em ser um guia nimitável na busca e encontro da verdade e na eliminação do erro ou do que é falso. 5.

A Lógica não é uma ciência normativa, porque as suas “leis” estão voltadas para os juízos críticos e especulativos, e não para a previsibilidade dos fatos e dos fenômenos, que é função da ciência. As “leis” da Lógica, através daqueles juízos, mostram-se com o caráter de criticas avaliativas para estabelecer os métodos que conduzem ao entendimento e à demonstração, tanto da certeza e verdade, quanto do erro. por isso é que a Lógica analisa e julga. Mas, vista de outro ângulo, não deixa de ser a Lógica conhecimento cientifico”, porque busca demonstrar a verdade com exatidão, com rigor.

Também não é uma técnica, já que ela não estabelece regras precisas, mas apenas o desenvolvimento de habilidades e formas de conhecer os objetos postos diante do sujeito pensante, estabelecendo ou procurando estabelecer os processos mecânicos da função lógica, destinados que estão a superar as dificuldades do pensamento em seus reais aspectos. Não é, mais se assemelha a uma Arte, por ser uma forma de criação do homem, eis que é ela um processo eminentemente criativo, de estilo formal. A Lógica “artistic PAGF3rl(F8 do homem, eis que é ela um processo eminentemente criativo, de estilo formal.

A Lógica “artisticamente” investiga o pensamento para poder bem conduzi-lo dentro da realidade do mundo; essa investigação dirige-se à forma, à estrutura e à organização dele para só depois indicar como se pensa, como se demonstra e como se escolhe o mais acertado (crítica ou critério). Neste sentido, a Lógica é a “Arte de pensar bem”, porque, pela inteligência, ela leva a distinguir o falso do verdadeiro. Em síntese magistral da natureza da Lógica, sustenta Pedro Torres Neto que la é “mais propriamente uma pré-ciência, uma quase técnica e uma supra-arte-crítica”.

A DIVISAO DA LOGICA 1. O problema fundamental da Lógica e que se extrai do seu conceito, definição, objetivo e natureza pode ser cristalizado nesta sentença: Extrair a verdade que está na idéia elaborada pelo pensamento. Desde Aristóteles e por ele mesmo afirmado, é sabido que a Lógica tem por “material” operacional apenas os problemas ou temas sobre os quais incide o raciocínio; e por “forma” ou meios – “ferramentas” – para operá-los, apenas os conceitos ou noções das coisas, os juizos ou proposições e s argumentos e conclusões. ? por essa razão que a Lógica é dividida em Material, ou Aplicada, ou Maior, e Formal ou Menor. A Lógica Material tem por objetivo alcançar o conhecimento verdadeiro através da relação que deverá existir entre as coisas e os fenômenos, de um PAGF conhecimento verdadeiro através da relação que deverá existir entre as coisas e os fenômenos, de um lado, e o pensamento, de outro, mas sempre expresso dentro de uma estruturação lógica. or palavras outras: A Lógica Material trata da conformidade da idéia em face dos fenômenos ou coisas que constituem a matéria o conhecimento, cujas leis gerais ela investiga e determina as particulares que derivam dos objetos cognoscíveis para que seja possível, com segurança e rapidez, alcançar a verdade. Para isso, ela estabelece as condições, a certeza e a metodologia geral para atingi-las através de processos demonstrativos advindos da análise e sintese.

A Lógica Formal preocupa-se em estabelecer a forma correta das operações do intelecto, de tal modo que os princípios por si descobertos e as regras também por sí formuladas são aplicáveis generalizadamente a todos os objetos do pensamento. “Forma” ? a procura do conhecimento e estabelecimento das regras genéricas (“leis”) que conduzem à organização das idéias a fim de que estas sejam o reflexo da realidade do mundo objetivo. 2.

Uma outra divisão da Lógica foi formulada pelo filósofo alemão Emmanoel Kant, com as denominações de Lógica Pura, ou Teórica, ou Transcendental, e Lógica Prática ou Aplicada. Segundo ele, a Lógica Pura se ocupa do conhecmento objetos apenas em função do pensamento em si (a idéia), e não fora de si, isto é, em função das coisas. Logo, uma Lógica do pensamento em si (a idéia), e não fora de si, isto é, em função as coisas.

Logo, uma Lógica eminentemente especulativa, onde os conceitos sobre o conhecimento racional estão relacionados aos fenómenos, objetos ou coisas independentemente de uma experiência anterior que os comprove. já a Lógica Pratica ou Aplicada se ocupa em criticar os processos gerais do pensamento, verificando os erros e suas correções por meio dos processos de pesquisa; enfim, ocupa-se com uma metodologia crítica do conhecimento. Daí, as suas duas magistrais obras: A “Crítica da Razão Pura” e a “Critica da Razão Prática”, onde as respectivas matérias são exaustivamente esenvolvidas.

ANÁLISE E SÍNTESE NOÇÕES E DEFINIÇÕES 1 . Já se disse e se repete que o silogismo se baseia na essência dos objetos, na universalidade, isto é, no que eles têm de elementos necessários, a fim de que possa apresentar uma explicação ou razão de ser autêntica. Enfim, para que possa demonstrar. para que Isso seja possivel é realizada uma operação a que se dá o nome de análise, quando então da complexidade dos objetos separam-se os seus elementos essenciais dos outros que são acidentais. A verificação desses resultados é feita pela síntese. 2.

Dessa noção constata-se que a análise implica uma divisão do todo em suas partes componentes, enquanto que a síntese faz operação inversa: reúne, compõe as partes para reintegrar o todo. Por palavras outras: a síntese faz operação inversa: reúne, compõe as partes para reintegrar o todo. Por palavras outras: a análise implica ir do todo complexo para as suas partes componentes simples, enquanto que a síntese, inversamente, reunindo as partes simples, compõe o todo complexo. ESPÉCIES DE ANÁLISE E SÍNTESE 1 . A análise e a síntese são de duas espécies: experimentais ou racionais.

A primeira tem larga aplicação nas ciências experimentais, como a Física, a Química, a Bioquimica, a Biologia, etc. A Segunda, porque ligadas às idéias, juízos e raciocínios (Sllogismos), é mais aplicada no campo do conhecmento intelectual. 2. Quando racional, a análise vai dos efeitos para as causas, dos fatos para as leis que os governam, do que é menos geral para o que é mais geral. a síntese, invertendo esse processo, parte dos princ[pios para as consequências, das causas para os efeitos, do que é mais geral para o que é mais particular. 3.

De acordo com René Descartes, são quatro as regras cartesianas” que deverão nortear a análise e a síntese, ora reproduzidas em suas próprias palavras: “… assim, em vez desse grande número de preceitos de que se compõe a Lógica, julguei que me bastariam os quatro seguintes, desde que tomasse a firme e constante resolução de não deixar uma só vez de observá-los. Juízos que não se apresentasse tao clara e tão distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo e clara e tão distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida.

O segundo, o de dividir cada uma das dificuldades que eu xaminasse em tantas parcelas quantas possíveis e quantas necessárias fossem para melhor resolvê-las. O terceiro, o de conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimentos dos mais compostos, e supondo mesmo uma ordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros.

E o último, o de fazer em toda parte enumerações tão completas e revisões tão gerais, que eu tivesse a certeza de nada omitir”. ANÁLISE-INDUÇÃO E SÍNTESE-DEDUÇÃO 1 . Quem induz não deixa de estar processando uma espécie de análise racional” porque terá que recompor o objeto complexo ou composto para captar-lhe a essência, a sua natureza, a sua causa e o principio ou lei a que ele está sujeito.

Logo, tanto na indução quanto na análise há uma decomposição lógica, uma regressão às partes simples que antecedem o todo complexo. 2. Quem deduz também não está se afastando de uma modalidade de “síntese racional”, isto porque estará fazendo uma composição, uma progressão que vai dos princípios às consequências; portanto, “juntando as partes simples” para chegar ao “todo complexo”. PAGF8rl(F8

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